São Paulo, 01 de novembro de 2000 n.634/00.
Seminário discute a violência contra a criança
Entre os dias 6 e 8 de novembro, na USP, professores e especialistas do Brasil e do exterior participam do Seminário Internacional Violência e Criança. O objetivo é avaliar e apontar caminhos para combater as diversas formas de violência contra crianças. 

 

Estudo analisa as mortes de crianças e jovens por acidentes e violência
 

Comércio eletrônico é tema de curso no Cecae
 

FEA realiza o XXI Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica
 


Destaques

Encontro na USP debate a violência contra a criança

        De 6 a 8 de novembro, na Universidade de São Paulo, acontece o Seminário Internacional Violência e Criança, promovido pela USP e pela Universidade de Tel Aviv, Israel. Durante o evento, pesquisadores brasileiros, israelesenses e da Universidade do Texas (EUA), além de especialistas de diversas instituições, estarão expondo suas idéias e pesquisas sobre o tema em uma série de palestras e mesas-redondas. O objetivo é avaliar e apontar caminhos para combater as diversas formas de violência a que são submetidas muitas crianças no Brasil e em outros países.
        De acordo com a professora Márcia Faria Westphal, do Departamento de Prática de Saúde Pública, da Faculdade de Saúde Pública da USP, que é uma das coordenadoras do Seminário, o encontro servirá principalmente para uma troca de experiências. "A violência contra a criança não é um problema exclusivamente nosso, do Brasil", diz. "Em Israel, além da violência doméstica contra a criança, constatada, existe o problema dos conflitos decorrentes da questão palestina. Não sei o que é pior: se é a guerra que envolve crianças no Oriente Médio, ou nossa guerra diária urbana, que também submete a criança a situações violentas", lamenta.
        A professora considera que a violência contra a criança no Brasil já pode ser considerada um problema de Saúde Pública, daí o interesse dela e de outros pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da USP em participarem de um encontro deste porte. "A morbidade de crianças vítimas de violência aumenta a cada dia", diz. "Além disso, participamos de um movimento de cultura pela paz e achamos interessante liderar este evento chamando também atenção para este tema", justifica. A participação da Universidade de Tel Aviv, Israel, na organização do encontro segundo Márcia, atende a compromissos firmados entre as duas instituições e à força da comunidade judaica na cidade de São Paulo. "Um intercâmbio entre a Faculdade de Saúde Pública e a Universidade do Texas possibilitou a participação de professores e pesquisadores norte-americanos no Seminário", conta.
        Há muito que a professora Márcia vem tratando a questão, principalmente do ponto de vista do trabalho infantil. Ano passado foi lançado um livro que reuniu pesquisas sobre o trabalho infantil na indústria calçadista de Franca, no interior de São Paulo. "Depois de cerca de um ano realizando pesquisas com escolares daquela região, com idade entre 7 e 12 anos, observamos que 20 % das crianças matriculadas nas escolas trabalham na indústria de calçados, nas chamadas bancas, instaladas em algumas residências, o que dificulta a fiscalização de autoridades", conta. Ela relata ainda que os pais destas crianças alegam ser importante o trabalho nas bancas, já que elas permanecem afastadas da rua. "Os professores locais também defendem este tipo de atividade por acharem que trata-se de importante auxílio ao orçamento doméstico", diz. "Porém, eles não imaginam o mal a que estas crianças estão expostas, pelo contato diário com a cola".
        Mas o evento, segundo a professora Márcia, não servirá apenas para que sejam apresentadas ou denunciadas situações que enfatizem o aspecto negativo do tema. "Entre os vários objetivos do encontro está o de mostrar que existem iniciativas positivas. Pretendemos chamar a atenção das autoridades para o problema", revela. Durante os debates que acontecerão no Seminário, todas as atividades serão devidamente documentadas. "No final, teremos material suficiente para sugerirmos uma edição especial da Revista da USP ou para a edição de um livro", garante, lembrando que, "este evento é apenas o começo para que muitos outros possam surgir".
        A abertura do Seminário Internacional Violência e Criança acontece no dia 6 de novembro, às 9 horas, com o reitor da USP, professor Jacques Marcovitch. Em seguida, às 9h30, a primeira-dama e professora da USP Ruth Cardoso, que preside o Conselho da Comunidade Solidária, realiza a conferência "Violência, Educação, Trabalho Infantil e a Criança". No mesmo dia, às 11 horas, a palestra "Growing up in violent environments: vulnerability and resilience" (Crescendo em ambientes violentos: vulnerabilidade e resiliência), com a professora Zahva Solomon, da Universidade de Tel Aviv, Israel. A apresentação será de Mario Arthur Adler, presidente da Sociedade Amigos em São Paulo-Tel Aviv University.
        Participarão ainda do encontro, no dia 6, as professoras Maria Cecilia de Souza Minayo e Simone Gonçalves de Assis, da Escola Nacional de Saúde Pública do Rio de Janeiro, Maria Helena Prado de Mello Jorge e João Yunes, professores da Faculdade de Saúde Pública da USP, Maria Amélia Azevedo, professora do Instituto de Psicologia da USP e o professor Hélio de Oliveira, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas.
        No dia 7, participam o professor Dan Shnit, da Universidade de Tel Aviv, Robert Roberts, professor da Universida    de do Texas (EUA), Mario Arthur Adler, da Sociedade Amigos em São Paulo-Tel Aviv University, Antonio Carlos Malheiros, juiz e professor da Faculdade de Direito da PUC de São Paulo, Sérgio Adorno e Maria Luiza Marcilio, professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, Jair Licio Ferreira Santos, Márcia Faria Westphal, Rubens de Camargo Ferreira Adorno e Frida Marina Fischer, da Faculdade de Saúde Pública, Maria Celeste Cordeiro Leite dos Santos, da Faculdade de Direito e Marilia Pontes Sposito, da Faculdade de Educação da USP.
        No dia 8 de novembro, às 9 horas, o professor Rubens de Camargo Ferreira Adorno, coordenará o encontro "Vozes das Crianças", em que jovens que participam de projetos sociais e culturais, e que foram vítimas de algum tipo de violência, irão relatar suas experiências. O Seminário Internacional Violência e Criança terá lugar no Anfiteatro de Convenções e Congressos Camargo Guarnieri, que fica na Rua do Anfiteatro, 109, na Cidade Universitária. A participação é aberta ao público e gratuita.
        Mais informações: ( (0XX11) 3066-7739, com a professora Márcia Faria Westphal; E-mail: marciafw@usp.br, ou ( (0XX11) 5095-2344/ 2347/ 2371, com Beth Alves ou Mônica Lourenci.
 
