|
Dissertação apresentada na Poli analisa a viabilidade da implantação de piscinas que transformam energia solar em térmica. Elas podem abastecer vilas, edifícios e indústrias, gerando energia limpa e mais barata que o sistema hidrelétrico. |
|
Fupam promove curso para desenvolvimento de projetos
em arquitetura e programação visual
FEA-RP abre inscrições para apresentação
de trabalhos em congresso internacional
Projeto propõe piscinas solares para produzir energia elétrica
Bruna Fontes
Em meio à crise energética
brasileira e às medidas de racionamento impostas pelo governo, um
estudo apresentado na Escola Politécnica da USP propõe a
construção de piscinas solares como alternativa para abastecer
casas populares, fornecer energia para chuveiros e aparelhos de ar-condicionado.
As piscinas podem abastecer até mesmo indústrias, dependendo
do porte.
Este projeto alternativo
de geração de energia elétrica é o tema central
da dissertação de mestrado que José Roberto Abbud
Jorge defendeu recentemente na Poli, avaliando o aproveitamento destas
piscinas que já existem em países como Israel e Estados Unidos,
mas ainda são desconhecidas no Brasil. As vantagens? "A descentralização
da distribuição da energia, sua produção de
maneira limpa e a capacidade de captar e armazenar energia térmica
em situações peculiares, como à noite, chovendo, com
o tempo nublado e no inverno", resume o pesquisador.
As piscinas térmicas
são continentes de água salina de tamanhos variados — de
uma caixa d'água a vários campos de futebol — que armazenam
a radiação solar. Os diferentes níveis de concentração
de água salgada da piscina e seu fundo negro armazenam o calor e
inibem sua perda por convecção natural (quando as camadas
superiores de água, mais quentes, "descem", fazendo com que as camadas
inferiores, mais frias, "subam" para a superfície, devido à
diferença de densidade). Uma piscina de um a dois metros de profundidade
rende em potência térmica entre 15 e 25% da radiação
solar que recebe — o que, segundo Abbud, no Brasil não falta: o
país recebe 2150 kWh/ano por m2 e só perde em
termos de incidência para o Saara. A eficiência pode ser maior
se este calor for utilizado para gerar energia em ciclos combinados com
outros processos. "Se o calor obtido for canalizado para um biodigestor
cheio de lixo, a produção de gás metano será
aceleradíssima", afirma Abbud.
O pesquisador afirma que
as piscinas podem ser construídas em qualquer lugar que receba bastante
radiação solar e que esteja em latitudes menores do que 40
graus, em áreas planas, distantes de lençóis de água
potável. Dependendo de seu tamanho, sua construção
pode levar de 4 a 22 meses. O custo estimado de manutenção
é de US$100 mil por ano, mas Abbud afirma que estes dados se referem
a projetos implantados no exterior, "aquém de nossa realidade".
Em seu estudo, ele compara os custos das diferentes fontes de energia:
1 kW térmico gerado por uma piscina solar custa aproximadamente
US$ 1.300 enquanto custa de US$ 2.000 a 2.500 em sistemas hidroelétricos,
US$ 800 em sistemas termoelétricos (sem considerar a canalização
de gás natural), US$ 3.500 para sistemas nucleares com tecnologia
de segurança, US$ 7.500 para sistemas fotovoltaicos e US$ 1.500
nos sistemas eólicos.
As piscinas podem ter diferentes
aplicações, como o aquecimento de água para banhos
e refrigeração de alimentos, ou podem ser usadas em ciclos
combinados para a produção de energia. "Na capital (São
Paulo), o mais indicado seria a implantação das piscinas
em edifícios, condomínios, usando o calor na produção
de ciclos de refrigeração e de aquecimento de chuveiros,
porque, para esta finalidade, é possível fazer um modelo
compacto, que seja implantado no espaço livre de uma cobertura".
Uma piscina de 1000 m2 pode abastecer cerca de 100 casas populares
e, por serem auto-suficientes, as piscinas também podem gerar energia
em pequenas vilas que até hoje não têm acesso à
eletricidade, ou onde ela existe de modo precário. No caso das indústrias,
Abbud afirma que as piscinas podem fornecer energia para alguns setores.
Outro aspecto favorável
ao uso destas piscinas é a obtenção de energia limpa.
