São Paulo, 24 de abril de 2002 n.949/02.

Alcoolfone fecha por falta de patrocínio Vinculado ao Grupo de Estudos de Álcool e Drogas (Grea) do Hospital das Clínicas, o serviço prestava informações e orientações gratuitas sobre álcool e drogas à população

O Alcoolfone, serviço telefônico vinculado ao Grupo de Estudos de Álcool e Drogas (Grea) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HC/FMUSP), que prestava informações e orientações gratuitas sobre álcool e drogas à população, foi desativado há cerca de um mês, por falta de patrocínio. O serviço, único do estado de São Paulo, começou suas atividades em julho de 1999 e recebia, em média, 1.000 ligações mensais. "No momento, estamos buscando contatos com algumas empresas para que possamos manter o Alcoolfone", conta o gerente do projeto e psiquiatra do Grea, Danilo Baltieri.

Embora contasse com um corpo de funcionários relativamente pequeno (três atendentes, um psiquiatra e uma psicóloga), o Alcoolfone tinha um alcance nacional. "Além de esclarecer dúvidas sobre álcool e drogas, nós encaminhávamos o paciente para o centro de tratamento mais próximo de sua localidade", explica Baltieri. Ele diz ainda que o centro era sempre cadastrado na Secretaria Nacional Anti-Drogas (Senad), legitimando assim o caráter gratuito do serviço.

A Casa da Aids e o Call Center da Rebouças, ambos em São Paulo, eram os postos responsáveis pelo atendimento dos telefonemas. Das 1.000 ligações mensais, aproximadamente 80% correspondiam a questões sobre alcoolismo, sendo 90% efetuadas por esposas ou companheiras de homens dependentes. Entretanto, muitas das ligações eram perdidas já que havia apenas três pessoas responsáveis pelo atendimento. No horário de pico (entre 10 e 14 horas), por exemplo, o Alcoolfone dispunha de dois deles somente.

"Um dos nosso objetivos era expandir o serviço, aumentando esse número de profissionais responsáveis pelo atendimento. Mas para isso seria necessário um treinamento dos interessados", pondera o gerente do Alcoofone. Segundo ele, contar com pessoas treinadas e com um cadastro de centros bastante atualizado constituía um importante diferencial a favor do Alcoolfone. Sem contar o fato de se tratar do único serviço desse tipo existente no estado de São Paulo.

Além disso, a falta de recursos impedia uma divulgação mais eficaz. Balteri conta que em 2000 o Alcoolfone chegou a ser divulgado na televisão, gerando um congestionamento, e uma temporária interrupção, em seu sistema de atendimento.

Durante o período em que esteve em funcionamento, o Alcoolfone contou com o apoio da Fundação Zerbini, ligada à Faculdade de Medicina da USP, e do Laboratório Merck, companhia farmacêutica multinacional e principal patrocinadora do serviço. "Mas, infelizmente, o Merck teve de se desligar do serviço", lamenta Baltieri. Ele explica, ainda, que o laboratório era responsável pelo pagamento das tarifas referentes ao 0800 e pelas despesas com recursos humanos. A Fundação Zerbini arcava com os custos provenientes dos postos de atendimento e das ligações locais.

Atualmente o Grea está em busca de novos parceiros para reiniciar as atividades do Alcoolfone. "Esperamos agora não apenas dar prosseguimento, mas viabilizar uma efetiva expansão e posterior divulgação do nosso trabalho", afirma o Danilo Baltieri.

O secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Fábio Feldman, proferiu na manhã desta terça-feira (23), no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, a palestra Conferência de Johannesburgo: Oportunidade para uma Reflexão. Feldman, que já exerceu mandato de deputado federal, atualmente é assessor especial da Presidência da República para a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada de 26 de agosto a 4 de setembro de 2002, em Johannesburgo, na África do Sul.

Em sua exposição, Feldman abordou os elementos que permearão os debates da Conferência de Johannesburgo. No Brasil, o encontro é também chamado de Rio+10, em referência aos 10 anos da Rio 92, evento que discutiu problemas ambientais do Planeta. Ele ressaltou os produtos da Rio 92, como a Carta do Rio e Agenda 21, documentos que sugeriram condutas benéficas à questão ambiental.

