São Paulo, 11 de julho de 2000 n.557/00.
Projeto traz inovações em micro-óptica
Trabalho da EESC e da Poli traz inovações no cálculo de micro-elementos ópticos. O trabalho, premiado no Canadá, atraiu interesse de empresas do exterior que poderão utilizar a técnica na confecção de micro-elementos ópticos difrativos (EODs).  

 

Ipef promove seminário sobre ferrugem no eucalipto
 
 

EEFE abre inscrições para o curso Educação Física para Adultos
 
 

Geólogo francês profere palestras no Geociências
 


Destaques

Pesquisadores da USP desenvolvem nova tecnologia em micro-óptica

        Pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia da USP de São Carlos (EESC) e da Escola Politécnica acabam de desenvolver uma nova tecnologia que apresenta propostas inovadoras no cálculo de micro-elementos ópticos difrativos (EODs) — que operam segundo o princípio da difração — e na obtenção de imagens holográficas (obtidas com raio laser) mais nítidas. Com a nova técnica, a equipe venceu, no último dia 20, o 2000 Diffractive Beaty Contest, na categoria Divisão Artística, competição internacional realizada em Quebec, Canadá, onde empresas e universidades de todo o mundo apresentam as últimas novidades no setor. O evento, que aconteceu entre os dias 18 e 22 de junho, é organizado pela Optical Society of America (OSA). "O objetivo é promover o desenvolvimento tecnológico da óptica difrativa, desafiando a comunidade óptica a apresentar projetos técnicos e, ao mesmo tempo, artísticos", explica o professor Luiz Gonçalves Neto, da EESC, que representou a equipe no concurso.
        A nova técnica poderá ser utilizada pela indústria opto-eletrônica, nas conexões ópticas em computadores paralelos ou microcircuitos, acoplamentos entre fibras óticas e matrizes de fotodetectores, discos holográficos para armazenagem paralela de informações, micro-hologramas para verificação de autenticidade de notas e cartões de crédito, implementação de demultiplexadores ópticos e redes de Bragg em fibras ópticas para aplicações em telecomunicações. "Uma das aplicações imediatas é utilizar a tecnologia para o aumento da resolução de telescópios ópticos", diz Gonçalves. Ele cita ainda como exemplo, as plataformas usadas para regulagens de alinhamento de automóveis. "Na realização deste trabalho, os operadores guiam-se por meio de pequenos pontos de luz laser projetados em placas, o que não deixa de ser um trabalho cansativo. Nosso trabalho permite que, ao invés de um pequeno ponto, o operador possa visualizar outros tipos de sinais, como uma pequena cruz, uma circunferência ou qualquer outra imagem com maior nitidez", explica.
        A óptica difrativa ou binária — nome dado devido às semelhanças entre os processos de fabricação de elementos ópticos integrados e de circuitos eletrônicos digitais integrados — é uma nova tecnologia que elimina quase todas as etapas dos métodos tradicionais (abrasão, polimento e etc.) para a fabricação de elementos ópticos. "Com as técnicas convencionais, os elementos ópticos obtidos são lentes refrativas — lentes comuns — que resultam da usinagem e do polimento de superfícies esféricas ou cônicas contínuas sobre um material óptico", explica. Na óptica difrativa os elementos são obtidos por intermédio de micro relevos gravados na superfície de um material óptico transparente ou reflexivo. Os EODs operam de acordo com o princípio da difração, onde cada ponto da luz que atravessa ou reflete no elemento age como uma nova fonte de onda esférica, cuja interferência, construtiva ou destrutiva, nos dá uma nova frente de luz. "A forma desta frente de luz pode ser alterada de maneira a exibir um comportamento arbitrário escolhido".
        Microlentes, Redes de Damman, Redes de Difração, Hologramas de Fourier e Fresnel são EODs que podem ser obtidos com esta tecnologia. Estes elementos são fabricados utilizando-se as técnicas inicialmente desenvolvidas para a fabricação de circuitos integrados: litografia óptica, corrosão por plasma e litografia por feixe de elétrons, que permitem a realização de geometrias arbitrárias diretamente na superfície do material óptico, em dimensões extremamente reduzida".
        Os EODs estão sendo fabricados em colaboração com o Laboratório de Sistemas Integráveis da Poli, onde o Gonçalves coordena um projeto para fabricação de micro-elementos ópticos. De acordo com o professor, já existem empresas do exterior interessadas em utilizar a técnica para a fabricação do EOD que venceu o concurso. "Temos fabricado vários elementos a um custo relativamente baixo. Na indústria, o custo para fabricação e o projeto de um único elemento pode chegar a mais de US$ 30 mil e um laboratório de pesquisa para a fabricação e testes pode custar até US$ 1 milhão", estima. Trabalham no projeto os alunos de doutorado Patrícia Cardona e Giuseppe Cirino, os professores Ronaldo Domingues Manzzano e Patrick Verdonck, do LSI da Poli, e os engenheiros Aristides Pavani Filho e Curt Egon Hennies, ambos do CTI de Campinas. As pesquisas vem sendo realizadas com recursos do projeto Jovem Pesquisador, financiado pela Fapesp, e com apoio de uma bolsa de produtividade em pesquisa concedida pelo CNPq.
        Mais informações: ( (0XX16) 273-9350, com o professor Luiz Gonçalves Neto; E-mail: lgneto@sel.eesc.sc.usp.br


