São Paulo, 29 de maio de 2001 n.746/01.

 
Estudo avalia a eficácia das visitas domiciliares
Pesquisa da Escola de Enfermagem constata que as visitas domiciliares às mulheres que são mães pelas primeira vez diminui a ansiedade das pacientes. O estudo comprova que os cuidados não devem se limitar apenas ao ambiente dos consultórios médicos.

 

Representantes do BNDES e especialistas discutem o gás natural e o cenário energético na Poli


Curso na Esalq desvenda a microscopia eletrônica
 

Faculdade de Educação oferece curso para ludoeducadores
 
 


Destaques

Visita domiciliária de enfermagem diminui ansiedade de mães de primeira viagem

Cauê Muraro

        A proximidade entre profissionais de saúde e pacientes é vista cada vez mais como uma maneira de otimizar diversos tipos de tratamento, tornando-o mais eficaz e, em muitos casos, menos doloroso. A visita domiciliária é constantemente utilizada como peça dessa estratégia. E é justamente sobre esse tipo de conduta que versa a dissertação de mestrado da enfermeira Tânia Theodoro de Souza, defendida na Escola de Enfermagem da USP. O trabalho, orientado pela professora Eliane Corrêa Chaves, analisa mais especificamente a visita domiciliária de enfermagem como uma maneira de diminuir a ansiedade de mulheres que são mães pela primeira vez, visita essa feita durante os primeiros dias que sucedem o parto.
        A enfermeira conta que trabalha com esse tipo de atendimento há cerca de quatro anos. "A enfermeira faz a visita, fornece uma série de orientações para essas mães e esclarece as dúvidas apresentadas", afirma. O estudo objetivava então verificar se a visita diminuiria o grau de ansiedade dessas mães chamadas de "primigestas", a partir da comparação com outras que não contaram com um cuidado mais direcionado.
        "Nós separamos as mães em dois grupos: um "grupo experimental", no qual havia a intervenção das enfermeiras, e um "grupo controle", em que não foi feita a visita propriamente dita, pois ele não contou com as orientações e esclarecimentos dados pelas enfermeiras", diz a autora do trabalho. E, paralelamente às visitas, as pacientes, tanto de um grupo como de outro, respondiam um questionário que aferia o seu grau de ansiedade antes e depois da visita. A partir daí foi atribuído o que ela chama de "score" de ansiedade para cada mãe, bem como uma média para cada um dos grupos, e o que se notou foi que no "experimental" o número referente ao "score", após o esclarecimento das dúvidas e as orientações devidas, reduziu significativamente, ao passo que no "controle" houve casos de aumento. A conclusão portanto não poderia ser outra senão a de que a visita teve participação decisiva nos casos em que o número decresceu.
        Mas o processo não se restringiu apenas a uma análise do estado psicológico das mães. "Nas visitas, houve também uma preocupação em coletar dados que me possibilitassem traçar um quadro de sua situação biológica. Sinais vitais como pulso, pressão e temperatura não foram descartados", confirma a pesquisadora. Ela observa que no aspecto biológico ocorreu uma certa disparidade entre ambos os grupos, pois aquele que recebeu a visita demonstrou, assim como no "score" de ansiedade, uma sensível melhora.
        E essa melhora biológica apresentada pela mãe estende-se para o bebê, porque as orientações direcionadas têm reflexo direto na saúde dos filhos. Isso é muito importante porque mãe primigesta tende a levar seu filho ao hospital diante do menor problema, e em certos casos a política do hospital é uma reinternação sem que haja necessidade. O retorno precipitado ao hospital é algo que deve ser evitado, e a visita é um instrumento bastante valioso, já que com ela é possível detectar, por exemplo, casos de icterícia, que é um problema que afeta os bebês, e evitar a infecção no coto umbilical.
        A diminuição da ansiedade é portanto somente uma das vantagens proporcionadas pela visita. "Nesse período logo após o nascimento dos bebês, as mulheres são extremamente receptivas à ajuda oferecida pelas enfermeiras. No fundo a maior preocupação que elas têm é com a saúde dos filhos. Inclusive, quando elas estão menos ansiosas, a amamentação ocorre de maneira muito mais satisfatória." Além disso outros estudos já comprovaram que o índice de vacinação aumenta bastante quando as mães recebem as orientações devidas ainda nos primeiros dias.
        O que só comprova uma idéia adotada freqüentemente: a de que os cuidados não devem se limitar apenas ao ambiente dos consultórios médicos, pois há muito mais a ser feito e há muito mais a ser prevenido.
        Mais informações: ( (0XX11) 9271-9993.



