



A monitoria da coordenadora do projeto se mostra fundamental. “Muitos têm medo de encarar a sala de aula antes do início do projeto, o que é normal. É um passo muito difícil e que precisa de um respaldo de um profissional que já passou por aquela situação”, diz. Ela ressalta que sua função é somente ajudar os alunos em suas dúvidas sobre como conduzir as atividades idealizadas por eles. “Eu não fico lá para avaliá-los a cada segundo. Fico circulando para ajudar e orientar na medida que for necessário e na medida em que meus alunos me requisitarem”.
Atualmente, a disciplina tem seis alunos matriculados. Cada um deles tem de cuidar das atividades que vai propor, bem como dos materiais necessários para desenvolver tais atividades. Depois de cada uma das oficinas eles fazem um registro crítico-reflexivo sobre o que presenciaram durante a aula que ministraram, bem como os desafios encontrados.
Ao final do curso, esses registros darão forma a um relato. “Os relatos finais são muito ricos, expressam uma tomada de consciência do papel social da arte e seu ensino, o abandono de uma compreensão da escola baseada no senso comum e a conquista de autonomia intelectual e metodológica.”
Para Sumaya, o projeto os motiva a seguir um caminho diferente do que é recorrente, com atividades padronizadas e professores que não tem autonomia para montarem um curso que incentive a reflexão dos alunos e a vivência da experiência artística e estética. “Eu acho que essa disciplina os encoraja. Participar desta experiência afasta o medo da escola e encoraja o futuro professor a atuar de forma criadora e responsável neste espaço”.
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