Cursos, Seminários e Palestras

Ferrugem de eucalipto
        O Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef), ligado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP de Piracicaba, promove nos dias 13 e 14, na Unesp de Botucatu, o 1º Seminário de Ferrugem do Eucalipto, doença causada por um fungo que provoca epidemias severas nas regiões do Vale do Paraíba e sul do Estado de São Paulo.
        O seminário aborda avaliação de danos, controle da ferrugem e utilização de biologia molecular no melhoramento do eucalipto e resistência à doença (eucalipto transgênico); haverá também uma visita de campo à Fazenda Rincão, da Duratex S.A.
        Mais informações : ( (0XX19) 430-8602 ou pelo e-mail eventos@carpa.ciagri.usp.br

Educação Física para adultos
        A Escola de Educação Física (EEFE) da USP abre inscrições para o curso Educação Física para Adultos, para a comunidade em geral, com idade entre 20 e 59 anos. Os alunos adquirem noções de consciência corporal e relaxamento e praticam uma atividade física regular e orientada — caminhadas, corrida, jogos e exercícios de força, flexibilidade e alongamento.
        Os interessados devem fazer teste ergométrico e marcar exame médico. A inscrição vai até o preenchimento das vagas, que são limitadas.
        Mais informações : ( (0XX11) 3818-3182.

Palestras de geologia
        O Instituto de Geociências (IG) da USP promove, de 18 a 21 de julho, o Ciclo de Palestras Gratuito, com o geólogo francês Roland Trompette. As palestras são destinadas a estudantes das áreas de geologia, geofísica, biologia, oceanografia, geografia e ciências ambientais. Há 40 vagas. O IG fica na Rua do Lago, 562, Cidade Universitária.
        Mais informações : ( (0XX11) 3818-3973.


Quadro de Avisos

Estágio
        O Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP oferece duas vagas para estagiários nas áreas de Saúde Pública e Direito à Saúde, que estejam cursando do 2º ao 4º ano de Direito, Farmácia, Sociologia, Biologia, Biomedicina, Medicina ou Jornalismo. O candidato deve ter conhecimento em informática e domínio de uma segunda língua e estar disponível no horário das 13 às 18 horas. Os currículos devem ser enviados até dia 14 para o Cepedisa, na Av. Dr. Arnaldo, 715, subsolo - sala 38 - metrô Clínicas - CEP 01246-904.
        Mais informações : ( (0XX11) 3066-7774.
 
Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374, conj. 244, São Paulo - SP. 
Tel. 818-4411/818-4691 - Fax: 818-4476/ 818-4426/818-4689 - E-mail: agenusp@edu.usp.br
Home Page: http://www.usp.br/agen/agweb.html
Jornalista Responsável: Marcia Furtado Avanza (Mtb 11.552) mfrsouza@usp.br
Repórteres: Antonio Carlos Quinto acquinto@usp.br , Ivanir Ferreira ivanir@usp.br
Estagiários: Bruna Fontes e Júlio Bernardes.