São Paulo, 19 de março de 2001 n.698/01.
O estudo comparativo, iniciado em 1986 no Incor, faz uso de angioplastia, tratamento clínico e cirurgia para tratar problemas em artérias do coração. A pesquisa foi apresentada com sucesso no American College of Cardiology realizado no último dia 18, nos EUA. |
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Valéria Dias
Uma pesquisa inédita
realizada no Instituto do Coração (Incor) do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina (HC/FM) da USP foi apresentada
com destaque no último dia 18, no American College of Cardiology
realizado em Orlando, nos Estados Unidos. O estudo chamado de MASS — sigla
em inglês para Medicine Angioplasty Surgery Study — consiste na comparação
de três métodos de tratamento para problemas em artérias
do coração: tratamento clínico (uso de medicamentos),
angioplastia (desobstrução da artéria com catéter)
ou cirurgia (pontes de safena). De acordo com Whady Hueb, médico
assistente da Equipe de Coronária do Incor e professor livre-docente
da Faculdade de Medicina, a grande vantagem do método está
na possibilidade de utilizar as três opções de tratamento,
além de melhorar as condições de vida e o prognóstico
do paciente.
O estudo foi iniciado em
1986 e teve duas etapas. Na primeira foram selecionados pacientes com problemas
específicos na artéria coronária esquerda (também
chamada de descendente anterior - DA) e que tivessem indicação
de angioplastia, tratamento cirúrgico ou clínico, simultaneamente.
Esses pacientes foram submetidos às três opções
de tratamento podendo, inclusive, escolher qual deles experimentar e também
eram avisados sobre as vantagens e desvantagens de cada um dos métodos.
De acordo com o cardiologista,
após cinco anos de acompanhamento, o resultado mostrou que os três
tipos de intervenção foram semelhantes em relação
à mortalidade. "A segunda conclusão foi que os pacientes
tratados com medicamentos melhoravam, mas a qualidade de vida deles não
era tão boa; os submetidos à angioplastia necessitaram de
um número maior de reintervenções; os que sofreram
cirurgias apresentaram uma melhora aparente", afirma Hueb. Ele relata que
esse tipo de doença coronária não tem cura, sendo
essencial um acompanhamento constante do quadro evolutivo da doença.
"Ao operar, o paciente não é curado, o que acontece é
a remoção da seqüela deixada pela doença", esclarece
o médico. "A angioplastia só desentope a veia e o medicamento
tem a intenção de diminuir a velocidade de evolução
das obstruções de gordura na artéria".
Na segunda etapa do estudo,
iniciado em 1994, foram selecionados pacientes que apresentavam doença
coronária em várias artérias. De uma mostra total
de 20 mil pacientes, foram escolhidos 1.200 que se adequavam aos seguintes
critérios de seleção: lesão em três artérias;
adequados para a angioplastia, cirurgia e tratamento clínico simultaneamente;
que tivessem angina estável e o músculo do coração
preservado. Esses pacientes também foram submetidos às três
opções de tratamento. Também faziam uso, periodicamente,
de um mesmo tipo de medicamento e passaram a ter um acompanhamento que
incluía um regime higieno-dietético (necessidade de uma dieta
pobre em gordura, exercícios físicos, abandono do tabagismo,
etc). "O objetivo é prevenir os fatores de risco, como diabetes,
colesterol e hipertensão arterial a fim de que a doença coronária
retarde sua evolução", diz o cardiologista.
Quando todos os pacientes
completaram um ano de acompanhamento foi realizada uma avaliação.
As conclusões, segundo Hueb, foram que, em relação
à morte cardíaca e incidência de infarto, a evolução
clínica foi semelhante nos três grupos. Quando a análise,
foi feita levando-se em conta as reintervenções. O grupo
da angioplastia foi o que apresentou o maior número.
Para o cardiologista, o
rigor do tratamento melhora o prognóstico, "pois o paciente passa
a ter um controle mais rigoroso, evitando os fatores de risco que desencadeiam
a doença coronária. Nós acreditamos que a incidência
ou a evolução da doença diminua".
Segundo Hueb, existem dois
trabalhos semelhantes sendo desenvolvidos nos EUA, mas ambos utilizam apenas
a angioplastia (com catéter de balão) e a intervenção
cirúrgica. A pesquisa do Incor, no entanto, é a única
no mundo a utilizar também o acompanhamento clínico e a usar
uma prótese tipo "stent" na angioplastia.
Mais informações:
E-mail mass@incor.usp.br
com o professor Hueb.
FFLCH ganha novo professor emérito
Aula magna na EESC
Nesta quarta-feira (21)
às 15 horas ocorre a aula magna da Escola de Engenharia de São
Carlos (EESC). André Bier Johannpeter, diretor de desenvolvimento
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profissional na indústria brasileira globalmente competitiva". O
evento ocorre no Anfiteatro de Convenções da EESC, que fica
na Av. Dr. Carlos Botelho, 1465, São Carlos.
Mais informações:
( (0XX16) 273-9206.
Especialização em comércio eletrônico
Estão abertas até
dia 25 as inscrições para o Especialização
em E-commerce, do Programa de Administração de Varejo
(Provar-FIA/USP). O curso ocorre de 3 de abril a 30 de junho e alguns temas
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mercados eletrônicos B2C e B2B, intermediários eletrônicos,
logística, marketing digital, perspectivas e tendências.
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(0XX11) 3091-6045/3091-5993 ou e-mail provar@fia.fea.usp.br.
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Oliveira. Dia 21, às 14 horas.
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Estudo da síntese
de dimetildiclorisilano a partir de cloreto de metila e silício.
João Guilherme Rocha Poço. Dia 22, às 14 horas.
Tratamento físico-químico
de águas residuárias de indústrias de plastificastes:
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Matrizes neuroeletrônicas.
Nathalia Lopes Vieira Peixoto. Dia 22, às 16 horas.
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( (0XX11) 3091-5443.
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