São Paulo, 02 de abril de 2001 n.708/01.

 
Pesquisadores discutem o Mal da Vaca Louca
No próximo dia 20 de abril, especialistas se reunirão na USP para discutir uma série de aspectos relacionados a Encefalite Espongiforme Bovina (Bse), a popular doença da vaca louca, como formas de transmissão, grupos de risco e medidas preventivas.

 

USP assina intercâmbio científico e tecnológico com universidade alemã
 

Especialista dá palestra sobre zoneamento ecológico-econômico no IGc
 

FAU promove seminário para discutir a mestiçagem na interpretação do Brasil
 
 


Destaques

Simpósio discutirá doença da vaca louca

André Chaves de Melo
        No próximo dia 20 de abril, a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA) e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP de Pirassununga realizam o simpósio A Indústria de Produtos Cárneos e a Encefalite Espongiforme Bovina (Bse), enfermidade popularmente conhecida como Doença da Vaca Louca. "Nosso objetivo é esclarecer as pessoas que trabalham na indústria da carne, em órgãos de fiscalização especializados, no comércio atacadista e varejista e os consumidores de uma maneira geral sobre as formas de transmissão da doença dos bovinos para os seres humanos", afirma Paulo J. A. Sobral, coordenador da iniciativa, diretor da SBCTA e professor da FZEA. "Estamos aproveitando esse momento gerado pelas acusações canadenses, já comprovadamente infundadas, de que o rebanho brasileiro estaria contaminado por essa doença, para discutir uma série de aspectos relacionados ao problema, mas ainda pouco explorados, como o fato de que os funcionários dos grandes frigoríficos formam o grupo com maior fator de risco de contrair a doença".
        Para Sobral, existem duas formas de se contrair a doença: comendo a carne contaminada ou herdando a doença do pai ou da mãe, previamente contaminados. "O mal é causado por uma proteína que se aloja e passa a se duplicar no colágeno dos ossos, músculos e outros tecidos do animal, e não por um vírus ou bactéria, como muitas pessoas pensam", explica. "E o pior é que os métodos tradicionais de esterilização não conseguem eliminá-la, o que explica os bloqueios de grandes regiões da Europa, os sacrifícios de rebanhos inteiros e a proibição do consumo da carne, gelatina e ração feita com farinha de ossos como alternativas para se controlar a doença."
        Outro fator que dificulta a aplicação de medidas preventivas é que a doença, muitas vezes, demora alguns anos para se manifestar, ficando incubada. "Isso possibilita que um maior número de pessoas seja contaminada, sem que as autoridades tenham como diagnosticar antecipadamente o problema", alerta Sobral. "No caso da União Européia, a integração e o fim das barreiras alfandegárias entre os países-membros acabaram diminuindo a fiscalização, o que permitiu o alastramento da doença".
        Segundo o pesquisador, o perigo do rebanho brasileiro ser contaminado existe, mas é muito pequena a probabilidade disso acontecer, pois importamos poucos derivados de carne. "Além disso, as matrizes trazidas do exterior para melhorar nosso rebanho são todas registradas, o que pode facilitar uma rápida ação, se necessária, de controle e prevenção".
        As inscrições deverão ser feitas diretamente na sede da SBCTA ou por telefone. As taxas são de R$ 350,00 para profissionais sócios da SBCTA; R$ 450,00 para profissionais não sócios; R$ 150,00 para estudantes sócios da sociedade e R$ 250,00 para estudantes não sócios.
        O evento será realizado no Auditório da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP), que fica na Av. Prof. Luciano Gualberto, 908, Cidade Universitária, São Paulo, SP.
        Mais informações: ( (0XX19) 561-2044/2385, com o professor Paulo J. A. Sobral ou (0XX19) 3243-4635 (SBCTA).

