São Paulo, 20 de junho de 2002 n.987/02.


Poli desenvolve asfalto durável
e de baixo custo

A nova tecnologia é feita a partir da emulsão
da rocha de Xisto, retirada
de mares profundos. A pavimentação poderá
ser aplicada em rodovias
vicinais




Enfermagem de Ribeirão Preto promove curso de especialização de Enfermagem em Infectologia


Instituto de Psicologia abre inscrições para o curso Corpo e Movimento


No Ceuma, mesa-redonda debate a arte concreta paulistana




Destaques


Poli desenvolve asfalto de xisto betominosa

Ivanir Ferreira

A Escola Politécnica da USP (Poli) está desenvolvendo uma nova tecnologia em pavimento asfáltico, durável e de baixo custo, que poderá ser aplicado em rodovias vicinais. Elaborado a partir da emulsão de uma rocha chamada Xisto Betominosa, o pavimento é resultado de uma pesquisa iniciada há seis meses e que vem sendo desenvolvida em conjunto com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. A iniciativa tem o apoio da Petrobras e conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O Xisto é uma rocha sedimentar e pode ser encontrada em mares profundos. Dela, podem ser extraídos subprodutos para produção de pavimentos, o óleo e o gás combustível. A inovação já está sendo testada com sucesso no estado do Paraná. O trabalho de pesquisa envolve um estudo global de pavimentação das rodovias, com início na análise do solo que irá receber a emulsão asfáltica. Esse processo também é conhecido de tratamento anti-pó. Segundo Liedi Bariani Bernucci, coordenadora do Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da Poli, paralelamente ao estudo do pavimento de xisto betominosa foi criado um método de análise de solo. Estes testes também são feitos no laboratório.

As amostras são recolhidas em campo. Em seguida, passam por um processo de caracterização visual-tátil e de resistência para saber se o solo é adequado para receber a camada asfáltica e suportar o trânsito local. "O método é simples e pode ser utilizado pelas próprias empresas asfálticas", garante Liedi. "Ele já está disponível na Poli para ser repassado aos interessados", avisa.

A durabilidade do asfalto de xisto pode chegar a dez anos ou mais. "O xisto é extraído de um mineral e não do petróleo, como no caso do asfalto convencional. A economia fica em torno de 20% a 40%, dependendo do local onde o asfalto é aplicado", diz. Segunda a pesquisadora, esse percentual se torna significativo na soma final da pavimentação de toda a estrada. "Com essa economia, cidades com poucos recursos para empregar na malha rodoviária podem se utilizar desta tecnologia".

Escala industrial

Liedi vê com grande entusiasmo o asfalto de xisto. "Quando ele puder ser empregado em escala industrial, o Brasil terá muitas rodovias asfaltadas a um valor baixíssimo", estima. O custos em transporte e vias pavimentadas diminuem em até 50%. Alguns estudos mostram que cerca de 90% das redes rodoviárias brasileiras não são asfaltadas, o que significa que mais de 1,6 milhão de quilômetros se encontram nessas condições. Em São Paulo, onde está situado 1/5 das mais importantes rodovias brasileiras, esse número não é diferente: apenas pouco mais de 10% são asfaltadas. Nos países europeus, a situação se contrasta com a nossa realidade. Lá, mais de 90% das vias são pavimentadas.

O benefício social do asfalto de xisto também é relevante. "Se houvesse mais vias pavimentadas as pessoas, principalmente as mais humildes, seriam mais beneficiadas", garante a pesquisadora. Segundo ela, no interior de muitos estados brasileiros, crianças deixam de ir à escola em período de chuvas intensas. "Outras não podem ser atendidas em hospitais por falta de tráfego em algumas estradas", lembra Liedi.

O testes estão sendo feito no Paraná porque na região está instalada a Six - Usina da Petrobrás, única empresa de xisto betominosa que disponibiliza matéria prima em abundância para o bom andamento da pesquisa.

