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Cerca de 20 esculturas espalhadas pela avenida revelam muito sobre a história da arte brasileira. Porém, um estudo realizado na ECA mostra que a pressa, os estímulos visuais ou a inadequação das obras ao espaço que ocupam fazem com que quase ninguém as percebam. |
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Projeto realiza pesquisa global via Internet
Estação Ciência promove seminário
sobre Relações Raciais no Brasil
IAG abre inscrições para cursos de pós-graduação
Paulista vira galeria de arte invisível
Quem passa pela Avenida Paulista
nunca se dá conta de que seus mais de dois quilômetros de
extensão abrigam uma exposição livre, com 20 obras
que revelam muito sobre a história da arte brasileira. "Como a Paulista
é um local de deslocamento, as pessoas estão de passagem,
quem está no ônibus ou no carro, vê as coisas como borrões",
afirma a artista plástica Lilian do Amaral Nunes. "Por serem um
valor cultural, as esculturas deveriam ser mais conhecidas". Após
cinco anos de pesquisa para sua dissertação de mestrado Fronteiras
do visível – arte pública na Avenida Paulista – um estudo-intervenção
na cidade de São Paulo, defendida na Escola de Comunicações
e Artes (ECA) da USP, Lilian mostra como os estímulos visuais, a
pressa e a inadequação de muitas obras ao espaço que
ocupam fazem com que quase ninguém repare na arte que está
exposta na avenida.
A idéia da pesquisa
surgiu do interesse da artista pelo meio ambiente urbano e pelo modo como
a arte se relaciona com esse espaço. Lilian escolheu a Avenida Paulista
porque a considera um ícone para a cidade. "A cidade como suporte
para obras de arte é uma crítica às instituições
que sacralizam a arte como algo que está distante da vida e do cotidiano
das pessoas", diz. "O conceito de arte pública vai muito além
da presença do monumento e da escultura: incorpora a relação
com o público e a cidade como discurso".
Em sua pesquisa, ela constatou
que uma das razões do que ela chama de "invisibilidade das obras"
é a publicidade — os painéis eletrônicos, outdoors
e backlights. "As obras são eclipsadas pelos estímulos visuais
da publicidade, que é importante para a formação de
comportamentos perceptivos, como o tempo muito acelerado do olhar", explica.
"O que e como as pessoas vêem está muito ligado à cor,
movimento, close, fragmento". Outra herança da modernidade também
influi: a pressa. "A questão do passeio está ligada a uma
história de 150", pondera. "O movimento acelerado, favorecido pelo
trajeto retilíneo da avenida, não dá a disposição
visual e perceptiva para a contemplação dessas obras".
Para Lilian, o espaço
também tem grande influência. "A maioria das esculturas está
tão próxima da fachada que não há distância
para vê-las. Elas não foram pensadas para discutir a relação
com a escala do prédio, o fluxo da rua ou o deslocamento das pessoas",
aponta, comparando as esculturas com adereços. "Estão colocadas
em locais inadequados; em relação à escala dos edifícios
elas são muito pequenininhas e não são vistas. Nosso
olhar é dirigido para o topo dos edifícios e para as torres
e não para a calçada, onde elas estão". A artista
ressalta que os anteparos dos edifícios e praças, grades
e faixas também dificultam a visualização de muitas
obras, separando-as do público. "A maior aberração
nesse caso é o
Homem Aramado, em frente ao Banco Mercantil
do Brasil, que está dividido em dois porque a grade que o banco
colocou passa pelo meio da escultura".
Lilian conta que as esculturas
começaram a ser colocadas na Paulista no início da década
de 20 — uma iniciativa do governo para reforçar a idéia do
nacionalismo durante as comemorações do Centenário
da Independência. O Índio — primeira obra do trajeto,
na Praça Oswaldo Cruz — e o Anhangüera, em frente ao
Parque Trianon, são dois exemplos de monumentos ligados à
celebração e à recordação de símbolos
que podem mobilizar o imaginário das pessoas, segundo a artista.
Já na década de 70 acontece outro ciclo de inserção
de obras na avenida. No novo pólo do capital financeiro na cidade,
muitas instituições colocaram obras na frente de seus prédios.
A trajetória termina na Avenida Angélica, com a obra Caminhos,
de 91, de Lilian e Jorge Bassani — arcos coloridos
que tornam visível a malha viária subterrânea de São
Paulo. Todas essas obras podem ser vistas no site que Lilian elaborou em
1998: www.dpto.com.br/museuvirtual.
Além dessas esculturas,
Lilian identifica na cidade cerca de 440 esculturas em lugares como a Faap,
o Metrô, a Praça de Sé, o Arquivo do Estado, em Santana,
e a Cidade Universitária. "Um dos projetos que tenho em mente é
divulgar e estimular o conhecimento da existência dessas obras que
também estão invisíveis".