USP assina Protocolo de Intenções com universidade alemã

        A Universidade de São Paulo e a Universidade de Tecnologia de Aachen, da Alemanha, assinaram hoje (02) Protocolo de Intenções que visa implementar mecanismos de interação científica e tecnológica entre as duas instituições. O acordo, realizado com a participação da Escola Politécnica (Poli) da USP e do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aachen, possibilita um intercâmbio maior de conhecimento na área de Engenharia Mecânica e a criação de um Centro Tecnológico do Setor Automotivo.
        O ato foi presidido pelo reitor da USP, professor Jacques Marcovitch, e contou com a presença do reitor da Universidade de Aachen, professor Burkhard Rauhut; do diretor da Escola Politécnica, professor Antonio Marcos de Aguirra Massola e do coordenador do projeto de colaboração mútua e professor da Poli Ronaldo de Breyne Salvagni, entre outros.
        De acordo com Salvagni, o Protocolo de Intenções tem por objetivo estabelecer mecanismos de colaboração mútua das duas instituições para enriquecimento e aperfeiçoamento de estruturas curriculares de graduação e de pós-graduação, relacionadas ao desenvolvimento do setor automotivo. Segundo Salvagni, o convênio também prevê intercâmbio docente e discente.
        Mais informações: (0XX11) 3091-5295
 
 


Cursos, Seminários e Palestras

Pais de Adolescentes
        O Centro de Estudos do Crescimento e Desenvolvimento Humano (CDH) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP realiza, entre 9 e 25 de abril, encontros onde serão abordadas as vivências dos participantes frente às questões adolescentes como: sexualidade, amizades, drogas, depressão, consumismo, autoridade, envelhecimento e família. As inscrições poderão ser feitas de 2 a 9 de abril, das 14 às 17 horas, no Centro de Educação Permanente (CEP), na Avenida Doutor Arnaldo, 715. O valor do curso é de R$ 120,00 e será fornecido certificado.
        Mais informações: ( (0XX11) 3066-7795/7702.

Zoneamento Ecológico-Econômico
        O Instituto de Geociências promove na quinta-feira (05), às 10 horas, palestra com o geólogo Valter José Marques, que coordena o desenvolvimento de metodologias para Zoneamento Ecológico Econômico no consórcio ZEE Brasil: CPRM/Embrapa/IBGE/IPEA. O consórcio executa o Macrozoneamento Federal e apóia os zoneamentos regionais. A palestra acontece no Salão Nobre do Instituto de Geociências, que fica na Rua do Lago, 562, na Cidade Universitária.
        Mais informações: ( (0XX11) 3091-3958

Mestiçagem no Brasil
        Amanhã (03) às 17 horas ocorre o seminário A mestiçagem nas interpretações do Brasil, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.O palestrante será Omar Ribeiro Thomaz, professor de Antropologia da Unicamp. O evento ocorre no anfiteatro da FAU, que fica na Rua do Lago, 876.
        Mais informações: ( (0XX11) 3091-4801.
 
 


Teses e Dissertações

Escola Politécnica
Mestrado
        Descolamentos dos revestimentos cerâmicos de fachada na cidade do Recife. Angelo Just da Costa e Silva. Dia 4/04, 14h.
        Contribuição ao estudo do corte de rochas por jato d'água abrasivo. Carlos Tadeu Iauand. Dia 4/04, 14h.
        Mais informações: ( (0XX11) 3091-5443.

Faculdade de Saúde Pública
Mestrado
        Conhecimento sobre tuberculose entre professores de ciências do ensino fundamental do Município de São Paulo. Letícia Chamy Farkuh. Dia 04/04, às 9h.
        Mais informações: ( (0XX11) 3066-7739.

Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação de São Carlos
Mestrado
        Aplicação em um processo de avaliação de usabilidade em uma ferramenta de suporte à escrita técnica em inglês. Íris Fabiana de Barcelos. Dia 04/04.
        Mais informações: ( (0XX16) 273- 9638.
 
 
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