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O objetivo é divulgar para o grande público o acervo arqueológico da instituição. A exposição será montada no edifício do Superior Tribunal de Justiça em Brasília |
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Curso do Nupri discute interesses do Brasil na Alca
FEA realiza curso para gestores de empreendimentos
de risco em novas tecnologias
USP Sinfonietta apresenta concerto no sábado
Brasil 50 Mil Anos
André Chaves de Melo
A partir de setembro, durante
a Semana da Pátria, em data ainda a ser definida, o Museu de Arqueologia
e Etnologia (MAE) da USP inaugura a mostra Brasil 50 Mil Anos. A exposição
será montada no Salão dos Espelhos, que fica no edifício
do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.
Trata-se de um projeto que
tem sido gestado nos últimos dois anos com o objetivo de divulgar
para um grande público o acervo arqueológico da instituição
e, sobretudo, sua pesquisa científica que dá sentido a esse
acervo. "É um evento de grande fôlego, que tenta associar
a curadoria científica dos pesquisadores com um projeto de exposição
moderno, atraente e agradável", diz Paula Montero, diretora do Museu.
"Através de uma grande sinergia entre as áreas de museologia,
educação, pesquisa científica, curadoria e conservação
pretendemos mostrar cerca de 500 a 600 peças do nosso acervo, o
qual é composto por mais de 120 mil peças, com uma abordagem
totalmente inédita."
A principal meta do projeto
é propor uma nova forma de se discutir a história brasileira
sob o prisma dos debates dos 500 Anos, pois pela primeira vez os pesquisadores
estão falando em 50 mil anos. "Isso representa uma mudança
de escala muito significativa porque se nossa história tem apenas
500 anos, nosso passado se limita aos períodos colonial e independente",
afirma Paula. "Ao recuarmos mais, conseguimos estabelecer uma linha de
continuidade mais profunda, construindo uma auto-representação
histórica mais positiva, que busque nossas raízes nas antigas
civilizações indígenas, as quais eram muito mais sofisticadas
e sábias do que se imagina."
De acordo com a diretora,
a proposta de 50 mil anos é uma provocação, pois não
há nenhuma comprovação científica de uma data
tão recuada. Atualmente, os pesquisadores afirmam que há
comprovação de 12 mil anos. "As marcas de 20 mil anos tem
algumas possibilidades científicas de serem comprovadas", diz. "Os
40 mil anos da Niède Guidon ainda estão em grande debate
porque os pesquisadores se dividem entre os que acham que ela não
seguiu todos os procedimentos científicos exigidos e os que acham
que sim."
O projeto conta com o apoio
dos Ministérios da Educação, da Ciência e Tecnologia
e da Cultura, da Secretaria da Educação do Distrito Federal
(DF), Petrobras, Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), Epson,
Instituto Takano, Real Cargas (responsável pelo transporte do acervo)
e o Superior Tribunal de Justiça, que além de ceder o espaço,
engajando-se na proposta desde o início, tem fornecido para o MAE
um enorme apoio logístico, com serviços de marcenaria e segurança.
A previsão dos organizadores é que a exposição
fique em Brasília até dezembro e depois itinere por outras
cidades brasileiras.
No primeiro módulo
o público entra num Túnel do Tempo para aprender que a Arqueologia
é tempo e tudo aquilo o que ela pensa e formula é resultado
da profundidade das camadas ou substratos arqueológicos do solo,
nos quais os pesquisadores encontram os objetos. "Esse módulo é
uma tentativa de falar do Homem do Piauí, mostrando seus abrigos,
sistema de vida, enterramentos e pinturas rupestres", explica Paula. "Imediatamente,
a exposição faz um corte e o público entra em um laboratório
de pesquisa arqueológica, para que ele entenda que tudo aquilo que
vai ser dito daí para a frente são interpretações
dos arqueólogos, feitas a partir de restos."
O segundo módulo
é dedicado aos sambaquis e ao modo de vida das populações
caçadoras e coletoras do litoral, construtoras desses enormes monumentos
feitos a base de conchas e outros materiais orgânicos.
O terceiro módulo
é voltado para a ocupação do Brasil Central, tomando
como exemplo os bororó e mostrando o modo como esse povo entende
o universo e a vida enquanto o último módulo trará
para o público a expansão tupi-guarani, que se estende do
Norte ao Sul do País, fazendo uma pinça pelo litoral e pela
Mata Atlântica.
Além da itinerância,
a equipe do MAE está treinando professores das redes pública
e particular de Brasília e Goiás, que serão multiplicadores
da exposição junto às escolas. "Também estamos
treinando monitores, os quais são estudantes universitários
de História, Sociologia, Geografia, Antropologia e outras áreas
afins, que acompanharão os visitantes durante todo o seu trajeto
pela mostra", explica Camilo de Mello Vasconcelos, um dos responsáveis
pelas ações educativas da instituição. "Para
que o trabalho nas escolas seja mais organizado, o professor vai poder
contar com o apoio de um Guia Temático Brasil 50 Mil Anos, publicação
que trará perguntas, exercícios, discussões temáticas,
textos explicativos sobre os módulos e outras atividades para serem
trabalhadas em sala de aula."
