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Uma parceria entre a Escola Politécnica da USP e a Petrobrás vai possibilitar a criação de novas tecnologias para a construção de muros de contenção. O objetivo é segurar as avalanches de terra que ocorrem sazonalmente na região de Cubatão. |
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FIA tem curso profissionalizante para pequenas e médias
empresas
Cinusp inaugura Mostra Dogma 95
Novo livro da Edusp mostra a história do Brasil
vista pelo cordel
Projeto de cooperação entre Poli e Petrobras visa conter desmoronamentos nas encostas da Serra do Mar
André Chaves de Melo
Uma parceria entre a Petrobras
e o Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações
da Escola Politécnica da USP (Poli) criou o projeto Cooperação
técnico-científica entre a Petrobras e a USP para fins de
assistência tecnológica, pesquisa aplicada e formação
de recursos humanos. Trata-se de uma iniciativa que visa a criação
de novas tecnologias para a construção de barragens ou muros
de contenção com capacidade para segurar as avalanches de
terra que ocorrem sazonalmente na região de Cubatão, situada
na Serra do Mar e sede de uma das maiores refinarias da empresa, a Presidente
Bernardes.
"Essas avalanches, também
chamadas de debris flow ou corridas de massa, são formadas por milhares
de toneladas de terra que escorregam pelos vales numa média de 80
km/h, impulsionadas pela água trazida por grandes temporais e levando
tudo o que encontram pela frente, incluindo árvores, blocos de rocha,
casas e, muitas vezes, as próprias barragens que foram construídas
para contê-las", explica Faiçal Massad, professor da Poli
e coordenador do projeto.
Em 1994, um debris flow
violento paralisou as atividades da refinaria por 15 dias, com prejuízos
de milhões de dólares devido à destruição
de uma parte da infra-estrutura operacional local e à impossibilidade
de se dar continuidade à produção dos diferentes derivados
de petróleo fabricados na Presidente Bernardes. Para se ter uma
idéia da violência do fenômeno, existiam nove barragens
no local. Apenas uma ficou de pé. "A partir daí, a Petrobras
entrou em contato com a USP solicitando apoio, o qual foi firmado oficialmente
em 1995", afirma Massad. "Atualmente, o projeto conta com participação
de dez pesquisadores, entre professores e pós-graduandos, incluindo
profissionais de outras áreas, como geólogos, zoólogos
e engenheiros hidráulicos, que trabalham no desenvolvimento de tecnologias
para a construção de barragens mais eficazes."
Segundo o pesquisador, o
maior fenômeno dessa natureza já ocorrido no Brasil aconteceu
em Caraguatatuba em 1967, quando a cidade ficou quase que completamente
destruída devido à força e o tamanho de uma avalanche.
"Em 1999, na Venezuela, mais de 20 bacias hidrográficas foram atingidas
por cerca de 500 mm de chuva em apenas três dias, gerando um dos
maiores debris flow de toda a História."
Para desenvolver uma tecnologia
adequada à nossa realidade, o pesquisador foi para o Japão,
país com altíssimos índices de ocupação
do solo, desmatamento e, consequentemente, debris flow. Além de
ter criado novas tecnologias de construção de barragens a
partir do contato com os avanços técnicos obtidos pelos austríacos
— outro povo que sofre constantemente com os desmoronamentos, na maioria
das vezes compostos por avalanches de neve vindas das montanhas dos Alpes
—, os japoneses têm, aos poucos, recomposto a vegetação
destruída durante o final do século XIX, período em
que o país começou a se industrializar. "Uma das vantagens
do Brasil é que a Mata Atlântica se recompõe de forma
relativamente rápida, o que transforma o reflorestamento em uma
das principais estratégias de diminuição da freqüência
desses desastrosos fenômenos naturais", explica Massad.
A equipe já está
trabalhando na construção de duas barragens. Além
dessas, há planos para se construir mais duas, num total de cerca
de R$ 15 milhões de investimentos. Feitas de concreto e outros materiais,
cada barragem tem cerca de 10 metros de altura por 20 metros de largura.
"Junto com as barragens também construímos uma série
de outras obras anexas que têm como função segurar
e filtrar o material sólido, liberando a água e dispersando
a força destruidora da avalanche", informa Massad.
