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Historiadora faz levantamento da história da imigração de dez grupos étnicos que chegaram ao País entre as décadas de 10 e 60. O estudo buscou desvendar como esses imigrantes recriaram suas tradições em solo estrangeiro |
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Professor da USP é nomeado secretário
adjunto de Ciência e Tecnologia de SP
Neurotoxinas é tema de palestra na Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto
Instituto de Biociências oferece curso sobre
Doenças Mendelianas
Pesquisa conta a história da imigração em São Paulo
Antonio Carlos Quinto
São Paulo é
uma cidade plural. Por vezes, seus habitantes transitam por locais onde
há prédios, casas e monumentos de arquiteturas diversas.
Porém, poucas são as pessoas que conseguem identificar a
origem de algumas construções que acabam passando desapercebidas.
Depois de cinco anos pesquisando a história de grupos de imigrantes
radicados em São Paulo, a historiadora Sônia Maria Freitas
nos leva a ficar mais atentos sobre a influência estrangeira em nossa
cidade. Em sua tese de doutorado intitulada Falam os Imigrantes...Memória
e Diversidade Cultural em São Paulo, Sônia conta a história
da imigração de dez grupos nacionais/étnicos: armênios,
chineses, espanhóis, húngaros, italianos de monte San Giácomo
e Sanza, lituanos, okinawanos, russos e ucranianos. A tese, que conta inclusive
com registros fotográficos, foi apresentada em abril último,
no Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas (FFLCH) da USP. O trabalho foi orientado pelo historiador
e professor da USP Carlos Guilherme Mota.
O interesse de Sônia
em pesquisar o processo imigratório em São Paulo surgiu quando
ela percebeu que o tema havia sido mais estudado por economistas, geógrafos,
psicólogos, antropólogos, sociólogos do que por historiadores.
"Três questões foram básicas para a pesquisa: Quem
seriam estes imigrantes? Haveria guetos na cidade de São Paulo?
Estariam de alguma forma 'abrasileirados'?", descreve. A partir destas
perguntas, Sônia procurou evidenciar uma memória comum aos
grupos estudados e identificá-los na cidade hoje. Ao todo, 250 pessoas
foram entrevistadas, todos imigrantes que chegaram ao país entre
as décadas de 10 e 60. Contudo, a pesquisadora deu mais ênfase
aos estrangeiros que chegaram no período pós-segunda guerra
mundial.
A pesquisa buscou desvendar
de que maneira estes estrangeiros recriaram suas tradições
em nosso país. "Eles criaram importantes laços de união
em seus grupos, principalmente através de clubes, associações
e igrejas. Em alguns casos, chegaram a fundar escolas para ensinar a seus
descendentes a língua e a cultura natal", conta Sônia. Daí
a grande número de construções na cidade que lembram
arquiteturas de seus países de origem. No trabalho de Sônia
podem ser vistas fotos de igrejas russas construídas no bairro de
Vila Alpina, na zona Leste da cidade, que concentra um grupo destes imigrantes.
Os lituanos também estão na zona Leste de São Paulo,
na Vila Zelina. "Os ucranianos também se fixaram nos dois bairros
e em São Caetano do Sul, onde existe uma igreja de arquitetura típica",
descreve.
Já os italianos de
San Giácomo e Sanza, segundo a pesquisadora, habitaram inicialmente
a região da Mooca, expandindo-se posteriormente para os bairros
da Penha e São Miguel Paulista, na zona Leste. "Alguns chineses
ainda podem ser encontrados na Liberdade, Aclimação, Cambuci,
Brooklin e também em Santo Amaro. Mas boa parte deles se espalhou
pela cidade". Os armênios habitavam os bairros da Luz, Santana e
a região do Mercado Central, enquanto os japoneses de Okinawa fixaram-se
na região do Mercado Central e do Mercado da Cantareira.
Sônia explica ainda
que a imigração destes grupos ocorreu por diversas causas.