Em 98, para chamar a atenção
dos passantes tão acostumados a enxergar o mundo com olhar fragmentado,
Lilian teve a idéia de cobrir partes de algumas dessas obras com
plástico preto, o que acabou atraindo quem passava por elas. "O
artista tem que ter muita malícia, muito estudo e muito conhecimento
para fazer com que a obra artística vingue nesse meio urbano", receita
Lilian. "A questão da apropriação das obras pelas
pessoas também está ligada ao gerenciamento da cidade, por
isso a pesquisa visa também fornecer subsídios para que os
órgãos públicos possam ter mais critério na
inserção das obras, que são referências tanto
afetivas quanto geográficas da cidade".
Mais informações:
( (0XX11) 5579-1873, com Lilian do Amaral
Nunes.
Projeto faz pesquisa global via Internet
A empresa 3Com realiza entre
os dias 15 e 18 o Planet Project, uma enquete on line e global sobre costumes
que permitirá aos interessados compartilhar instantaneamente seus
pontos de vista e opiniões e comparar suas respostas com a de pessoas
de outras regiões do planeta. "O Planet Project é um trabalho
sem precedentes em termos de escala", afirma Eric Benhamou, chairman da
3Com. "Ele integrará milhões de pessoas sem limites de barreiras
geográficas e culturais". A pesquisa pode ser conferida no site
www.planetproject.com.br.
A enquete, disponível
em oito idiomas (português, chinês, inglês, francês,
alemão, italiano, japonês e espanhol) terá questões
de múltipla escolha separadas em tópicos como religião,
saúde, educação, sexo, família, leis e outros.
Será possível comparar respostas de questões como
"você trocaria sua nacionalidade?" ou "o que acha que vai acontecer
quando morrer?" com outros grupos de pessoas de acordo com sexo, idade
e localidade.
Benhamou destaca que a enquete
se estende também às pessoas que não têm acesso
à Internet. Os "embaixadores 3Com", cerca de 500 voluntários
e 2000 funcionários da empresa serão enviados às regiões
mais distantes de 90 países, com laptops e equipamentos portáteis
de transmissão. "A falta de conhecimento é uma das fontes
geradoras de preconceito", define Giandomenico Picco, representante de
Kofi Annan, secretário geral da ONU. "A comunicação
e o aprendizado são as ferramentas mais poderosas para que a diversidade
seja apreciada em todos os indivíduos".
As escolas participam pelo
Programa Educacional, uma enquete paralela dirigida aos alunos. O Painel
Internacional da Juventude conta com 20 estudantes de diversos países,
selecionados para serem os porta-vozes dos estudantes de todo o mundo,
sugerindo questões que gostariam de fazer no site do Programa Educacional.
Os estudantes podem responder às questões no endereço
http://students.planetproject.com.br.
O projeto tem o apoio da USP, por intermédio da Escola do Futuro.
Para maiores informações,
visite o site http://www.3com.com ou
a sala de imprensa em http://www.news.planetproject.com.br.
Mais informações:(
(0XX11) 3094-2240.
Pós-graduação no IAG
O Instituto Astronômico
e Geofísico (IAG) da USP abre inscrições até
15 de dezembro para os seguintes cursos de pós-graduação:
Métodos Potenciais
- Módulo 1- Gravimetria e Aplicações: da Litosfera
aos Recursos Naturais, de 29 de janeiro a 2 de fevereiro;
Módulo
2 - Aeromagnetometria e Aplicações: Técnicas de Processamento
e Interpretação - de 5 a 9 de fevereiro;
Magnetoestratigrafia
- 29 de janeiro a 3 de fevereiro;
Métodos Geofísicos,
Elétricos na Hidrologia - 12 a 17 de fevereiro.
Os interessados devem se
inscrever no Departamento de Geofísica, na Rua do Matão,
1226, Cidade Universitária. As taxas são de R$ 50,00 para
pós graduandos de outras instituições e graduandos,
R$ 150,00 para profissionais e gratuito para os pós-graduandos da
USP.
Mais informações:(
(0XX11) 3818-4760.
Atualização Tecnológica
O projeto Atual-Tec da Cecae
oferece os seguintes cursos em novembro:
Gestão Ambiental
e Certificação ISO 14000, de 27 a 30 de novembro, taxa
de R$ 300,00 (até dia 22).
Marketing: planejamento
e práticas, de 27 de novembro a 1º de dezembro, taxa de
R$ 315,00 (até dia 22).
Planejamento em projetos,
de 28 a 30 de novembro e 5 a 7 de dezembro, taxa de R$ 400,00 (até
dia 22).
Mais informações:(
(0XX11) 3818-3903 e 3818-4164 ou e-mail atualtec@org.usp.br.
Acampamento Antártico
O Museu de Geociências
do Instituto de Geociências (IGc) da USP abre para visitação
o acampamento antártico, que exibe equipamentos e utensílios
utilizados nos trabalhos geológicos de campo realizados na Antártica.
A exposição vai até dia 8 de dezembro.
Mais informações:(
(0XX11) 3818-3973.
Residência Médica
Estão abertas até
sexta-feira (17) as inscrições para a seleção
de médicos residentes para o próximo ano no Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
São vagas para as diversas áreas do 1º ano de residência.