O conceito de desenvolvimento sustentável também foi abordado por Fábio Feldman. Segundo ele, um dos principais efeitos da Rio 92 foi sacramentar este conceito no debate ambiental. Como exemplo, citou a mudança de mentalidade do governo brasileiro. Na primeira grande convenção sobre Meio Ambiente (Estocolmo 72) o Brasil tinha como principal inimiga a miséria, e considerava a industrialização como melhor forma de combate, sem focar tanto os problemas ambientais que esta política poderia trazer. Já na Rio 92, com a utilização do conceito de desenvolvimento sustentável, foi-se aceitando a possibilidade de se executar uma política de crescimento com atenção também nas questões do Meio Ambiente.

Feldman apontou uma desvantagem que o evento de Johannesburgo terá em relação à Rio 92. Para o secretário, a conferência do Rio de Janeiro foi motivo para uma grande manifestação política, com a participação ativa da população e das Organizações Não Governamentais (ONG’s), que não está se repetindo com a mesma intensidade em 2002. Outro problema destacado por ele é a dificuldade de se estabelecer um foco definitivo para o encontro. "Essa ausência de foco dilui os resultados da conferência", afirmou. Segundo ele, os resultados dos encontros sobre Meio Ambiente não são amplamente satisfatórios pelo excesso de temas que são abordados e pela dificuldade de implementação de suas resoluções.

"Se espera a liderança do Brasil", disse Feldman, falando sobre o papel que o país representará na Conferência de Johannesburgo. Para o secretário, o país exerce um cargo de liderança na América Latina nesses eventos e poderia representar uma voz dos países em desenvolvimento, ao lado de China e Índia. "O evento de 1992 ter sido realizado no Rio de Janeiro é uma prova da expectativa que se tem sobre o Brasil", apontou Fábio.

Em junho, o Brasil realiza a passagem simbólica da tocha para a África do Sul, que assume o posto de sede da Conferência. Ainda serão realizadas uma série de eventos preparatórios para o evento, sendo que o próximo deles ocorrerá em Bali, na Indonésia.

O campus da USP de Ribeirão Preto realiza nesta semana uma série de eventos ligados à cultura dos Quilombos brasileiros. Na quinta-feira (25), desembarca na Casa da Cultura a exposição Navio Negreiro e Batuque no Quilombo, proveniente da Estação Ciência da Capital. Recepcionarão as obras uma apresentação de Afoxé e o Coral Madrigal Revivis com "Ode Zumbi - Comandante Guerreiro".

Na sexta (26), no Museu de Arte (MARP), será aberta uma outra exposição sobre o mesmo tema, com trabalhos de artistas da cidade. No sábado (27), o "Grupo Teatro União e Olho Vivo" apresentará no Teatro Municipal o espetáculo "A Revolta da Chibata". O espetáculo faz parte das comemorações dos 20 anos da Seção de Atividades Culturais da Prefeitura do Campus.

Mais informações: (0XX16) 602-3500

No próximo dia 30, às 11h30, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, acontece o seminário Desenvolvimento e Administração de Produtos: um estudo de casos múltiplos em empresas brasileiras. Organizado pelo Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da USP, o encontro pretende contribuir para o melhor entendimento do assunto, não só no ambiente acadêmico, mas também para as empresas brasileiras. O evento será pautado nos resultados da tese de doutorado de Celso Augusto Rimoli, defendida recentemente na FEA/USP. O palestrante é professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e da Universidade Nove de Julho (UNINOVE).

A participação na palestra ocorre mediante o pagamento de uma taxa de R$ 30, realizado no dia do evento.

Mais informações: (0XX11) 3091-5969 ou e-mail npgctusp@edu.usp.br

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP promove nesta quarta-feira (24) às 14 horas, a palestra La Ciudad en la Nueva Economia, ministrada pelo arquiteto Luis Rico Gutiérrez, da Universidad de Carnegie Mellon, Pensilvania, EUA.