"Muitos vieram por razões econômicas, outros vieram por perseguição
política, ou devido a guerras, revoluções e até
mesmo por questões religiosas", revela. "E quanto maior foi o sofrimento
ao deixar seu país, mais o imigrante lutou para preservar sua cultura
e tradições". Além disso, ela destaca que os estrangeiros
que chegaram ao Brasil no período anterior a Segunda Guerra ainda
tiveram de enfrentar a intolerância da política getulista
que atingiu boa parte dos imigrantes. "Sofreram perseguições
sendo, inclusive, proibidos de falar sua língua de origem e suas
associações foram alvo de intervenções", conta.
Os imigrantes que chegaram após a Segunda Guerra, segundo Sônia,
tinham maior grau de informação, eram técnicos ou
mesmo engenheiros. "Eles conseguiram retomar a vida associativa e deram
novo impulso às comunidades", diz. "Meu trabalho é basicamente
um registro de memória destes grupos. Creio ser importante nestes
tempos de globalização", avalia.
Mais informações:
(0XX11) 288-5665; e-mail: smfreitas2@uol.com.br
Professor da USP é nomeado secretário adjunto de Ciência e Tecnologia de SP
Gestão Básica para Escolas
Já estão abertas
as inscrições para o curso "Gestão Básica para
Escola" da Escola do Futuro da USP. No curso serão apresentadas
algumas ações básicas necessárias ao conhecimento
da organização escolar como um sistema de estruturas interdependentes,
direcionado para a construção de uma escola democrática
e autônoma. O público alvo do curso, que tem 76 horas de duração,
são professores, coordenadores, supervisores, diretores e donos
de escola. As aulas serão sempre às terças e quintas-feiras
e a primeira está programada para o dia 02 de outubro. Os interessados
devem pagar um taxa de R$ 1.200,00, valor que pode ser dividida em até
três vezes.
Mais informações:
(0XX11) 3091-4254/9107 ou e-mail: capacita@futuro.usp.br
Pesquisa em Arte e Crítica
Entre os dias 19 e 21 de
setembro será realizado o Seminário Nacional ABCA: Pesquisa
em Arte e Crítica. O evento tem como objetivo realizar um diagnóstico
sobre o estado atual da pesquisa em arte e crítica nos quadros da
ABCA, confrontando-o com o trabalho de pesquisadores de outras instituições.
A efetivação deve ser feita no dia 19 entre as 13 e 14 horas.
As taxas são de R$ 20,00 para membros da ABCA, R$ 30,00 para não
membros e R$ 15,00 para estudantes. O Seminário acontece no USP
Oficina, que fica na Avenida Prof.º Lúcio Martins Rodrigues,
314, Cidade Universitária.
Mais informações:
fax (0XX11) 3746-6896 e-mail evernaschi@hotmail.com
Neurotoxinas de Aranha e Neuroproteção
No dia 21 de setembro, às
16 horas, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP
promove palestra Neurotoxinas de aranha e neuroproteção,
com professor de biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
(FFCLRP) Wagner Ferreira dos Santos. Não há necessidade de
inscrição prévia. O evento é gratuito e aberto
ao público em geral. A FMRP fica na Av. Bandeirantes, 3900, Ribeirão
Preto, São Paulo.
Mais informações:
(0XX16) 602-3012
Curso sobre Doenças Mendelianas
O curso oferecido pelo Instituto
de Biociências (IB/USP) objetiva ensinar os principais métodos
de mapeamento e de identificação de genes associados a doenças
mendelianas e multifatorais. Tudo através de uma proposta que envolve
experimentos práticos e considerando a disponibilidade da seqüência
do genoma humano e apresentando perspectivas de estudos funcionais. Além
disso serão discutidas as principais técnicas de detecção
de mutações patogênicas e alguns mecanismos moleculares
associados com doenças genéticas humanas. Haverá também
seminários ministrados por diversos pesquisadores nacionais e internacionais,
o que permitirá que os alunos tenham a oportunidade de discutir
os avanços mais recentes de determinadas áreas de conhecimentos
com seus respectivos especialistas.
