A alimentação do
caboclo da
Amazônia
Pesquisadores do Instituto de
Biociências (IB) da USP
investigaram a antropologia
nutricional de comunidades da
Ilha do Marajó e no Baixo
Amazonas, na região de
Santarém

Instituto de Física promove vários seminários

Museu de Geociências realiza cursos de férias

Word básico para a Terceira Idade no CEC/IME

O peixe e os produtos derivados da mandioca são a base alimentar das comunidades ribeirinhas que vivem na Amazônia. Mesmo com o progresso chegando às margens das várzeas dos rios trazendo produtos industrializados como o arroz, o feijão e o macarrão, os caboclos não dispensam um bom prato regado a muita farinha. Esse assunto foi objeto de estudo de um grupo de pesquisadores do Instituto de Biociências (IB) da USP. Eles investigaram a antropologia nutricional de algumas comunidades que viviam na Ilha de Marajó - várzea do estuário do Rio Amazonas - e no Baixo Amazonas, na região de Santarém, Amazônia.

O estudo foi desenvolvido pela cientista ambiental Cristina Adams e pelo antropólogo Rui Murrieta, ambos do IB, entre os anos de 1990 e 1997. A pesquisa investigou a qualidade do hábito alimentar dos caboclos e se os produtos consumidos por eles tinham valor nutricional suficiente para suprir as necessidades diárias do organismo humano.

Segundo Cristina, a população ribeirinha se alimenta da própria mandioca e prepara com ela a farinha torrada, diversos tipos de bolos, pães e biscoitos. "Estes pratos são as principais fontes calóricas desse povo".

Os caboclos cultivam, trocam, vendem e consomem a mandioca brava (raiz venenosa), que para ser consumida tem de passar por um processo de desintoxicação. Esse manejo é bem conhecido pelo pessoal ribeirinho. Segundo Murrieta, a circulação da mandioca brava é apenas regional. "Ela é um produto invisível dentro da economia brasileira", conta, lembrando que, "a farinha vendida e consumida em outros estados brasileiros é de origem nordestina."

O peixe também faz parte da base alimentar dos caboclos. Para Murrieta, a qualidade dos alimentos consumidos por essas comunidades é muito boa. O consumo individual de peixe das pessoas estudadas, por exemplo, é bastante acima do recomendado pelas organizações de saúde. "Isso é excelente porque o peixe é uma proteína de alta qualidade, superior em muitos aspectos à carne vermelha". Porém alguns estudos relacionam o alto índice de anemia ferropriva, sofrida pelos homens, mulheres e crianças da região ao consumo de peixe, pobre em ferro. Mas, Murrieta diz que ainda não foi comprovado se a anemia tem origem no consumo do peixe ou nos parasitas que assolam toda a população. A infestação parasitária também é responsável pelo baixo crescimento das crianças. Para o pesquisador, os grandes problemas da Amazônia são a falta de saneamento básico e o difícil acesso aos sistema de saúde.

Para discutir estas e outras questões sobre as comunidades caboclas da Amazônia, pesquisadores brasileiros e estrangeiros estarão reunidos em um ciclo de palestras que acontece nos dias 23 e 24, no Anfiteatro da Administração do Instituto de Biociências (Rua do Matão, travessa 14, nº 321, Cidade Universitária). As palestras fazem parte de um evento maior, o workshop "Primeira Síntese sobre as Sociedades Caboclas da Amazônia, no Brasil, que ocorreu entre os dias 19 e 22 de maio.

Segundo Murrieta, apesar do crescente reconhecimento da importância da Amazônia como fonte de recursos naturais renováveis e de biodiversidade, o caboclo continua sendo esquecido e poucas pesquisas acadêmicas, principalmente no Brasil, focam o assunto.

Mais informações: (0XX11) 3091-7725 ou 9657-2625, com Cristina Adams; (0XX11) 5084-5570, com Rui Murrieta

Seminário do grupo de biofísica e física médica: A química de superfícies na Agricultura-formulação de Bio-Inseticidas. Terça-feira (21), às 16 horas.

Seminário de ensino: É Possível Formar Professores de Ciências ? Terça-feira (21), às 17 horas.

Seminário do grupo de física nuclear teórica e fenomenologia de partículas elementares (Finpe): A simetria de Pseudospin no Núcleo. Terça-feira (21), às 17 horas.

Seminário do laboratório de física de plasmas: Solar Radio Emission and Plasma Mechanisms. Terça-feira (21), 14 horas.

Seminário do grupo de física estatística: Quantum Chaos or Wave Chaos? - Experiments in Acoustics. Quarta-feira (22), 14 horas.

Seminário do Departamento de Física dos Materiais e Mecânica: Atomic and Conductance Properties of Metals Nanowires. Quarta-feira (22), às 15 horas.

Seminário do Departamento de Física Nuclear: Correlação Angular Perturbada na Física da Matéria Condensada. Quarta-feira (22), às 16 horas.

Colóquio do Departamento de Física Matemática: Estratégias de peixes elétricos sul-americanos para evitar interferência na localização elétrica. Quarta-feira (22), às 16 horas.

Colóquio Instituto do Milênio para Evolução de Estrelas e Galáxias na Era dos Grandes Telescópios: Implementação de Instrumentação para o SOAR e Gemini. Quinta-feira (23), às 16 horas.

Seminário do Grupo de Fluidos Complexos (Gfcx) - FEP: Análise do Expoente Crítico em Ferronemáticos Obtido das Medidas de Difusividade Térmica. Sexta-feira (24), às 9 horas.

Seminário dos Laboratórios de Cristalografia e de Materiais Magnéticos e Mossbauer: Magnetismo de Nanoestruturas e Estabilidade Coloidal. Sexta-feira (24), às 10 horas.