 

Pesquisa traça perfil das mortes de crianças e jovens por acidentes e violência

        Quando se trata de mortalidade infanto-juvenil, a importância das causas externas — ou seja, não naturais, como acidentes ou violência — tem crescido cada vez mais nos últimos vinte anos. Segundo Maria Helena Prado de Mello Jorge, professora associada do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP, essa é a principal causa de mortes a partir dos cinco anos de idade — no caso de crianças de 10 a 14 anos, por exemplo, elas representam 50% das mortes e, conforme aumenta a idade, cresce sua participação na mortalidade. "Todas as causas externas são previsíveis e preveníveis", afirma Maria Helena. "Conhecendo as reais causas dos acidentes e violências podemos ter um panorama o mais real possível para que sejam elaborados programas específicos para a prevenção dessas causas".
        Analisando a mortalidade por causas externas há mais de vinte anos — desde 1985 direciona sua pesquisa especificamente para menores de 15 anos —, Maria Helena mostra, por exemplo, que entre 1979 e 1981, os acidentes e a violência eram responsáveis por 45,7% das mortes de crianças de 10 a 14 anos e 61% das mortes de adolescentes de 15 a 19, e que, no triênio 1993/95, esses números saltaram para 55% e 75%, respectivamente. "Isso está retratando o aumento da violência no país, inclusive contra a criança", analisa. "É a vontade de deter esse aumento que nos leva a fazer esse seminário".
        Maria Helena também analisou as causas de homicídios de acordo com as faixas etárias, e mostra que eles causam a morte de 15% dos meninos e 11% das meninas com menos de um ano, especialmente dos filhos de mães adolescentes. De um a quatro anos, as crianças sofrem mais maus tratos e violências praticados principalmente pelas mães. Na faixa de cinco a nove anos, as crianças começam a ser mais vítimas de violências sexuais. Estes casos não levam diretamente à morte mas podem ser responsáveis por seqüelas.
        A partir dos dez anos começa a crescer o número de crianças vítimas de homicídios, porcentagem que se intensifica entre os 15 e 19 anos e que aumentou de 22% entre 79 e 81 para 53% hoje. "Por trás dessas mortes provavelmente há problemas com drogas e com álcool", analisa Maria Helena. Ela afirma que, conhecendo as raízes da violência na juventude e analisando prováveis soluções, podem se reunir elementos para formular políticas de prevenção a essas mortes. "Mas não é fácil resolver o problema", avisa. Mesmo os suicídios entre jovens podem ser prevenidos, segundo a professora. Ela diz que a maioria dos pais desses jovens detectou que eles tinham algum problema porque não se sentiam adaptados. "Os pais precisam estar conscientes de que se a criança tem um problema como esse, precisam procurar ajuda", afirma. "As escolas têm um papel muito importante de perceber se a criança tem um comportamento que sai do padrão e, em alguns casos, podem oferecer ajuda com mais propriedades que os pais, que às vezes só estão com os filhos à noite".
