São Paulo, 25 de abril de 2001 n.724/01.

 
Os perigos do ecoturismo em relação à Hepatite A
Professor da Faculdade de Medicina alerta os praticantes do ecoturismo sobre os riscos de contaminação da Hepatite A. A recomendação é que os ecoturistas, antes de realizar suas expedições, sejam vacinados contra a doença.

 

Especialistas discutem câncer e genoma em simpósio em Ribeirão Preto
 

FFLCH abre inscrições para cursos de especialização em inglês
 

Ribeirão tem curso de hipnose para profissionais da saúde
 
 


Destaques

Prática do ecoturismo aumenta risco de contração da Hepatite A

Cauê Muraro

        Nos últimos anos tornou-se cada vez mais comum a prática de um novo tipo de atividade turística, o ecoturismo, que consiste na visita à lugares muitas vezes inexplorados e com recursos naturais praticamente intactos. Mas atrás destas paisagens de privilegiada beleza natural pode se encontrar um inimigo bastante incoveniente: o vírus da hepatite A. "A contaminação normalmente ocorre após a ingestão de água ou alimentos contaminados e os locais que recebem os praticantes do ecoturismo muitas vezes não têm sistema de tratamento de esgoto, ou mesmo utilizam fossas sépticas, como é o caso de zonas costeiras por exemplo", diz o professor Roberto Foccacia, livre docente pela Faculdade de Medicina da USP, que coordena o Grupo de Hepatites Virais do Instituto de Infectologia do Hospital Emílio Ribas.
        A hepatite A não é uma doença grave. Nos adultos, justamente a faixa etária que mais pratica o ecoturismo, ela se revela mais danosa, mas em poucos casos acarreta maiores problemas. "O tratamento é bastante eficaz, mas nem por isso o praticante de ecoturismo deve desprezar a vacina. Ela é muito mais fácil e barata do que o tratamento", afirma Focaccia. Deve-se, portanto, considerar a relação custo-benefício entre a vacinação e o tratamento. "Além de trazer os custos normais, gastos com exames e consultas, o período do tratamento pode privar o indivíduo do trabalho, da escola e de outros deveres sociais, o que causa um custo até certo ponto elevado. Por isso que a vacina é a melhor opção" completa o professor.
        Mas as pessoas que entram em contato com o vírus ainda na infância, muito provavelmente não se contaminarão na fase adulta. Elas sofrem um processo chamado de "imunização natural", decorrente da própria exposição ao vírus. Entretanto há um problema quando se trata dos indivíduos que praticam ecoturismo, porque geralmente eles não chegam à fase adulta livres do risco da contaminação. "Normalmente quem pratica o ecoturismo é diferenciado e possui um nível sócio-econômico mais alto, com acesso a boas condições de saneamento, educação sanitária adequada e o hábito de selecionar melhor os seus alimentos", diz o professor. Essas pessoas se expõem menos ao vírus e, como mostram os estudos coordenados por Roberto Focaccia, a população que têm menos anticorpos é a população mais rica, justamente a que mais pratica o ecoturismo, daí a importância da vacinação.
        Outro aspecto que Focaccia insiste em ressaltar diz respeito aos locais que recebem os ecoturistas. Segundo ele, esses lugares não dispõem de saneamento, de educação sanitária ou boas condições gerais de higiene, o que aumenta significativamente o risco para os turistas. "Quando as pessoas vão acampar e, por exemplo, sua água potável acaba, é muito comum que elas recorram à água do local, sem saber que ali podem estar vírus transmissores da hepatite A. O mesmo pode ocorrer no caso dos alimentos."
        "Todo esse transtorno poderia ser evitado caso o indivíduo estivesse vacinado. Por isso é preciso que ele procure algum centro que disponha da vacina", recomenda Focaccia. O Programa Nacional de Imunização não contempla a vacina contra a hepatite A em seu esquema básico, isto é, no Brasil, ela não é obrigatória e por isso não se pode encontrá-la nos postos da rede pública. Os interessados, inclusive aqueles que pretendem praticar ecoturismo, devem procurar um centro privado que ofereça a vacina, e tomar as medidas necessárias. O preço médio da vacina é de R$ 80,00.
        Mais informações: ( (0XX11) 3666-2202; E-mail: focaccia@uol.com.br
 
