|
São Paulo, 5 de abril
de 2000 n.530/00.
|
|
USP propõe nova política
de recursos humanos
A Universidade de São Paulo apresentou uma nova
política de remuneração e benefícios que implica
não apenas no reajuste de salário, mas em um conjunto de
medidas articuladas para a valorização de professores e funcionários.
|
|
Uso de vitaminas em pacientes de hemodiálise
diminui o risco de doenças cardíacas
Saúde Pública promove oficina sobre o
bebê competente
Edusp lança novo livro sobre Região e
geografia
Destaques
Nova política da USP quer premiar produtividade
e jovens doutores
A Universidade de São
Paulo acaba de apresentar sua nova proposta de Política de Remuneração
e Benefícios que não pretende apenas recompor em 7% o
salário de servidores ativos e inativos e elevar o piso salarial
de R$ 370,03 para R$ 407, 96, acrescido do mesmo índice de recomposição.
O objetivo da USP é premiar a produtividade institucional dos que
tiverem bom desempenho, incluindo docentes, não-docentes e aposentados
ativos (caso de alguns professores), e implantar o Programa de Incentivo
aos Jovens Doutores, um auxílio pago por dois anos para professores
em RDIDP (regime de dedicação integral à docência
e pesquisa) com menos de 35 anos e menos de cinco anos de doutorado. Prevê
também a criação de um fundo para recompensar professores
em dedicação integral que se destacarem em sua área
de atuação.
A nova política da
reitoria, proposta para vigorar a partir de abril, inclui um programa de
vale-alimentação para os mil servidores com a mais baixa
renda familiar e o aprimoramento da carreira não docente, através
da possibilidade de movimentação (promoção
vertical) entre os vários níveis dos grupos básico,
técnico e superior, para funcionários com escolaridade acima
da exigida e com bom histórico de desempenho.
"É o modelo de desenvolvimento
pessoal que está em questão", sintetiza Hélio Nogueira
da Cruz, coordenador de Administração Geral da USP (Codage).
"Os professores migram entre universidades, entre países, e essa
é uma tendência que não apresenta sinais de queda.
Nosso desafio é encontrar um novo modelo de contrato de trabalho
que permita, a longo prazo, a construção de uma Universidade
e pesquisas de qualidade".
A proposta distribuída
recentemente a todos os diretores as unidades e institutos da USP, foi
debatida em uma mesa-redonda, programa que vai ao ar na Rádio USP
no próximo dia 10, por Silvio Salinas, diretor do Instituto de Física,
Antonio Massola, diretor da Escola Politécnica, Francis Aubert,
diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, além
de Nogueira da Cruz.
Preocupado com o 'recrutamento
de novos professores', Aubert considera im-portante o plano de incentivo
aos professores mais jovens. "Não conseguimos atrair os melhores
do mercado, porque estariam presos dentro de um regime de tempo integral,
de dedicação exclusiva", argumenta. "Eu acho fundamental
a idéia de haver um programa de incentivo. Poderíamos até
mudar a denominação de jovens para recém-doutores,
porque o tempo de titulação varia entre as áreas:
35 anos pode ser muito cedo para umas, mas não o suficiente para
outras".
Salinas reconhece que "numa
ciência como a física é absolutamente necessário
ter pessoas mais jovens", mas gostaria de ver o projeto ampliado. "Há
professores com dez, quinze anos de USP bem sucedidos. Por que valorizar
apenas o jovem doutor?". Massola também considera importante a valorização
do profissional. "A USP é formadora de recursos humanos. Temos docentes
que carregam o nome da Universidade para onde vão", afirma. "Não
nos interessa o professor 'taxista', e sim aquele que dá aula, estimula
a pesquisa e extensão. Precisamos mantê-lo aqui".
Outro tema que preocupou
os debatedores foi a premiação por produtividade. Aubert
lembrou os professores aposenta-dos que continuam colaborando e dando aulas
de pós-graduação, por exemplo. Mas Nogueira da Cruz
confirmou que "o programa institucional reconhece que os servidores aposentados
que continuam colaborando devem receber essa premiação".
Os professores questionaram
o que pode ser considerado desempenho meritório e o que significa
produtividade dentro das especialidades de cada área (humanas, biológicas
e exatas). Para Salinas, "há uma diferença substancial entre
a produtividade numa empresa privada e uma universidade pública.
A empresa precisa de lucros, o que não é o nosso caso". Aubert
acredita que "é difícil medir produtividade em qualquer área,
especialmente na área básica. É um exagero muito grande
exigir dos pesquisadores dados quantitativos", diz, reconhecendo o desafio:
"o que é produtividade, dentro de um departamento de processo civil,
ciência política ou letras clássicas? É difícil
chegar num consenso".
Todos concordaram que os
pontos da política destacados ainda precisam de muita discussão
para serem implementados. "Tratar essa questão é muito menos
uma questão de recursos financeiros do que um avanço conceitual.
Estamos reconhecendo o fruto do trabalho de toda a comunidade universitária",
conclui Cruz.