"Os motivos para a viabilização do uso de energia solar em
larga escala são inúmeros, como a iminente escassez de petróleo",
comenta. "A existência da fonte energética solar e o desenvolvimento
de tecnologia apropriada são cruciais para o desenvolvimento sustentado
e limpo, principalmente nos países de incidência solar privilegiada".
Mais informações:
(
(0XX13) 3561-5002/9112-6922 com José Roberto Abbud Jorge ou e-mail
jrabbud@uol.com.br.
Movimentos populares no Butantã
Estão abertas as
inscrições para os interessados em participar da reunião
da Rede Butantã, que será realizada neste sábado (7),
das 8h30 às 17 horas, com o tema
Integração e Inclusão
Social. A Rede reúne diversos organismos governamentais e não-governamentais
da região para otimizar recursos, divulgar experiências e
viabilizar projetos em parceria que atendam as demandas sociais do bairro.
No sábado, os temas em debate são movimentos populares no
Butantã e o mapa da inclusão e exclusão social em
São Paulo. O evento acontece no Circo-Escola São Remo, na
Rua Aquianés, 13. Os interessados em participar podem fazer sua
inscrição pelo telefone.
Mais informações:
(
(0XX11) 3766-5166/3091-4435 ou e-mail vfacuri@uol.com.br
Arquitetura e informática
A Fundação
para Pesquisa Ambiental (Fupam), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
(FAU) da USP, promove entre os dias 9 e 20 o curso Vector Works,
que apresenta a ferramenta Minicad Vector Works para o desenvolvimento
de projetos de arquitetura e programação visual. Durante
o curso serão apresentadas ferramentas para criação
e alteração de desenhos em duas e três dimensões,
oferecendo uma visão geral do funcionamento e aplicações
do software Minicad Vector Works. Há 18 vagas por turma. As inscrições
podem ser feitas pela Internet, no endereço http://www.usp.br/fau/fupam/fupam3.htm#.
Mais informações:
(
(0XX11) 3091-4566/3814-0829 ou pelo e-mail
cursos@fupam.com.br.
Trabalhos sobre agrobusiness
Estão abertas até
o final do mês as inscrições de trabalhos para apresentação
no 3o Congresso Internacional de Economia e Gestão
de Negócios Agroalimentares, que a Faculdade de Economia e Administração
de Ribeirão Preto realiza em outubro. O evento vai discutir aplicações
teóricas que podem aumentar a eficiência na coordenação
dos sistemas de produção e distribuição de
alimentos e enfoca áreas como modelagem de sistemas agroindustriais,
coordenação contratual, redes de distribuição
e de suprimento, tecnologias da informação, comunicação
com o consumidor.
Mais informações:
(
(0XX11) 3091-5982 ou pelo e-mail pensa@fearp.usp.br.
Site: http://www.usp.br/fearp/egna
Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade
Mestrado
- Gestão de Competências
como prática de Recursos Humanos nas organizações:
estudo de caso em uma empresa de tecnologia da informação.
Lilian
Pazos Conde. Dia 4, às 14 horas.
Mais informações:((0XX11)
3091-5811
Faculdade de Saúde Pública
Mestrado
- Remoção
de fluoreto de águas para abastecimento público pelo processo
de osmose reversa. Ana Teixeira Berenhauser. Dia 5, às 14 horas.
Mais informações:((0XX11)
3081-5091
Escola de Enfermagem
Mestrado
- Família: rede
de suporte ou fator estressor. A ótica de idosos e cuidadores familiares.
Yeda
Aparecida de Oliveira Duarte. Dia 4, às 13 horas.
Mais informações:((0XX11)
3066-7533
|
Agência USP de Notícias - Divisão
de Informação, Documentação e Serviços
Online
Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374, conj. 244, São Paulo - SP. Tel.(0xx11) 3091-4411/3091-4691 - Fax: (0xx11) 3091-4476/3091-4689 Home Page: http://www.usp.br/agen/agweb.htmlE-mail: agenusp@edu.usp.br Diretora da Divisão: Marcia Furtado Avanza (Mtb 11.552) mfrsouza@usp.br Diretor da Agência: Antonio Carlos Quinto (Mtb 15.949) acquinto@usp.br Repórteres: André Chaves de Melo andrecms@usp.br, Roger Pascoal rpascoal@usp.br e Valéria Dias valdias@usp.br Estagiários: Bruna Fontes, Cauê Murarocaueagen@usp.br, Júlio Bernardes, Marcelo Gutierres msg@usp.br e Tatiana Martins Peñuela |