       Os principais acidentes que resultam em morte ou internação das crianças, como atropelamentos e outros acidentes de trânsito, quedas (de janela, cama, árvores ou lajes), intoxicações são "totalmente preveníveis", segundo Maria Helena. "Muitas mães acham que o acidente é obra do acaso, mas você pode prever que, se houver uma janela aberta e um sofá embaixo dela, é muito provável que a criança suba ali e caia, até porque ela vê na televisão que seus heróis voam". Para resolver esse e outros tipos de mortes acidentais, ela afirma que é preciso haver políticas públicas com atitudes principalmente educativas, como ensinar as crianças nas escolas a atravessar a rua na faixa de pedestres apenas quando o sinal estiver vermelho, ou as mães a não colocarem substâncias tóxicas em garrafas de refrigerante. Essa atitude educativa também se estende aos jovens, que são vítimas de muitos acidentes de trânsito. "Seria necessário questionar a carta de habilitação aos 16 anos, ou o emprego de pessoas muito jovens em serviços de motoboy?", indaga. "Talvez deva haver um programa de conscientização na hora de dar a carta para esses meninos".
        Maria Helena participará do Seminário Internacional Violência e Criança, onde vai apresentar quatro pôsteres sobre a situação da criança e do adolescente no Brasil, com dados como sua distribuição espacial pelas regiões do país, nível de educação, mortalidade, violência nas diferentes faixas etárias e gravidez na adolescência. "Nosso principal objetivo é chamar a atenção para essas questões. É um enorme problema de saúde pública, com altas taxas de mortalidade e morbidade e é necessário reverter esse quadro", diz. "É um alerta para que os pesquisadores continuem envolvidos com esse tema e para que o poder público assuma esses resultados em suas políticas nessa área".
        Mais informações: ( (0XX11) 3066-7724, com a professora Maria Helena Prado de Mello Jorge; E-mail mhpjorge@usp.br.


Cursos, Seminários e Palestras
Cultura e Extensão
        A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP promove nos dias 6 e 7 o Seminário Cultura e Extensão 2000. Durante o evento haverá uma mesa-redonda sobre cultura e extensão nas universidades brasileiras e grupos de trabalho, além de relatos de atividades de extensão na USP. O seminário terá lugar na Casa de Cultura Japonesa, na Av. Lineu Prestes, 159, na Cidade Universitária.
        Mais informações:( (0XX11) 3818-3455.

Comércio eletrônico
        O Projeto Atual-tec, da Coordenadoria Executiva de Cooperação Universitária e de Atividades Especiais (Cecae) da USP abre inscrições para o curso Noções Básicas sobre Comércio Eletrônico, que acontece entre os dias 6 e 9 de novembro. Seu programa aborda economia digital e mudanças da cadeia de valor, tecnologia da informação, consumidor on line no Brasil e outros temas relacionados ao comércio eletrônico. A taxa é de R$ 300,00 e as inscrições podem ser feitas no endereço http://cecae.usp.br/atualtec. As vagas são limitadas.
        Mais informações:( (0XX11) 3818-3903/3818-4164.

Agricultura biodinâmica
        Estão abertas até o dia 15 de novembro as inscrições para a IV Conferência Brasileira de Agricultura Biodinâmica - A Dissociação Homem-Natureza e o Desenvolvimento Humano, que ocorre entre os dias 16 e 19. O evento proporciona um debate sobre temas das áreas que enfatizam o elo entre agricultura e ciências como gnosiologia, epistemologia, ética, ciências sociais e humanas, geografia, nutrição e outras. Os interessados devem se inscrever no Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, na Av. Lineu Prestes, 338. Há 800 vagas e a taxa é de R$ 250,00.
        Mais informações:( (0XX11) 210-2217/3818-3769, ramal 231.