Mais informações:
(0XX11) 818-3389 com o Prof. Hélio Nogueira da Cruz.
Suplemento vitamínico em pacientes em hemodiálise
Pesquisadores da Faculdade de
Medicina da USP de Ribeirão Preto realizaram testes com pacientes
em hemodiálise através da administração de
dosagem de ácido fólico, para controlar os níveis
da homocisteína. Segundo Paula Garcia Chiarello, responsável
pela pesquisa, os doentes renais tendem a apresentar altas concentrações
sangüíneas de homocisteína. Esta substância, em
quantidade excessiva no organismo, aumenta o risco cardíaco, que
é a causa principal de morte entre pacientes em tratamento com hemodiálise.
A hiperhomocisteinemia -
concentração excessiva de homocisteína no sangue -
é detectada, geralmente, em pessoas com deficiência genética
específica ou em portadores de doenças como a insuficiência
renal, câncer e alguns casos de transplantes.
A equipe de pesquisadores da Faculdade de Medicina trabalhou durante
três meses no controle dos níveis da homocisteína em
um grupo de trinta e dois pacientes em hemodiálise. Após
cada sessão foi administrada uma dose de 2,5 mg de ácido
fólico. Os testes e análises laboratoriais de amostras de
sangue, realizados antes e após o tratamento mostraram que a suplementação
vitamínica conseguiu diminuir em 50% as taxas de homocisteína.
Mais informações:
( (0XX16) 602-3248, 623-1745; e-mail:
chiarellopg@yahoo.com
Cursos, Seminários
e Palestras
Desenvolvimento humano
O Centro de Estudos do Crescimento
e Desenvolvimento Humano (CDH) da Faculdade de Saúde Pública
(FSP) da USP promove, nos dias 6, 7 e 8, a Oficina Um bebê competente:
para que?. O objetivo é oferecer informações sobre
estudos realizados em relação ao bebê humano, e criar
um espaço de reflexões sobre a forma e os lugares em que
esses estudos estão sendo utilizados. As palestras acontecem dia
6,das 19 às 22 horas, dia 7, das 19h30 às 21h30, e dia 8,
das 9 horas às 12h30.
Mais informações:
( (0XX11) 3061-3572
Psicanálise lacaniana
Começa hoje e vai
até o dia 14 de junho, no USP-Oficina, o curso O que é
psicanálise de orientação lacaniana - na clínica,
na saúde e na cultura, promovido pelo Instituto de Pesquisas
em Psicanálise de São Paulo e pela Escola Brasileira de Psicanálise
- São Paulo. Ministrado todas as quartas-feiras, às 20h45,
por Jorge Forbes e Márcio Peter de Souza Leite, pretende introduzir
o aluno à psicanálise lacaniana e analisar as conseqüências
da mesma na clínica psicanalítica, no campo da saúde
e na cultura.
O USP-Oficina fica na Av.
Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 314, Cidade Universitária.
Mais informações:
( (0XX11) 864-6290 e 3872-2460.
Políticas públicas
O Laboratório de
Psicologia Sócio-Ambiental e Intervenção (LAPSI),
do Instituto de Psicologia da USP, promove hoje, das 9 horas às
12h30, o seminário Políticas públicas e participação
na contemporaneidade, com Suzana Pasternek. O evento integra o ciclo
Ambientalismo e participação na contemporaneidade, que
faz parte do II Ciclo de Seminários do LAPSI, e acontece no Auditório
Paula Souza da Faculdade de Saúde Pública, Av. Dr. Arnaldo,
715.
Mais informações:
( (0XX11) 818-4459 ou 818-5024
Livros, Revistas e Publicações
Lançamento da Edusp
A Editora da Universidade
de São Paulo (Edusp) realiza no dia 12 o lançamento do livro
Região e geografia, de Sandra Lencioni, professora do Departamento
de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
da USP, das 18h30 às 21h30, na Livraria da Vila, Rua Fradique Coutinho,
915.
Mais informações: ((0XX11)
814-5811.
Teses e Dissertações
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Doutorado
Estudo da variação
de princípios ativos de Leonorus sibricus L. e suas ações
farmacológicas. Nilsa Sumie Yamashita Wadt. Dia 11/4, 14h.
Mestrado
Cultivo de Encephalitozoon
cuniculi e detecção de anticorpos para microsporídio
pela técnica de imunofluorescência indireta. Antonio Carlos
Pedroso de Moraes Júnior. Dia 11/4, 14h.
Mais informações:
( (0XX11) 818-3621.
|
Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374,
conj. 244, São Paulo - SP.
Tel. 818-4411/818-4691 - Fax: 818-4476/ 818-4426/818-4689
- E-mail: agenusp@edu.usp.br
Home Page: http://www.usp.br/agen/agweb.html
Jornalista Responsável: Marcia Furtado Avanza
(Mtb 11.552) mfrsouza@usp.br
Repórteres: Antonio Carlos Quinto acquinto@usp.br
, Ivanir Ferreira ivanir@usp.br
Estagiários: Bruna Fontes, Caco Cardoso,
Ciro Bonilha e Júlio Bernardes. |