Com previsão de continuar
por, no mínimo, mais dois anos, o projeto tem um custo aproximado
de R$ 150 mil por ano para a manutenção das pesquisas.
Mais informações:
(
(0XX11) 3091-5230 ou e-mail faissal@usp.br,
com o professor Faiçal Massad.
Pequena e média empresa
A Fundação
Instituto de Administração (FIA), entidade conveniada à
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA)
da USP, em parceria com o Ciesp, promove entre 8 de maio e 30 de agosto
o Curso de profissionalização da pequena e média
empresa. O curso aborda temas como gestão de empresas familiares,
controle financeiro, novos modelos de administração, reestruturação
financeira, gestão de pessoas, marketing e projetos aplicados.
Mais informações:
(
(0XX11) 3641-0988 ou e-mail online@ciesp-oeste.org.br.
Reciclagem da pesquisa florestal
O Instituto de Pesquisas
Florestais (Ipef) abre inscrições para o IV programa de
reciclagem em métodos quantitativos, que ocorre de 8 a 11 de
maio. Nos dias 8 e 9 há o Curso de avaliação de
projetos florestais (técnicas de matemática financeira),
que aborda temas como conceitos de juros e fórmulas básicas,
critério de avaliação de projetos e princípios
de matemática financeira em problemas florestais; nos dias 10 e
11 há o Curso de Planejamento da produção florestal
(modelos de otimização), que trata de temas como gestão,
base de dados, sistemas de apoio à decisão e novas tendências,
entre outros.
Mais informações:
(
(0XX19) 430-8602/430-8603 ou e-mail eventos@carpa.ciagri.usp.br.
Mostra Dogma 95
O Cinusp apresenta na próxima
semana (7 a 10) os seguintes filmes, dentro da Mostra Dogma 95:
Europa (16 horas),
de Lars Von Trier - com o fim da guerra, imigrante norte-americano torna-se
funcionário de empresa ferroviária, casa com a filha do patrão,
ex-colaborador nazista, e se vê envolvido em trama ardilosa;
Paixão de Joana
D`Arc (19 horas), de Carl Dreyer - a vida da santa, concentrada em
seu julgamento e condenação à morte - seu martírio
é filmado em consistentes primeiros planos, o que aproxima o espectador
do sofrimento da personagem.
Mais informações:
(
(0XX11) 3091-3540/3091-3152.
Cordel e história
A Edusp acaba de lançar
História
do Brasil em cordel, de Mark J. Curran, uma obra cujo foco são
os relatos poéticos cordelianos de eventos do dia e folhetos de
acontecidos, registrando os cem anos em que o cordel foi um comentador
ímpar da história do país. Foram selecionados mais
de 300 folhetos representativos, acompanhados de uma reflexão sobre
sua estrutura formal, seus temas, autores, história e como reflexo
dos anseios, sonhos e esperanças de seu povo.
Mais informações:
(
(0XX11) 3091-4149.
Escola Politécnica
Mestrado
- Estudo
da resistência à compressão de alvenarias de vedação
de componentes comercializados em São Paulo. Leonardo Tolaine
Massetto. Dia 7, às 16 horas.
- Competitividade
na exploração mineral: "um modelo de avaliação".
José Guedes de Andrade. Dia 4, às 9 horas.
Mais informações:((0XX11)
3091-5443
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto
Mestrado
-Adaptação
e características psicométricas do "questionário dos
esquecimentos cotidianos". Maria das Graças Andolfato de Moura.
Dia 4.
Mais informações:((0XX34)
3232-6985
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Agência USP de Notícias - Divisão
de Informação, Documentação e Serviços
Online
Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374, conj. 244, São Paulo - SP. Tel.(0xx11) 3091-4411/3091-4691 - Fax: (0xx11) 3091-4476/3091-4689 Home Page: http://www.usp.br/agen/agweb.htmlE-mail: agenusp@edu.usp.br Diretora da Divisão: Marcia Furtado Avanza (Mtb 11.552) mfrsouza@usp.br Diretor da Agência: Antonio Carlos Quinto (Mtb 15.949) acquinto@usp.br Repórteres: André Chaves de Melo andrecms@usp.br, Roger Pascoal e Valéria Dias valdias@usp.br Estagiários: Bruna Fontes, Cauê Muraro, Júlio Bernardes e Marcelo Gutierres |