Seminário Física ao Meio-Dia: Criticalidade auto-organizada e dinâmica de terremotos. Sexta-feira (24), 12h30.

Mais informações: (0XX11) 3091-7159, pelo e-mail eliane@if.usp.br ou no site http://www.if.usp.br

Curso de férias escolares no Museu de Geociências da USP

Crianças e adultos têm a oportunidade, de 3 a 21 de junho, de se inscreverem nos cursos de férias escolares do Museu de Geociências da USP. Alunos de 9 a 12 anos poderão fazer o curso Entendendo a Terra, que trará informações e atividades práticas sobre: vulcões, terremotos, maremotos, tipos de rocha, cuidados com o meio ambiente. Aos adultos é oferecido o curso Gemologia básica, com informações sobre: gemologia, classificação e nomeclatura e história da joalheria. Os cursos serão realizados em dois períodos distintos: primeira turma de 1^oa 5 de julho; segunda turma de 22 a 26 de julho. Entendendo a Terra é R$ 70,00; Gemologia básica, R$ 200,00. O Museu fica no Instituto de Geociências (IGc), rua do Lago, 562, Cidade Universitária, São Paulo.

O Centro de Ensino de Computação (CEC) do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP oferece o curso de computação Word Básico para 3^a Idade. O objetivo é proporcionar conhecimentos prévios do programa a pessoas da 3^a Idade. O curso é de 5 a 25 de junho, das 8 às 10 horas. O CEC fica na rua do Matão, 1010, Cidade Universitária, São Paulo. As inscrições vão até o dia 30 de maio. A taxa é de R$ 65,00.

Equilíbrio de Nash e Teorema de Goedel é o tema da palestra que o professor visitante do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, Francisco Antonio Doria, ministra no dia 22 de maio, às 15 horas. Doria, Marcelo Tsuji e Newton da Costa são autores de uma contribuição importante a respeito da indecidibilidade e incompletude dos jogos de Nash (do matemático norte-americano John Nash, Prêmio Nobel de 1994).

A contribuição dos três brasileiros pode ser resumida na afirmação de que os preços de equilíbrio - conforme definidos por John Nash - existem, mas no caso geral não podem ser calculados. Doria fará uma apresentação de nível introdutório e incluindo vários tópicos ligados ao tema. O IEA fica na Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, térreo, Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações: (0XX11) 3091-3919 / 4442 ou pelo e-mail clauregi@usp.br

No dia 23 de maio, a Comissão de Graduação do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP promove a palestra A noção de um ensino de qualidade e os cursos de graduação, do professor José Sérgio Fonseca de Carvalho, do Departamento de Filosofia da Educação da Faculdade de Educação da USP. A palestra está marcada para as 17 horas no Anfiteatro Rosa do Ed. Biomédicas IV do ICB, que fica Av. Prof. Lineu Prestes, 1730, Cidade Universitária, São Paulo.

Nesta sexta-feira (24), às 19 horas, o Centro Universitário Maria Antonia (Ceuma) da USP promove uma conversa com o artista plástico Hugo Fortes. Estarão presentes também as críticas de arte Thaís Rivitti e Taisa Helena Palhares, que debaterão a obra "Inventário de Horizontes", do próprio artista. O Ceuma fica na rua Maria Antonia, 294, Vila Buarque, São Paulo.

Estão abertas até o dia 15 de outubro as inscrições para o concurso de provimento de 1 (um) cargo de professor titular no Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. Os candidatos deverão portar título de Livre-Docente outorgado pela USP ou por ela reconhecido ou ainda a juízo de 2/3 dos membros da Congregação, especialista de reconhecido valor, desde que não pertença a nenhuma categoria docente da USP. As inscrições são recebidas na Assistência Técnica Acadêmica do ICB, na Av. Prof. Lineu Prestes, 2.415, de segunda a sexta-feira, das 10 às 12 horas ou dos 14 às 16 horas.

Mais informações: (0XX11) 3091-7395, fax 3091-7423, pelo e-mail svacadem@icb.usp.br

A pesquisadora francesa Raphaèle Ducrot integrará durante um ano a Equipe de Ciências Ambientais do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP para desenvolver trabalho relacionado com o manejo da Bacia do Alto Tietê. Ela conta com apoio da Fapesp e do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad, na sigla em francês), da França, no projeto "Facilitating Negotiations over Water Conflicts in Latin-American Periurban Upstream Catchments: Combining Multi-Agent Modelling with Role Game Playing" (Negowat), parcialmente financiado pela Comunidade Européia.

O Negowat trata de questões ambientais típicas de regiões com crescimento urbano rápido, onde a densidade populacional é tal que não permite mais o livre acesso à água potável. A competição pela água, que está ligada à competição pelo acesso ao solo, é particularmente crítica nas áreas periurbanas.

O trabalho será feito com a colaboração de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Instituto de Astronomia, Geociências e Ciências Atmosféricas, Escola Politécnica, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Educação e Instituto de Geociências.

- Papel do óxido nítrico na quimiotaxia e adesão de eosinófilos humanos. Sara Maria Thomazzi. Dia 28, às 13 horas.

- Estudo dos Mecanismos de Reação nos Sistemas 16,18O+ 63Cu. Julian Marco Barbosa Shorto. Dia 23, às 15h55.

- Direito intertemporal processual penal. Pedro de Jesus Juliotti. Dia 29, às 9 horas.

- Astronomia no ensino da geografia. Paulo Henrique Azevedo Sobreira. Dia 29, às 15 horas.
- Meninos de rua em São Paulo: socialização e sobrevivência. Mario Mendes Raucci. Dia 29, às 13h30.

- Para um vocabulário sistemático do Código Penal Brasileiro. Marieta Prata de Lima Dias. Dia 29, às 14 horas.