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São Paulo, 9 de agosto
de 2000 n.578/00.
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Muito mais que deficientes
Dados do projeto “Educação Inclusiva” mostram
que crianças com deficiência mental ou física conseguem
melhores resultados quando estudam em classes comuns do ensino regular.
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Novo Estúdio Multimeios possibilitará
o desenvolvimento de trabalhos por alunos e professores da USP
FSP promove curso sobre Aids com um dos pioneiros na
descoberta do HIV
Destaques
Educação Inclusiva: um novo olhar sobre
os deficientes
Incluir as crianças deficientes
no ensino regular. Este é o objetivo da Educação
Inclusiva (Inclusão), que propõe romper preconceitos
e estereótipos envolvendo a exclusão escolar de crianças
com algum tipo de deficiência. Sugerida pela UNESCO em 1968, a Inclusão
só tomou forma em 1986, a partir dos EUA, quando crianças
com deficiências leves e moderadas foram inseridas nas classes regulares
comuns. Pais, professores, especialistas e instituições trabalharam
muito contra todos os tipos de preconceito para que, atualmente, a Educação
Inclusiva pudesse atingir mais de 5,8 milhões de deficientes
americanos, inseridos em todos os níveis de ensino.
No Brasil, graças
às intervenções do MEC, já existem escolas
que realizam o mesmo trabalho, apesar dos preconceitos. "As pessoas partem
do pressuposto de que essas crianças devem ser colocadas em classes
ou escolas especiais e que não podem ficar juntas com as outras",
explica Leny Magalhães Mrech, psicóloga e professora da Faculdade
de Educação da USP. Ela diz que os estereótipos relacionados
aos deficientes são muito fortes, fato que contribuiu para que eles
fossem excluídos da sociedade ao longo dos séculos. Como
coordenadora geral do Projeto de Educação Inclusiva e
Psicanálise da Escola de Ensino Fundamental General Osório,
da Secretaria Municipal de Educação, ela afirma que as crianças
com deficiências mentais, físicas, visuais, auditivas, com
distúrbios emocionais ou de aprendizagem conseguem inúmeros
progressos em classes de ensino regular. Isso se torna possível
pois elas têm a possibilidade de conviver em um contexto mais amplo,
assimilando novas experiências. Segundo a professora, "vídeos
comparativos entre o desenvolvimento de deficientes em escolas especiais
e os que estão em escolas de ensino regular demonstram o alto grau
de progresso desses últimos. A linguagem é acelerada e eles
aprendem novos conceitos brincando com as outras crianças".
E para quem considera o
QI (coeficiente de inteligência) uma barreira para a integração
dessas crianças e adolescentes na sociedade, Leny faz um alerta:
"Nosso objetivo é tentar romper com todos os processos de estigmatização,
fazendo com que as crianças não sejam mais avaliadas apenas
através dos testes de QI, mas pelo próprio potencial que
elas apresentam. Isto porque esses testes medem o que ela não tem,
em vez de lidar com aquilo que ela poderia utilizar no contexto escolar".
Ela também adverte
para outra questão: o uso excessivo de medicamentos. "Só
nos Estados Unidos, em cinco anos, houve um aumento de 350% do uso de diversos
tipos de drogas por crianças e adolescentes. Esses remédios
são aplicados indiscriminadamente por pediatras e neurologistas
infantis em crianças hiperativas, psicóticas ou com quadros
de deficiência múltipla mais severos". Elas acabam sendo dopadas
de uma forma tão intensa que, muitas vezes, passam a maior parte
do tempo dormindo em sala de aula. Leny acredita que a sociedade contemporânea
abusa de substâncias químicas, pois "os medicamentos são
utilizados como uma possível solução para os problemas
do paciente". E alerta: "O que as indústrias farmacêuticas
não revelam são os efeitos secundários que essas drogas
causam, principalmente em crianças e adolescentes".