Os candidatos podem fazer inscrições via Internet.
Mais informações:
http://hcrp.fmrp.usp.br/RM2001/Menu.html.
Programação da TV USP
A TV USP apresenta, entre
os dias 20 e 26 de novembro, a seguinte programação:
DELTA PI – Bem-estar
animal. Nessa co-produção das TVs USP e PUC alunos e
especialistas debatem questões como a posse responsável de
animais, o que motiva as pessoas a tê-los, a moda dos pit-bulls,
o abandono de animais como um problema de saúde pública,
entre outras. Participam do debate alunos da USP e da PUC, Hannelore Fuchs,
professora de Psicologia da PUC, e Julia Matera, professora de Medicina
Veterinária da USP. Segunda (20), às 10h30, 15h30, 19h e
1h30.
ABD NO AR – Como
a TV vê o curta-metragem I. Nesse programa, a programadora do
"Curta Brasil", Moema Mueller, da TVE do Rio de Janeiro, e o gerente de
desenvolvimento de projetos do Canal Brasil, André Saddy, falam
das possibilidades de exibição da produção
de curta-metragem pela TV. Terça-feira (21), às 10h30, 15h30
e sábado (25) às 19h30.
PANORAMA – Balé
de Arte Negra, Combustível e Qual é o curso? Geografia.
Nessa semana você acompanhará o espetáculo "Conto Crioulo:
a fuga do tio Ajayí", encenado pelo Balé de Arte Negra da
União Estadual dos Estudantes Secundaristas, que conta a história
de uma comunidade de escravos fugidos que procura retomar sua identidade
através de danças rituais ancestrais. Assistirá Combustível,
que vai tratar do tema enfocando os novos ônibus de São Paulo
movidos à pilha. A série Qual é o curso? apresenta
Geografia, mostrando as vantagens, problemas, ambientes de estudo e possibilidades
de trabalho na área. Quarta-feira (22), às 10h30, 15h30,
19h30 e 01h30; sábado (25), às 15h30; domingo (26), às
10h30.
OLHAR DA USP – Jovens
Infratores. No programa dessa semana, os professores Sérgio
Adorno, do Centro de Estudos de Violência da USP, e Irandi Pereira,
da Universidade Federal de São Carlos, discutem a violência
urbana e sua presença entre os jovens. Quinta-feira (23), às
10h30, 15h30, 20h30 e 01h30; sábado (25), às 01h30; domingo
(26), às 01h30.
2 APÊS - Os candidatos.
Oscar e Betão concorrem à presidência do Diretório
Acadêmico. Clara sofre com os ônibus da cidade e torce para
que Adriano ganhe um carro num programa de auditório de ética
bastante suspeita. Hermano recebe uma herança que parece um presente
de grego, e seu Lino institui um sistema de multas no prédio. Sexta-feira
(24), às 10h30, 15h30, e 01h30; sábado (25), às 10h30;
e domingo (26), às 15h30.
Mais informações:
( (0XX11) 3818-4101 ou pelo e-mail tvusp@edu.usp.br
Rede interrompida e mudança de senha
O Centro de Computação
Eletrônica (CCE) da USP informa que amanhã (15) haverá
uma parada da rede ANSP para manutenção e a comunicação
da USPnet com a Internet será interrompida entre 6 e 9 horas. A
operação da USPnet e a comunicação entre os
campi não serão afetadas: somente a comunicação
entre pontos da USPnet e de externos à USP estará impossibilitada.
Além disso, o CCE
avisa que faltam 7 dias para vencer a validade da senha de usuário
no novo sistema de correio eletrônico. Para mudar a senha, entre
na página www.usp.br/spider,
clique em "users" e digite seu código e senha. Escolha a opção
"password" e altere a senha, observando as seguintes regras: a) usar entre
seis e oito caracteres, b) usar ao menos dois caracteres não alfanuméricos
(símbolos), c) a senha não pode ser idêntica às
senhas anteriores, anagrama da última senha ou parecida com o nome
do usuário, nem uma palavra de uso comum nos principais idiomas.
Mais informações:
( (0XX11) 3818-6433, 3818-6381 ou 3818-6442.
Agência USP de Notícias - Divisão
de Informação, Documentação e Serviços
Online
Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374, conj. 244, São Paulo - SP. Tel.(0xx11) 3818-4411/3818-4691 - Fax: (0xx11) 3818-4476/3818-4689 Home Page: http://www.usp.br/agen/agweb.htmlE-mail: agenusp@edu.usp.br Diretora da Divisão: Marcia Furtado Avanza (Mtb 11.552) mfrsouza@usp.br Diretor da Agência: Antonio Carlos Quinto (Mtb 15.949) acquinto@usp.br Repórteres: André Chaves de Melo andrecms@usp.br, Ivanir Ferreira ivanir@usp.br e Valéria Dias valdias@usp.br Estagiários: Bruna Fontes, Giovana Tiziani, Júlio Bernardes e Renata Bessi |