Para Paula Montero, a mostra
tem outro objetivo, que é o de contribuir para a formação
de uma cultura de realização de exposições
científicas e para o fortalecimento dos museus de ciência
no País, na sua maioria de caráter público. "Precisamos
mostrar que a coisa pública é de boa qualidade, invertendo
esse desprezo que muitos tem pelas instituições públicas,
pela capacidade do Estado de fazer coisas."
Mais informações:
(0XX11) 3091-5096 ou 3812-4001, com Camilo de Mello Vasconcelos.
O Brasil e a Alca
O Núcleo de Pesquisa
em Relações Internacionais (Nupri) tem inscrições
abertas para o curso Alca e os Interesses do Brasil, que será
realizado de 3 a 26 de julho. Durante o curso serão abordadas questões
como processos de integração regional, histórico da
negociação, mecanismo negociador e alternativas à
Alca. A inscrição é de R$ 100,00, mais duas taxas
de R$ 150,00.
Mais informações:
(
(0XX11) 3091-3061/3091-3044.
Empreendimentos de risco
A Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade (FEA) realiza entre 2 e 6 de
julho o curso de capacitação Gestão de Empreendimentos
de Risco. O programa do curso pretende apresentar o contexto em que
o capital de risco é utilizado no exterior e seu potencial de aplicação
aos novos negócios de base tecnológica no Brasil; algumas
questões em debate são compra e venda de tecnologia, propriedade
intelectual e industrial, habilidades gerenciais e aspectos jurídicos.
Mais informações:
(0XX11) 3031-4633/3032-4640; e-mail protap@fia.fea.usp.br.
Radiação cósmica
O Instituto de Física
(IF) da USP realiza nesta sexta-feira (29), às 16 horas, o seminário
Raios
Cósmicos com Energias Macroscópicas: a Perspectiva do Observatório
Auger. O seminário será apresentado pelo professor Carlos
Ourívio Escobar da Unicamp -que fala sobre a energia que há
nas partículas primárias na radiação cósmica
- no Auditório Adma Jafet, no IF, Rua do Matão, Travessa
R, 187.
Mais informações:
(
(0XX11) 3091-6919/3091-6916.
Idiomas na ECA
O Núcleo de Apoio
à Pesquisa em Estudos Norte Americanos (Napena), ligado à
Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, abre inscrições
para seus cursos intensivos de Inglês, Francês e Espanhol (níveis
básico, intermediário e avançado), que serão
realizados de 2 de julho a 2 de agosto. Os horários são de
segunda a quinta das 8 às 10 horas, das 12 às 14 horas e
das 19 às 21 horas. As taxas são de duas parcelas de R$ 130,00
(comunidade USP) e duas de R$ 140,00 (comunidade externa).
Mais informações:
(
(0XX11) 3091-4286 ou e-mail napena@edu.usp.br.
Concerto
A USP Sinfonietta apresenta
neste sábado (30), às 16 horas, um concerto no Teatro Paulo
Autran, da Faculdade Ítalo-Brasileira. No programa, Rossini, Mozart,
Sibelius e Schumann, sob regência de Ronaldo Bologna e com a participação
do solista de piano Victor Cayres. A faculdade fica na Av. João
Dias, 2046.
Mais informações:
(
(0XX11) 3091-3000.
Avisos do Produsp
O Programa de Prevenção
e Tratamento do Uso de Drogas na USP (Produsp) realiza nesta sexta-feira
(29), das 8 às 9h30, uma atividade de prevenção de
drogas e qualidade de vida, com as esposas dos funcionários da prefeitura
da USP e convida para o IV Encontro das Comissões de Representação
do Produsp, que ocorre amanhã (27) das 9 às 12h30 no
Salão Nobre do Instituto de Geociências (IGc).
Mais informações:
(
(0XX11) 3091-5357.
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Mestrado
- Estabilidade física
e metodológica analítica para formulações farmacêuticas
contendo cetoconazol. Andréia Cricco Peraro. Dia 27, às
12 horas.
Mais informações:((0XX11)
3091-3621
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Doutorado
- Gênese do estado
burocrático-burguês no Rio Grande do Sul (1889-1929). Gunter
Axt. Dia 27, às 14 horas.
Mais informações:((0XX11)
3091-4612
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Agência USP de Notícias - Divisão
de Informação, Documentação e Serviços
Online
Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374, conj. 244, São Paulo - SP. Tel.(0xx11) 3091-4411/3091-4691 - Fax: (0xx11) 3091-4476/3091-4689 Home Page: http://www.usp.br/agen/agweb.html E-mail: agenusp@edu.usp.br Diretora da Divisão: Marcia Furtado Avanza (Mtb 11.552) mfrsouza@usp.br Diretor da Agência: Antonio Carlos Quinto (Mtb 15.949) acquinto@usp.br Repórteres: André Chaves de Melo andrecms@usp.br, Roger Pascoal rpascoal@usp.br e Valéria Dias valdias@usp.br Estagiários: Bruna Fontes, Cauê Murarocaueagen@usp.br, Júlio Bernardes, Marcelo Gutierres msg@usp.br e Tatiana Martins Peñuela |