Mais informações:
( (0XX11) 3818-3099, ramal 302, 3819-2332,
9186-7972 ou e-mail: lenymrech@uol.com.br
Novo estúdio multimeios será aberto para
professores e alunos da USP
Agora os alunos, professores
e pesquisadores da USP que quiserem produzir trabalhos em vídeo,
áudio, animação ou multimídia podem contar
com o apoio do novo Estúdio Multimeios do Centro de Computação
Eletrônica (CCE) da Universidade de São Paulo. O estúdio
será inaugurado no dia 15 de agosto, às 16 horas, e já
está sendo utilizado por alunos da Escola de Comunicações
e Artes (ECA), do Instituto de Física (IF) e, até mesmo,
pela TV USP.
Os equipamentos disponíveis
permitem a edição de vídeos, gravações
em estúdio com fundo para Chroma-Key, gravações de
locuções, produção de maquetes eletrônicas
e animações em 2D ou 3D. O estúdio conta também
com uma biblioteca de efeitos sonoros e trilhas musicais.
Para usar o estúdio,
o aluno de graduação ou pós-graduação
precisa descrever o projeto pretendido e tê-lo assinado por um professor
responsável. "Aqueles que nos procurarem devem ter um conhecimento
básico dos equipamentos, mas terão também o apoio
de nossos estagiários", esclarece Rosa Maria Gega Perez, analista
de sistemas e encarregada do novo Estúdio.
Além disso, há
uma ferramenta para a elaboração de conteúdo para
ser difundido pela Internet. Assim, professores podem colocar na rede experiências,
simulações que complementam aulas, bem como ministrar cursos
à distância.
O CCE fica na Av. Professor
Luciano Gualberto, travessa 3, nº 71, Cidade Universitária,
São Paulo, SP.
Mais informações:
( (0XX11) 3818-6433/3815-4272 ou e-mail cce@edu.usp.br.
Cursos, Seminários
e Palestras
AIDS
A Faculdade de Saúde
Pública (FSP) da USP realizará, no dia 17 de agosto, o evento
E a vida continua, com a participação de um dos cientistas
pioneiros na descoberta do vírus HIV, causador da Aids, Donald P.
Francis. Haverá a apresentação do filme "E a vida
continua...", seguido de um debate, além da discussão sobre
protocolos de vacinas. O evento terá lugar no Auditório Paula
Souza, na FSP, que fica na Av. Dr. Arnaldo, 715, São Paulo.
Mais informações:
( (0XX11) 3066-7747.
Gestão do conhecimento
O Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT) promove amanhã (10), as 8 horas, o seminário
Capital Intelectual e Gestão do Conhecimento e da Informação,
organizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior. Durante o evento haverá debates sobre
capital intelectual, tecnologia e perspectivas internacionais na gestão
do conhecimento, com a participação do professor Guilherme
Plonski, coordenador da Coordenadoria Executiva de Cooperação
Universitária e Atividades Especiais (Cecae) da USP. O seminário
acontece no Auditório Adriano Marchini, no prédio 1 do IPT,
na Av. Prof. Almeida Prado, 532, Cidade Universitária.
Mais informações:
( (0XX61) 244-2366/244-9261 ou pelo e-mail
mgbrasil@tba.com.br
Teses e Dissertações
Escola de Comunicações e Artes
Mestrado
O fio do novelo: um estudo
sobre a preparação do ator. Raquel Araújo de Baptista
Fuser. Dia 9/8.
Mais informações:
( (0XX11) 3818-4019.
Escola Politécnica
Mestrado
A influência da
estrutura e da organização do trabalho na qualidade do atendimento:
um estudo de caso em serviços. Mílton Jungman. Dia 18/8,
15h.
Mais informações:
( (0XX11) 3818-5443.
Faculdade de Saúde Pública
Doutorado
Dinâmica Espacial
da Febre aftosa em bovinos: um modelo matemático. Fernando Ferreira.
Dia 11/8, 14h.
Mais informações:
( (0XX11) 3066-7739
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Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374,
conj. 244, São Paulo - SP.
Tel.(0xx11) 3818-4411/3818-4691 - Fax: (0xx11) 3818-4476/3818-4426/3818-4689
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