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mercado de trabalho Pesquisa do Instituto de Psicologia constata que recém-formados não se preparam adequadamente para o mercado de trabalho. Falta de atualização e visão “especialista” da carreira são alguns dos problemas detectados. |
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no Instituto de Geociências
Todo jovem formando sabe
do que precisa para se dar bem no mercado de trabalho, mas a maioria não
se mobiliza para atender às novas exigências. "Apesar de ouvir
falar tanto sobre o que é necessário para ser um bom profissional,
sua percepção não corresponde à ação",
diz a psicóloga e pedagoga Joyce Ajuz Coelho, que trabalhou no setor
de recursos humanos de empresas como a Embratel e a IBM. Ela também
constata que muitos continuam apegados à idéia de uma carreira
como especialista e dirigem seus interesses para um único enfoque,
num mercado em que novas organizações exigem profissionais
cada vez mais generalistas e aptos a exercerem várias funções.
"Alunos obtêm o diploma mas não estão qualificados
para enfrentar as exigências do mercado de trabalho", resume.
Em sua dissertação
de mestrado Organizações e carreiras sem fronteiras -
a percepção de formandos sobre a tendência nas exigências
profissionais, apresentada no Instituto de Psicologia (IP) da USP,
Joyce entrevistou 249 alunos com média de 23 anos, de universidades
públicas e privadas de São Paulo, cursando o último
ano de Administração, Ciências Contábeis, Direito,
Engenharia, Psicologia, Comunicação Social e Processamento
de Dados. "São carreiras que têm exigido a maior transformação
de seus profissionais", justifica. Depois, confrontou os dados das experiências
dos formandos (como outros cursos e atividades) com perguntas sobre a importância
que davam a alguns aspectos de suas carreiras, como a atualização
e o enfoque generalista.
A pesquisa de Joyce constata,
por exemplo, que mais de 90% dos formandos considera importante dominar
um segundo idioma, mas apenas 60% fala outra língua, e que apenas
35% estava estagiando (numa média de um estágio por aluno
ao longo de todo o período da faculdade). A atualização
desses formandos também é defasada: 43% lê jornais
e revistas, às vezes ou raramente e 70% lê livros com essa
mesma freqüência — sendo que 1,2% admite nunca ler livros. "Como
é que se adquire atualização e conhecimento técnico
sem leitura?", questiona. "O livro só é parte do cotidiano
de 28% da amostra". Outros dados mostram que 67% vai a museus e exposições
raramente ou nunca.
Joyce chama a atenção
para o fato de estes formandos ainda terem uma visão especialista
da carreira — 82% consideram a especialização muito importante,
e 78% acham muito importante dirigir seus interesses para um único
enfoque. "Hoje as organizações não são mais
departamentalizadas, onde cada um só faz sua especialidade", comenta.
"Não há mais carreira linear, em que o profissional sobe
degraus na mesma função. Com o achatamento das hierarquias
e a diminuição do número de funcionários, a
carreira assume movimentação lateral, o que não implica
em promoção vertical, e sim em aquisição de
experiências e conhecimentos". Por outro lado, questiona: "como vão
exercer múltiplos papéis se estão presos a um único
enfoque e se não vão atrás de atividades complementares?".
Sua pesquisa indica que mesmo aqueles que tiveram experiências no
exterior foram, na maioria, apenas como turistas, e que suas atividades
extra-curriculares estão quase sempre relacionadas à atividade
esportiva e dança.
Para Joyce, falta a esses
jovens uma "atitude pró-ativa", ou seja, mobilização
para se adequar aos novos tempos. "Há jovens que são professores
de catequese, orientadores de atividades numa comunidade carente, experiências
que são valorizadas no mercado de trabalho, como indicadores de
pessoas pró-ativas".
A responsabilidade pela
falta dessa pró-atividade, segundo a psicóloga, é
dos pais e das instituições de ensino. "A superproteção
dos pais faz com que o jovem não sinta necessidade ou estímulo
para buscar sua independência, já que tem suporte financeiro",
afirma. "E as instituições de ensino estão muito voltadas
para a formação específica. Em nada se assemelham
às novas organizações. Não preparam os jovens
para a carreira autogerenciada, já que permanecem com as cobranças
externas e acreditam em desenvolver a responsabilidade através da
punição. Não trabalham a cobrança interna do
indivíduo". Além disso, segundo Joyce, "não valorizam
os demais papéis que o jovem desempenha fora do colégio".
Ela complementa que o professor, preocupado apenas com sua disciplina,
não vê o jovem como um todo nem o instiga a ter uma atitude
pró-ativa. "O professor que só usa apostilas e não
exige leituras paralelas desestimula o hábito de leitura e pesquisa",
exemplifica.
A psicóloga afirma
que ainda cabe à universidade a formação desse indivíduo.
"Ela está falhando. Poucas universidades incluíram na sua
grade curricular disciplinas voltadas para a orientação do
profissional". Para ela, os profissionais que se assemelharem a Proteus
(deus grego que muda facilmente de aspecto e de forma) estarão preparados
para todas as mudanças. "O jovem precisa ter uma atitude pró-ativa
para saber as necessidades de mercado, identificar o que precisa desenvolver
e agir em relação a isso", conclui Joyce.
Mais informações:
(
(0XX11) 5084-1445, com Joyce Ajuz Coelho ou pelo e-mail joyce_ajuz@uol.com.br
Químico-biologia
Químico-Biologia
Quantitativa é a conferência desse mês promovida
pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. O evento, que
ocorre na sexta-feira às 10 horas, traz o biogeoquímico Otto
Gottlieb. O IEA fica na Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, na
Cidade Universitária.
Mais Informações:
(
(0XX11) 3818-3919 ou 3818-4442
Hidrocarbonetos na Bacia do São Francisco
O Instituto de Geociências
(IGc) promove a conferência Bacia do São Francisco - Geologia
e Geofísica de uma área prospectiva para hidrocarbonetos
no Brasil Central na sexta-feira, às 11 horas. O evento ocorre
no salão nobre do IGc, que fica na Rua do Lago, 562, na Cidade Universitária.
Mais informações:
(
(0XX11) 3818-3973
Mestrado
Uma contribuição
ao estudo da atuação da controladoria na avaliação
de resultados e desempenhos em instituições financeiras de
desenvolvimentos. Fabio Araujo Pinheiro. Dia 20/09, 14h.
Mais informações:
(
(0XX11) 3818-5811
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Doutorado
Indicadores da resiliência
do latossolo vermelho escuro cultivado com citros e eucalipto em Itapetininga-SP:
recuperação de um solo degradado pela compactação.
Luiz
Toledo Barros Rizzo. Dia 21/09, 14h.
Mestrado
Infernos da iniciação
- uma aproximação dos contos de Michel Tournier e de Otto
Lara Rezende. José Luiz Miranda. Dia 20/9, 14h30.
O apoio do verbal e do
gestual na elaboração de narrativas pela criança em
situações de interação com o adulto. Maristela
Flavi Piraíno Martins. Dia 21/09, 14h30.
Mais informações:
(
(0XX11) 3818-4626/4584
Escola Politécnica
Mestrado
A provisão habitacional
e a análise de seu produto.
Leandro de Oliveira Coelho. Dia
21/9, 9h.
Mais informações:
(
(0XX11) 3818-5443
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