O impacto ambiental dos pesques-pague O impacto ambiental dos pesques-pague Estudo da Escola de Engenharia de São Carlos avalia o impacto ambiental dos pesques-pague localizados na região da bacia do rio Mogi-Guaçu. Os resultados obtidos até agora apontam que, na maioria dos estabelecimentos

Mogi-Guaçu

Um projeto de pesquisa da Escola de Engenharia da USP de São Carlos (EESC) está avaliando o impacto ambiental da emissão de efluentes de pesques-pague localizados na bacia do Rio Mogi-Guaçu. O estudo integra a pesquisa de pós-doutorado de Márcia Noélia Eler, doutora em Engenharia das Ciências Ambientais pela EESC, e está sob a responsabilidade do professor Evaldo Luíz Gaeta Espíndola.

Em três meses, a pesquisadora acompanhou as rotinas diárias de 42 dos 87 estabelecimentos de pesca e lazer existentes na bacia. "Nesta primeira etapa da pesquisa verificamos aspectos gerais, como condições de lanchonetes e situação de limpeza de peixes, rações utilizadas na alimentação e se existe, por parte dos proprietários, um controle da qualidade de água quanto à concentração de oxigênio, nitrogênio e fósforo, entre outras variáveis", descreve a pesquisadora.

Neste período de estudos, Márcia chegou a algumas conclusões preliminares. Segundo ela, entre os estabelecimentos verificados, a maioria não possui financiamento governamental e poucos são legalizados nos órgão estaduais e federais, ou junto às prefeituras municipais. "Apenas duas propriedades entre as que estudamos, uma na região de Andradas (MG) e outra em Socorro (SP), são comandadas por empresários. O restante dos pesques-pague são todos familiares", diz, lembrando que em um dos estabelecimentos, parte da água descartada dos lagos é utilizada na irrigação de uma plantação de uvas.

Mas o principal fato observado até agora pela pesquisadora é que há uma situação de poluição ambiental presente na maioria dos pesques-pague e que existe a necessidade de se implantar formas de educação ambiental junto aos proprietários. Márcia cita como exemplo a quantidade de fósforo encontrada na água de uma das propriedades estudadas. "Constatamos que a emissão de fósforo foi da ordem de 335 microgramas por litro de água", conta. De acordo com a resolução 20/86 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), para um rio de classe 2, como é o caso do Rio Mogi-Guaçu, a concentração máxima de um efluente em relação à concentração de fósforo deve ser de 25 microgramas.

Márcia explica que a alta concentração de fósforo e nitrogênio acaba ocasionando o fenômeno da eutrofização. "Como conseqüência há o crescimento de algas. Algumas destas espécies podem, inclusive, ser tóxicas", alerta. Além dos aspectos de poluição da água, há também a poluição biológica causada pelo escape de espécies exóticas e alóctones à bacia. Num pesque-pague de Barrinha foi introduzida acidentalmente, no rio Mogi-Guaçu, tucunaré e bagre africano. "Contudo, ainda não sabemos a influência destas espécies na biota nativa do rio", ressalta. A pesquisadora prevê ainda que o projeto deve ser estendido por mais três anos. As primeiras coletas de águas dos pesques-pague da região foram feitas em julho deste ano e, as primeiras análises em agosto. "Estamos próximos da alta temporada que começa agora e vai até a semana santa", diz Márcia. "O objetivo é obtermos mais recursos para que possamos completar todo o projeto de pesquisa que tem como um dos objetivos principais fornecer cursos para piscicultores", afirma.

O projeto de pesquisa de Márcia é apoiado por um convênio entre a EESC da USP e o Centro Nacional de Pesquisa em Peixes Tropicais (CEPTA) do IBAMA.