As inscrições
já estão abertas e se encerram no dia 20 de outubro. A taxa
de inscrição é de R$ 600,00 para o curso integral
(12 vagas) e de R$ 300,00 para assistir somente aos seminários (60
vagas).
Mais informações:
(0XX11) 3091-7966 ramal 228 ou e-mail arashiro@usp.br
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Doutorado
- Imagem-movimento, imagens
de tempo e os afetos 'Alegres' no filme O triunfo da vontade, de Leni Riefenstahl:
Um estudo de sociologia e cinema. Mauro Luiz Rovai. Dia 18 de setembro,
às 14 horas.
- Etnoaqueologia dos
grafismos kaingang: um modelo para a compreensão das sociedades
Pro-jê meridionais. Sérgio Baptista da Silva. Dia 18 de setembro,
às 9 horas.
Mestrado
- Construindo ou deixando
um Sambaqui? Análise de sedimentos de um Sambaqui do litoral meridional
brasileiro - processos formaticos - região de Laguna-SC. Daniela
Magalhães Klökler. Dia 20 de setembro, às 14 horas.
Mais informações:
(0XX11) 3091-4626
Instituto de Biociências
Doutorado
- Paullinia L. (Sapindaceae):
Morfologia, Taxomania e Revisão de Paullinia sect. Phygoptilon.
Genise Vieira Somner. Dia 19 de setembro, às 14 horas.
- Revisão Taxonômica
do Gênero Alseis Schott (Rubiaceae, Cinchonoideae). Maria Verônica
Leite Pereira Moura. Dia 20 de setembro, às 13h30.
- Envolvimento do Giro
Denteado e Córtex Entorrinal Medial, mas Não do Córtex
Entorrinal Lateral, com o Processamento de Informações de
Natureza Espacial. Andrea Maria Garrido dos Santos. Dia 17 de setembro,
às 13h30.
- Filogenia da Tribo
Puyeae Wittm. e Revisão Taxonômica do Gênero Encholirium
Mart. Ex Schult. & Schult. F. (Pitcairnioideae - Bromeliceae). Rafaela
Campostrini Forzza. Dia 18 de setembro, às 14 horas.
Mestrado
- Estudo do Papel do
Vacúolo Parasitóforo como uma Adaptação para
a Sobrevivência do Plasmodium em um Ambiente Iônico Intracelular.
Marcos Leoni Gazarini Dutra. Dia 20 de setembro, às 14 horas.
- Efeitos da Fragmentação
Florestal sobre a Comunidade de Pteridófilas da Mata Atlântica
Sul Baiana. Mateus Luís Barradas Paciencia. Dia 19 de setembro,
às 9 horas.
Mais informações:
(0XX11) 3091-7547
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Agência USP de Notícias - Divisão
de Informação, Documentação e Serviços
Online
Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374, conj. 244, São Paulo - SP. Tel.(0xx11) 3091-4411/3091-4691 - Fax: (0xx11) 3091-4476/3091-4689 Home Page: http://www.usp.br/agenciausp E-mail: agenusp@edu.usp.br Diretora da Divisão: Marcia Furtado Avanza (Mtb 11.552) mfrsouza@usp.br Diretor da Agência: Antonio Carlos Quinto (Mtb 15.949) acquinto@usp.br Repórteres: André Chaves de Melo andrecms@usp.br, Roger Pascoal rpascoal@usp.br e Valéria Dias valdias@usp.br Estagiários: Álvaro Magalhães, Cauê Muraro caueagen@usp.br, Júlio Bernardes, Marcelo Gutierres msg@usp.br e Tatiana Martins Peñuela tpenuela@usp.br |