Mais informações: (0XX11) 3091-5485/5213/5208 ou pelo email liedi@usp.br


Cursos, Seminários e Palestras


Curso de Enfermagem em Infectologia

Até 30 de julho, é possível se inscrever no Curso de Especialização Enfermagem em Infectologia que será ministrado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP.

O curso objetiva capacitar enfermeiros para a assistência a portadores de doenças infecciosas e para o desenvolvimento de investigação científica em infectologia.

A taxa de inscrição é de R$ 50,00. A EERP fica na Av. Bandeirantes, 3900. Campus da USP de Ribeirão Preto.

Mais informações : (0XX16) 602-3444/3398

Corpo e Movimento é tema de curso no IP

De 29 de julho a 8 de agosto, o Instituto de Psicologia da USP (IP) estará com inscrições abertas para o curso Corpo e Movimento: Taichi/ Gestalt e Relaxamento. Destinado a profissionais das áreas de Saúde, Eeducação e Artes, o curso visa refletir sobre o trabalho corporal como abordagem terapêutica, focalizando os conceitos básicos e as práticas de dois métodos corporais: o Relaxamento e o Taichi sob uma perspectiva da Gestalt Terapia.

O período de duração do curso é de 9 de agosto a 8 de novembro. O valor é de três parcelas de R$ 80,00.

O IP fica na Av. Prof. Mello Moraes, 1721 Bloco D, na Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações: (0XX11) 3091-4172

Mesa-redonda sobre arte concreta paulista

Nesta quinta-feira (20), às 20 horas, no Centro Universitário Maria Antonia (Ceuma) da USP, acontece a mesa-redonda Arte Concreta e Design, com a participação do artista Antonio Maluf, da curadora Regina Teixeira de Barros e do professor e especialista em design Roberto Conduru. O evento será realizado no Salão Nobre do terceiro andar do Ceuma. Rua Maria Antonia, 294 Vila Buarque São Paulo. A Entrada é gratuita.

Mais informações : (0XX11) 3255-7182


Teses e Dissertações


Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos

Mestrado

- Diferentes recursos de climatização e sua influência na produção de leite, na termorregulação dos animais e no investimento das instalações. Luciane Silva Martello. Dia 24, às 14 horas.

Mais informações: (0XX19) 3565-4211

Escola de Engenharia de São Carlos

Mestrado

- Um novo método para medidas de gotas de chuva com técnicas do processamento digital de imagens. Ana Cláudia Martinez. Dia 24, às 14 horas.

- Contribuição para a definição de critérios para o dimensionamento da ligação entre peças de madeira por chapas metálicas com dentes estampados. Johnny Soares de Carvalho. Dia 21, às 13h30.

- Espaços arquitetônicos de alta tecnologia: os edifícios inteligentes. Raissa Pereira Alves. Dia 27, às 9 horas.

Doutorado

- Arquitetura para gerenciamento de conhecimentos explícitos sobre o processo de desenvolvimento de produto. Daniel Capaldo Amaral. Dia 20, às 14 horas.

Mais informações: (0XX16) 273-9235

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade

Mestrado

- Características patrimoniais e de resultados das empresas que compõe o índice NASDAQ-100. Márcio Marcelo Belli. Dia 26, às 14h30.

Mais informações: (0XX11) 3091-5811



Agência USP de Notícias - Divisão de Informação, Documentação e Serviços Online
Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, nº 374, conj. 244, São Paulo - SP.
Tel.(0xx11) 3091-4411/3091-4691 - Fax: (0xx11) 3091-4476/3091-4689
Home Page: http://www.usp.br/agenciausp
E-mail:
agenusp@edu.usp.br
Diretora da Divisão: Leandra Rajczuk (Mtb 26.915) lerajmar@usp.br
Diretor da Agência: Antonio Carlos Quinto (Mtb 15.949) acquinto@usp.br
Repórteres: Ivanir Ferreira ivanir@usp.br, Júlio Bernardes jubern@usp.br e Valéria Dias valdias@usp.br
Estagiários: Cauê Muraro caueagen@usp.br, Juliana Kiyomura Moreno, Marcelo Gutierres msg@usp.br, Olavo Soares e Pedro Biava