Mais informações: (0XX19) 565-1299; e-mail: marciane@abelha.vot.usp.br

O Centro de Estudos em Administração do Terceiro Setor (CEATS) da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, com apoio da Fundação Ford, iniciou um estudo pioneiro na área de Responsabilidade Social e Cidadania Corporativa. O objetivo é analisar as práticas de atuação social das empresas, desenvolvidas a partir de alianças intersetoriais, isto é, parcerias com organizações de mercado, governo e terceiro setor. "Queremos compreender as formas e os mecanismos de atuação social das empresas, inclusive as estrangeiras instaladas no Brasil e, em especial, como são formadas e mantidas alianças intersetoriais" diz a professora Rosa Maria Fischer, coordenadora do CEATS e responsável pelo projeto.

Um questionário com 19 tópicos, enviado no último dia 11, está sendo respondido por cerca de 2.000 empresas para auxiliar na pesquisa. Nele, as empresas têm a oportunidade de expor suas atuações em questões sociais. "Nosso critério baseou-se em procurar empresas que já realizam, de alguma forma, alianças intersetoriais", explica Rosa Maria. Com isso, a pesquisadora acredita que será possível saber como uma empresa se associa para buscar resultados na redução de déficits sociais, como o analfabetismo, a desnutrição ou a mortalidade.

Outra preocupação da pesquisa é o impacto da globalização em projetos sociais. "Precisamos saber como esse impacto interfere nas estratégias sociais de transnacionais", exemplifica a professora. Ela diz que muitas das empresas com filiais no Brasil não desenvolvem projetos no país, diferente do que acontece em suas matrizes. "Os executivos de muitas delas, quando vão hoje em dia prestar contas às matrizes, são cobrados com relação a esta questão", conta a pesquisadora.

Rosa Maria diz que a empresa é o ponto de partida para se entender como uma aliança de vários setores pode representar mais que apenas uma atuação social circunstancial. "Queremos descobrir o porquê de uma ação social ser pontual ou se restringir, muitas vezes, às obrigações legais e voltada somente para os funcionários da empresa".

Mais informações: (0XX11) 3733-1193 ou pelo e-mail:ceats_ford@fia.fea.usp.br

A Disciplina de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/USP) promove no próximo dia 25, às 14 horas, a palestra Do buraco da camada de ozônio ao câncer de pele e de lábio, com o professor do Laboratório Master do Instituto Astronômico, Geofísico e de Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, Marcelo de Paula Corrêa. O evento, que terá lugar no salão nobre da FOB, vai abordar uma visão geral dos perigos oferecidos pelo excesso de exposição ao sol e os malefícios dos raios solares no câncer de pele e lábio. A palestra é aberta gratuitamente à toda comunidade bauruense. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (0XX14) 235-8251.

Mais informações: (0XX14) 235-8385

Com o objetivo de promover uma ampla discussão sobre as relações entre ciência e inclusão social, a Estação Ciência estará promovendo, entre os dias 7 e 10 de novembro, a sexta edição da Mostra de Material de Divulgação e Ensino das Ciências. Além de estandes onde instituições e empresas estarão exibindo as principais novidades da área, o projeto conta com uma ampla programação paralela. No dia 8, por exemplo, a partir das 14 horas, ocorrerá a mesa-redonda Os Centros de Ciências e suas atuações sociais, onde especialistas em processos de educação científica e tecnológica informal, feitos a partir dessas instituições, analisarão os resultados de suas ações no campo social. Estarão presentes Antonio Carlos Pavão ( Espaço Ciência/ UFPE), José Ribamar Ferreira (Museu da Vida/Fiocruz, RJ), Ernst W. Hamburger (Estação Ciência/USP), Plínio Fasolo (PUC/RS) e Crodowaldo Pavan (Núcleo José Reis/USP). No mesmo dia, às 16 horas, João Cândido Portinari, filho do famoso pintor e coordenador do Projeto Portinari, proferirá a conferência Museu Virtual – Modelo de Inclusão. E às 17h30 será a vez da palestra show A Mitocôndria em Três Atos, com os professores Leopoldo de Meis e Deucênio Rangel (ambos da UFRJ). As inscrições poderão ser feitas até o próximo dia 31, pessoalmente, por e-mail (cleo@eciencia.usp.br) ou fax (0XX11) 3673-2798. A EC fica na rua Guaicurus, 1274, Lapa, São Paulo, SP. São 230 vagas para cada atividade.

