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perto do paciente A "psicanálise no hospital" é um método inovador que traz inúmeros benefícios aos pacientes. No Hospital das Clínicas, pessoas que aguardam ou que já se submeteram a um transplante de fígado podem contar com equipe de psicanalistas. |
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Editora Humanitas lança o livro Mortos e
Desaparecidos Políticos: reparação ou impunidade?
Curso de cerâmica e Arqueologia
Ciclo "Cinema e Psicanálise" no Cinusp
O que faz um psicanalista
dentro de um hospital? "Aquilo que todo analista faz diante de quem sofre",
responde a psicanalista Maria Lívia Tourinho Moretto, psicóloga
responsável pelo Serviço de Psicologia da Unidade de Fígado
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Há
dez anos, Maria Lívia coordena um trabalho de psicanálise
com candidatos ao transplante de fígado e com pacientes já
transplantados.
Todo o trabalho segue o
método psicanalítico e é iniciado desde o momento
da entrada do paciente na lista de espera, se estendendo até o pós-operatório,
conforme a necessidade e a procura. "Um transplante mexe profundamente
com o psiquismo de uma pessoa", diz Lívia. "É uma situação
vivenciada com ambigüidade pela maioria dos pacientes, ora encarado
como salvação/vida, ora como grande risco/morte".
A psicanalista afirma que a angústia do paciente depende menos do
seu nível social, cultural ou intelectual e mais do modo como cada
um está estruturado psiquicamente. "Admitir que um órgão
seu entrou em falência não é tarefa das mais fáceis.
E receber um novo fígado, também não".
Para trabalhar com análise
no Hospital, Maria Lívia precisou romper alguns preconceitos, especialmente
entre os profissionais da área. Para tanto, empreendeu uma pesquisa
a respeito dos limites, alcances e possibilidades da psicanálise.
Propôs que se pensasse a partir dos conceitos (e não pré-conceitos)
psicanalíticos, lembrando que, ao longo do tempo, as condições
da análise foram tomadas pelos psicanalistas como regras que garantiriam
o processo analítico. "Freud deixou a associação
livre como única regra fundamental da psicanálise", afirma
Lívia. "Cumprida essa regra, o que sustenta a direção
de um tratamento é a ética e o desejo do psicanalista".
A pesquisa lhe permitiu
concluir que o método psicanalítico não depende do
local físico de trabalho do analista, pois ele opera a partir de
um lugar psíquico, fazendo com que a eficácia do método
não dependa de quatro paredes. "Freud e Lacan nunca se prenderam
às contingências para desenvolverem suas pesquisas", diz Lívia.
"A psicanálise nasceu nos hospitais, onde, inclusive, deveria começar
a formação dos analistas". Ela também esclarece que
o trabalho do psicanalista no hospital tem alcances e limites que não
são diferentes daqueles encontrados nos consultórios. Ela
afirma que o HC é o berço dos avanços científicos
e tecnológicos da Medicina e, ao mesmo tempo, é um lugar
marcado pelas mais explícitas expressões do sofrimento humano.
"Por que não trabalhar com psicanálise justamente aonde aquele
que sofre necessita falar de sua dor com um profissional?", questiona.
Para Lívia, os profissionais
da Unidade de Fígado do HC têm uma grande oportunidade de
discutir aspectos importantes, como nos casos de Transplante Inter-Vivos,
coordenado pelos professores doutores Sérgio Mies e Silvano Raia.
"Receber um órgão de um doador cadáver já era
material de trabalho psíquico. A relação entre receptor
e doador vivos (geralmente um parente próximo), nos fez pesquisar
pontos que não surgiam antes, como a questão da dívida
subjetiva — não daquele que recebe, mas de quem se dispõe
a doar. São questões que merecem nossa atenção,
inclusive do ponto de vista da Ética", conclui.
Mais informações:
(
(0XX11) 3086-0194 / 9129-1929 ou e-mail:
mlíviatm@uol.com.br
Mortos e desaparecidos políticos
No próximo dia 4 de
setembro, às 18 horas, no Salão Nobre da Câmara Municipal
de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100), acontece o lançamento
do livro Mortos e Desaparecidos Políticos: reparação
ou impunidade (Ed. Humanitas - FFLCH), organizado por Janaína
Teles. Às 18h30, acontece a exibição do filme Vala
Comum, de João Godoy. E às 19 horas, o ato público
10
Anos de Abertura da Vala de Perus. O livro aborda as contradições
do processo de implementação da Lei dos Desaparecidos e seus
desdobramentos, reunindo artigos que contribuem para a reflexão
sobre os mistérios de nossa história recente. Aspectos jurídicos
sobre o tema são tratados no capítulo "A luta pela reparação".
A obra discute o tratamento
ficcional e documental dado pelos meios de comunicação às
lutas do período em "Os anos 60 e 70 na mídia". No capítulo
"A busca pelos desaparecidos na Argentina" é relatado o trabalho
pericial especializado, fundamental para evitar a perda de provas vitais
às investigações dos corpos de militantes mortos,
no país e no exterior. Em "21 anos de anistia e impunidade", textos
de familiares, advogados, intelectuais e militantes.
Desaparecidos Políticos:
reparação ou impunidade, traz artigos de André
Herzog, Caco Barcellos, Dalmo Dallari, Daniel Aarão Reis Filho,
Edson Luís de Almeida Teles, Eugênio Bucci, Fábio Konder
Comparato, Frei Betto, Gilberto Molina, Hélio Bicudo, Ismail Xavier,
James Cavallaro, João Roberto Martins Filho, José Carlos
Dias, Kenneth P. Serbin, Luís Fondebrider, Luís Francisco
da Silva Carvalho Filho, Luiz Felipe de Alencastro, Marcelo Rubens Paiva,
Maria Aparecida de Aquino, Maria Lygia Quartim de Moraes, Maria Rita Kehl,
Mário Simas, Marta Nehring, Miguel Reale Jr. Suzana Keniger Lisbôa,
Osvaldo Coggiola.
Mais informações: (
(0XX11) 3818-4593 ou 3818-4589, na Editora Humanitas da FFLCH/USP; E-mail:
pubfflch@usp.br
Curso de informática
O Centro de Computação
Eletrônica (CCE) da USP oferece em setembro dois cursos de treinamento
para a comunidade USP:
Staroffice 5.2 (Processador
de Texto), nos dias 5 e 6;
Staroffice 5.2 (Planilha
Eletrônica), nos dias 19 e 22.
Os cursos são gratuitos
e acontecem na Sala de Cursos do CCE, na Av. Prof. Luciano Gualberto, travessa
3, nº 71, na Cidade Universitária.
Mais informações:
(
(0XX11) 3818-6433
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Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374,
conj. 244, São Paulo - SP.
Tel.(0xx11) 3818-4411/3818-4691 - Fax: (0xx11) 3818-4476/3818-4426/3818-4689 Home Page: http://www.usp.br/agen/agweb.htmlE-mail: agenusp@edu.usp.br Jornalista Responsável: Marcia Furtado Avanza (Mtb 11.552) mfrsouza@usp.br Repórteres: Antonio Carlos Quinto acquinto@usp.br , Ivanir Ferreira ivanir@usp.br e Valéria Dias valdias@usp.br Estagiários: Bruna Fontes, Giovana Tiziani, Júlio Bernardes e Renata Bessi |