Pesquisa Antártica
        O Instituto de Geociências (IGc) da USP promove nos dias 9 e 10 de novembro o VIII Seminário sobre Pesquisa Antártica. O evento promove atividades que englobam as áreas científicas da pesquisa antártica nacional e debates sobre as perspectivas, cooperação nacional e internacional, entre outros temas. O seminário ocorre no Salão Nobre do IGc, que fica na Rua do Lago, 562, Cidade Universitária.
        Mais informações:( (0XX11) 3818-4125/3818-4138.

Inovação Tecnológica
        O Núcleo de Política e Gestão Tecnológica (PGT) da USP realiza entre os dias 7 e 10 o XXI Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica. As discussões estarão centradas na inovação tecnológica como recurso estratégico para a competitividade empresarial e para o desenvolvimento econômico do país. Participam do evento Ronaldo Sardenberg, Ministro da Ciência e Tecnologia, o professor Jacques Marcovitch, reitor da USP, e Horácio Piva, presidente da Fiesp. O evento ocorre na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, na Av. Prof. Luciano Gualberto, 908, prédio 5, Cidade Universitária.
        Mais informações: ( (0XX11) 3031-6946/3818-5969; E-mail npgtusp@edu.usp.br.

Animais Peçonhentos
        Estão abertas até o dia 14 as inscrições para o curso Animais Peçonhentos, do Instituto Butantan da USP. Seu programa aborda a biologia e reconhecimento de artrópodes e serpentes, primeiros socorros e prevenção. Haverá também uma visita ao Museu Biológico. O curso ocorre no dia 14 de dezembro e a taxa é de R$ 10,00.
        Mais informações : ( (0XX11) 813-7222, ramal 2117.


Agenda Cultural
Programação da TV USP
        A TV USP apresenta, entre os dias 6 e 12 de novembro, a seguinte programação:
        DELTA PI – Sexo e Mídia. Nessa co-produção das TVs USP e PUC alunos e especialistas debatem questões como o tratamento comercial do sexo nos meios de comunicação, o papel dos pais e da escola na educação sexual e a falta de opção de programação na TV, entre outras. Participam do debate alunos da USP e da PUC, Helena Maria Medeiros Lima, professora de Psicologia e Educação na PUC e Ana Emilia de Almeida Prado, coordenadora da subcomissão de publicidade da OAB/SP e professora de teologia da PUC. Segunda (06), às 10h30, 19h e 1h30.
        ABD NO AR – Incentivo ao Cinema. Nesse programa, os convidados Yacoff Sarcovas, diretor da Articultura, e Paulo Alcoforado, documentarista e crítico de cinema discutem o incentivo ao cinema. Terça-feira (07), às 10h30, 15h30 e 01h30 e sábado (11) às 19h30.
        PANORAMA – Quasímodo, Finlândia e Qual é o curso? Fisioterapia. Nessa semana a revista eletrônica Panorama apresenta matérias sobre a banda Quasímodo, que mistura música, diversão e piadas nas noites de sexta-feira do Blen Blen na Vila Madalena. Em Finlândia, você vai saber mais sobre a cooperação internacional entre este país e a USP. A série Qual é o curso? mostra as vantagens, os problemas e o ambiente de estudo do curso de Fisioterapia. Quarta-feira (08), às 10h30, 15h30, 19h30 e 01h30; sábado (11), às 15h30; domingo (12), às 10h30.
        OLHAR DA USP – Genoma.No programa dessa semana, o Prof. Carlos Frederico Menck e o Prof. Carlos Alberto Moreira Filho, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP discutem a importância da pesquisa de mapeamento genético — o projeto Genoma — e a colaboração da Universidade. Quinta-feira (09), às 10h30, 15h30, 20h30 e 01h30; sábado (11), às 01h30; domingo (12), às 01h30.
        2 APÊS - Estréia. Confira a estréia do sétimo episódio do primeiro sitcom sobre jovens produzido por eles mesmos e que aborda a vida de sete estudantes universitários que dividem dois apartamentos vizinhos. Sexta-feira (10), às 10h30, 15h30, e 01h30; sábado (11), às 10h30; e domingo (12), às 15h30.
        Mais informações: ( (0XX11) 3818-4101; E-mail tvusp@edu.usp.br


Teses e Dissertações
Faculdade de Saúde Pública
Mestrado
        O gerenciamento como estratégia de implementação da assistência nas Unidades Básicas de Saúde do Distrito Sanitário – Belo Horizonte. Carmen da Conceição Araújo Maia. Dia 10/11, 9h.
        Mais informações: ( (0XX11) 3066-7739.
 
 
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