Cursos, Seminários e Palestras

Gás natural e energia
        Nesta quinta-feira (31), às 9 horas, técnicos e especialistas em energia elétrica, como o professor José Goldemberg, e representantes do BNDES, discutem na Escola Politécnica (Poli) da USP, durante o workshop Gás Natural, Uma Alternativa Competitiva para o Suprimento de Energia Elétrica. O encontro aborda temas como o papel do gás natural no cenário energético, setor elétrico nacional, perspectivas de atendimento do mercado consumidor de São Paulo, tarifas de gás natural, custos escondidos provocados pela interrupção do fornecimento de energia elétrica, investimentos, cogeração e alternaticas de financiamento. O evento será realizado no edifício Engenheiro Mário Covas Júnior.
        Mais informações: ( (0XX11) 3091-5404/3091-5295 ou e-mail nicodemo.sposato@poli.usp.br.

Espaço e brincadeira
        O Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos (Labrimp) da Faculdade de Educação (FE) da USP abre até 4 de junho as inscrições para o curso Criando e Organizando Espaços Lúdicos, que ocorre nos dias 6 e 7 de junho. O curso fala sobre a importância da brincadeira, o perfil do ludoeducador e organizações do espaço de brincar. A taxa é de R$ 45,00 e há 30 vagas.
        Mais informações: ( (0XX11) 3815-2410 ou e-mail labrimp@edu.usp.br.

Microscópios
        Estão abertas até 8 de junho as inscrições para o 21º Curso Introdutório de Microscopia Eletrônica de Varredura, promovido pelo Núcleo de Apoio à Pesquisa em Microscopia Eletrônica Aplicada à Agricultura (NAP/Mepa) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). O curso será realizado em Piracicaba entre 18 e 29 de junho e seu programa oferece noções teóricas sobre óptica eletrônica, constituição e funcionamento do microscópio eletrônico de varredura.
        Mais informações: ( (0XX19) 429-4405 ou e-mail ewkitaji@carpa.ciagri.usp.br.

Certificação florestal
        O Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef) e o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola realizam nos dias 6 e 7 de junho o 1º Curso sobre Certificação de Cadeia de Custódia, em Piracicaba. O curso é direcionado a profissionais do setor florestal, técnicos e empresas interessadas na certificação da cadeia de custódia e pretende promover os conceitos e sistemas de controle da cadeia de custódia. Há 25 vagas.
        Mais informações: ( (0XX19) 430-8602 ou e-mail eventos@carpa.ciagri.usp.br.



Teses e Dissertações

Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
Mestrado
        - Incidência de infecção do sítio cirúrgico de pacientes submetidos à parto cesáreo: a importância da vigilância pós-alta. Roberta Helena Elias. Dia 31, às 14 horas.
        Mais informações: ( (0XX16) 602-3394

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Mestrado
        - Um modelo de ciclos reais com preços rígidos para o Brasil. Fernando Balbino Botelho. Dia 31, às 15:30 horas.
        Mais informações: ( (0XX11) 3091-5811

Escola Politécnica
Mestrado
        - Impacto da privatização das concessionárias de distribuição de energia elétrica na qualidade da energia suprida. Mitsuo Nitta. Dia 29, às 10 horas.
        - Avaliação das habitações de interesse social na região metropolitanas do Recife. Antonio Flávio Vieira Andrade. Dia 30, às 14 horas.
        - Um sistema para planejamento operacional de obras de rodovias. Andrés Antonio Larrosa Insfrán. Dia 30, às 9 horas.
        Mais informações: ((0XX11) 3091-5443

Faculdade de Saúde Pública
Doutorado
        - Amputação por diabetes mellitus: uma prática prevenível? Um estudo caso-controle. Mônica Antar Gamba. Dia 29, às 14 horas.
        Mais informações: ( (0XX11) 3066-7739
 
 
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