 


Cursos, Seminários e Palestras

Especialização em inglês
        Estão abertas as inscrições para o Curso de Especialização em Língua Inglesa, realizado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. O Módulo VII (tradução e versão) acontece entre 7 de maio e 25 de junho, e o módulo VIII (semântica II - expressões idiomáticas e convencionais) vai de 9 de maio a 27 de junho.
        A inscrição para os alunos regulares do curso será nos dias 26 e 27 de abril; para novos alunos, nos dias 2 (professores da rede oficial) e 3 de maio (professores da rede particular). Há 40 vagas e a taxa é de R$ 78,00 por módulo, com desconto de 50% para pessoas da terceira idade e professores (ativos) da rede oficial de ensino, e de 10% para docentes de faculdades, alunos da FFLCH filiados a seus Centros Acadêmicos e portadores de certificado de curso de extensão pelo Serviço de Cultura e Extensão Universitária (SCE) da FFLCH. O SCE fica no prédio de administração da FFLCH, na Rua do Lago, 717, Cidade Universitária.
        Mais informações: ( (0XX11) 3091-4645 ou e-mail extensao_fflch@recad.usp.br

Simpósio sobre câncer
        Nesta sexta-feira (27) acontece no campus Ribeirão Preto, a partir das 9h30, o simpósio Câncer: diagnóstico, prevenção e cura. O evento conta com alguns dos principais pesquisadores do País na área do câncer e do genoma, que abordam temas como neoplasias, princípios básicos e clínicos da prevenção, o projeto genoma humano do câncer da Fapesp, e tratamento de crianças. O simpósio terá lugar no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. As inscrições custam R$ 40,00 para estudantes e R$ 70,00 para profissionais.
        Mais informações: ( (0XX16) 602-4281/602-4296 ou e-mail goldman@usp.br

Fisiologia do coração
        O Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) realiza entre abril e maio, uma série de palestras com diversos especialistas nacionais e estrangeiros, que integram o programa da disciplina de pós-graduação do departamento "Tópicos Avançados de Fisiologia". Nesta sexta (27), às 16 horas, ocorre a palestra Participação Relativa dos Transportes de Cálcio no Coração, com o professor José Wilson Bassani da Unicamp.
        Mais informações: ( (0XX16) 602-3058 ou e-mail silviahc@rfi.fmrp.usp.br

Hipnose
        O Centro Médico de Ribeirão Preto está com inscrições abertas para o curso de Hipnose, que será realizado em três finais de semana de 28 de abril a 24 de junho. O evento é dirigido também para profissionais da saúde que se interessem por esta técnica, que pode ser aplicada no tratamento de fobias, controle da dor, ansiedade, auto-estima, partos, cirurgias, doenças agudas e crônicas, estresse, depressão e relaxamento físico.
        Mais informações : ( (0XX16) 623-1010 ou e-mail hipno@hipno.com.br
 
 


Teses e Dissertações

Escola Politécnica

Mestrado

        Avaliação da influência da rede de interconexão em um sistema de SW-DSM para rede de estações de trabalho SMP. Andréa Massamyi Matsunaga. Dia 26, às 11 horas.
        Investigação da concentração de tensões em furos de chapas ortotrópicos usando o método da fotoelasticidade de reflexão. Elka Assayag Cohen. Dia 26, às 9 horas.
        Aspectos de projeto de sistemas de processamento paralelo utilizando tecnologias emergentes de comunicação. Maurício Ossamu Tsugawa. Dia 26, às 9 horas.
        Mais informações:((0XX11) 3091-5443
 
 
 
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