A palestra é aberta ao público, e terá lugar no auditório da FAU, que fica na Rua do Lago, 876, Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações: (0XX11) 3091-4801

O Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP promove nesta quinta-feira (25), a partir das 9h30, o encontro Mitos e realidades sobre os medicamentos antidepressivos. O evento, gratuito e aberto a todos os interessados, é parte das comemorações dos 50 anos do IPq e pretende levar informações claras e seguras sobre depressão e medicamentos à população. O encontro acontece no Anfiteatro do IPq, localizado na Rua Dr. Ovídeo Pires de Campos, s/n. 1º andar.

Neste sábado (27), às 10 horas, as cerca de 30 instituições envolvidas no Circuito Vila Buarque de Educação e Cultura abrirão suas portas para hospedar obras de artes plásticas, gerando uma exposição espalhada pelo bairro inteiro. A abertura oficial será na Biblioteca Monteiro Lobato (Rua General Jardim 485).

Além de chamar a atenção sobre os serviços culturais oferecidos, o evento contribuirá para maior integração da produção artística e tecido urbano, uma das questões recorrentes da arte atual.

O Centro Universitário Maria Antonia (Ceuma) da USP receberá as obras de Dario Felicíssimo, Germana Monte-Mór, Rick Castro, Stela Barbieri, Tiago Judas, Vanderlei Lopes. Até 28 de abril também estarão expostos Jacqueline Aronis, Luise Weiss, Paulo Pasta, Renata Lucas e Thomaz Farkas. A partir de 9 de maio: Fernando Burjato, Gabriela Machado, Hugo Fortes, Nuno Ramos, Teresa Vianna.

O prédio da Rua Maranhão da Faculdade e Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP sediará as exposições de Carlito Carvalhosa e Carmela Gross.

O circuito de exposições tem encerramento previsto para 31 de maio.

Mais informações no site http://www.webcore.com.br/circuito

A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP sedia, no próximo dia 24, às 18 horas, a palestra Ação USP contra a dengue. A palestra acontece no anfiteatro da faculdade, e faz parte de um projeto lançado pela Pró-Reitoria de Graduação da USP de combate á doença.

No dia 29, às 13 horas, a Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto da USP reúne Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos, Atléticas e outras representações estudantis com a coordenadoria do projeto.

Mais informações: (0XX16) 602-1000

- Contribuição da técnica de modelagem organizacional l* ao processo de engenharia de requisitos, com destaque aos requisitos não funcionais. Micheli Chichineli. Dia 26, às 14h30.

- Problemática dos metais e sólidos no tratamento de água (estação convencional de ciclo completo) e nos resíduos gerados. Marcelo Melo Barroso. Dia 29, às 14 horas.

- Avaliação das alterações ambientais em sub-bacias hidrográficas da porção média da bacia do Rio Capivari (SP). Rogério Pinto Ribeiro. Dia 29, às 14 horas.

- Segmentação de imagens mamográficas digitais para detecção de microcalcificações em mamas densas. Cláudio Eduardo Goes. Dia 30, às 14 horas.

- Mão de São Carlos, uma prótese multifunção para membros superiores: um estudo dos mecanismos, atuadores e sensores. Fransérgio Leite da Cunha. Dia 26, às 15 horas.

- Um estudo experimental da ebulição convectiva de refrigerantes no interior de tubos lisos e internamente ranhurados. Enio Pedone Bandarra Filho. Dia 29, às 14 horas.

- Uso do território brasileiro e sistemas técnicas agrícolas: a fruticultura irrigada do Trabalho (PE)/Juazeiro (BA). Soraia de Fátima Ramos. Dia 26, às 9 horas.

- As minas de prata: uma leitura do romance de José de Alencar a partir das personagens femininas, com ênfase em Joaninha, mestiça, e Raquel, judia. Sílvia Vitória de Oliveira. Dia 29, às 14h30.

- O espaço público nas áreas centrais: a rua com a referência - um estudo de caso em Uberlândia-MG. Willian Rodrigues Ferreira. Dia 25, às 9 horas.

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