Mais informações: (0XX11) 3673-7022 ou e-mail caue@eciencia.usp.br

Recursos Hidroenergéticos

O Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada (CRHEA) da Escola de Engenharia da USP de São Carlos (EESC) está com inscrições abertas para o VII Simpósio do Curso de Pós-graduação em Ciências de Engenharia Ambiental, que acontecerá nos dias 12, 13 e 14 de novembro. O encontro deste ano vai discutir o "Planejamento Integrado de Recursos Hidroenergéticos". As inscrições custam R$ 25,00.

O simpósio acontece em comemoração aos 25 anos do CRHEA e vai abordar temas como: Gestão e Usos Múltiplos de Recursos Hídricos; A Situação da Energia Elétrica Frente à Reestruturação do Setor Energético Brasileiro; Fontes Alternativas de Energia; Cobrança pelo Uso da Água e Reservatórios: Impactos Ambientais.

Mais informações: (0XX16) 275-7133 ou pelo site: www.shs.eesc.sc.usp.br/crhea/simposio/VII/

Nesta quarta-feira (24), a Faculdade de Econômica, Administração e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto (FEARP) promove o III Congresso sobre Economia e Gestão de Sistemas Agroalimentares. O congresso vai discutir as aplicação teóricas que podem ser utilizadas para o aumento da eficiência na coordenação dos sistemas de produção e distribuição de alimentos. O evento vai até sexta-feira (26).

Mais informações: (0XX16) 633-5617 ou e-mail: egna@terra.com.br

Entre os dias 24 e 26 de outubro, o Instituto de Geociências (IGc) da USP promove a IV Semana do Livro e da Biblioteca. Serão realizadas duas palestras (uma sobre conservação de acervo e outras sobre relação usuário/funcionário de biblioteca) e uma demonstração de acesso às novas tecnologias de busca de informação (Web of Science, ProBe e base de dados).

Mais informações: (0XX11) 3091-4290 ou e-mail: moreschi@usp.br

O livro Sistema de Assistência de Enfermagem: evolução e tendências, organizado pelas enfermeiras e professoras Tamara I. Ciandiarullo, Dulce Maria Rosa Gualda, Marta Maria Melleiro e Marina H. Anabuki, será lançado hoje (22) na Editora Ícone, em São Paulo. As organizadoras são do Hospital Universitário (HU) e da Escola de Enfermagem da USP (EEUSP). O evento está marcado para as 19h30.

Mais informações: (0XX11) 3091-7775

A Edusp e a Livraria Cortez convidam para o lançamento do livro O Homem Insuficiente: comentários de antropologia pascaliana, de Luiz Felipe Pondé. O lançamento acontece hoje (22) às 18 horas, na Livraria Cortez que fica na Rua Bartira, 317.

Mais informações: (0XX11) 3873-7111 ou e-mail: divulga@edu.usp.br

- Atividade peróxidásica em macrófagos ativados "in vitro" com concanavina A. Maria Rita Rodrigues. Dia 29, às 14 horas.

- Estudo e aplicação de litografia por feixe de eletrons na fabricação de estruturas de relevo contínuo para utilização em microóptica integrada. Hamilton Fernandes de Moraes Junior. Dia 26, às 14h30.

- Análise e predição e desempenho de programas paralelos em redes de estações de trabalho. Li Juan Chin. Dia 25, às 13 horas.

- Redução no vício da distribuição de deviance para danos de contagem. Denise Nunes Viola. Dia 26, às 8 horas.

- Utilização de diferentes fontes proteicas em dietas formuladas pelo conceito de proteína ideal para o "black bass" (Micropterus salmoides). Leandro Portz. Dia 26, às 8 horas.

- Repesando a formação psicanalítica: um novo lugar para um velho problema. Lucinéa Scaboro. Dia 26, às 14h30

- Efeito da interação entre alfa-tocoferol e palmitato de ascorbila sobre a carne bovina embalada em atmosfera modificada. Cyleni Regattieri Abreu de Souza. Dia 26, às 13 horas.

 

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