Destaques
Batiusp é o único batiscafo do Brasil
produzido em uma Universidade
Olavo Soares
Em julho de 1979, pesquisadores do Instituto Oceanográfico
(IO) da USP e da Lamont Doherty Gelogical Laboratory da Universidade
de Columbia, EUA, desenvolviam pesquisas nos Rochedos de São
Pedro e São Paulo, localizados a cerca de mil quilômetros
da costa brasileira. O objetivo era estudar as correntes equatoriais.
Para isso, foram instalados marégrafos (aparelhos que, colocados
sob bóias localizadas na superfície, mediam o nível
do mar) nos rochedos e em um "monte submarino", na parte
Oeste do Atlantico, próximo à linha do Equador Terrestre,
em frente à cidade de São Luiz do Maranhão.
Mas, por um acidente, no instante da sua recuperação
os aparelhos se desprenderam das bóias e caíram no fundo
do mar, há aproximadamente 100 metros da superfície.
Havia a necessidade de recuperá-los.
Essa foi a motivação inicial para a criação
do Batiusp, o primeiro batiscafo construído no Brasil
e o único, até hoje, a ser produzido por uma universidade.
Somente esta cápsula de aço, capaz de conservar a pressão
adequada e condições de vida, ligada a um navio por
um cabo eletromecânico - que garantia a comunicação
telefônica com a USP - poderia resgatar os marégrafos,
já que a área tinha uma grande quantidade de tubarões.
Seguiu-se a isso quase um ano de testes para que, no início
de 1980, o Batiusp já pudesse ser utilizado. "Naquele
momento, a indústria nacional não sabia como produzir
um batiscafo. O equipamento funcionou como um 'Ovo de Colombo'",
comenta o professor Afrânio Mesquita, coordenador do projeto.
A criação do Batiusp ficou a cargo, além
de Mesquita, de Paulo Mancuso Tupinambá e José Mário
Conceição de Souza, na época alunos do IO.
O equipamento teve sua eficácia comprovada, sendo utilizado
em diversas ocasiões - mesmo sem recuperar os marégrafos
de São Pedro e São Paulo. O Batiusp serviu para
facilitar o uso de investigações no fundo do mar, já
que, tripulado, podia descer a uma profundidade de até 100
metros.
Repercussão nacional
A iniciativa motivou a indústria nacional - a FINEP "abraçou
o projeto", aponta o professor. "Na época, estavam
acontecendo as primeiras descobertas de petróleo no mar, como
as da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e havia grande interesse
por parte da Petrobrás nesse tipo de desenvolvimento",
conta o professor. A Marinha do Brasil, segundo ele, também
demonstrou interesse. "Naquele momento, os interesses se juntaram.
Posteriormente ao Batiusp, a tecnologia náutica nacional
teve uma série de avanços, já que havia uma série
de informações já obtidas", explica. Os
alunos que desenvolveram o batiscafo seguiram para a indústria
náutica: Souza ingressou na Petrobrás, enquanto Tupinambá
criou a CONSUB, empresa destinada à construção
de equipamentos para pesquisas no mar.
Para o professor, aquele foi um dos momentos interessantes da sua
carreira como docente da USP. "Produzimos aqui, no IO, um equipamento
que teve repercussão nacional. A Universidade nos paga salário
para darmos aula e atendermos a sua parte administrativa; os restantes
são pagos àqueles que, além do mais, são
vocacionados a exercer livremente atividades de pesquisa e as do ócio
de pensar a fronteira do conhecimento. Guardadas as devidas proporções
e, em nível local, o desenvolvimento do Batiusp foi
um exemplo de atividade universitária bem sucedida daquela
ocasião", recorda.
Mais informações: (0XX11) 3091-6564
Cursos e Palestras
Criança, Adolescente e Mídia
Pesquisadores da Escola de Comunicações e
Artes (ECA) e o Instituto de Psicologia (IP) da USP participam, de
9 a 11 de dezembro, do seminário TVQ - Criança, Adolescente
e Mídia, que será realizado no SESC Vila Mariana.
Dentre os temas debatidos, estarão A criança e o
adolescente como assunto da mídia, A criança
e o adolescente como produtores de mídia e A criança
e o adolescente como consumidores de mídia.
As inscrições podem ser feitas até o dia de início
dos eventos, com o preço de R$ 18,00 para trabalhadores do
comércio e serviços matriculados no SESC, R$ 30,00 para
professores, estudantes e aposentados, R$ 45,00 para usuários
SESC matriculados e R$ 60,00 para o público geral.
O SESC Vila Mariana fica na Rua Pelotas, 141, Vila Mariana, São
Paulo.
Mais informações: (0XX11) 3864-1239
Debate sobre estresse na FE
A Faculdade de Educação (FE) da USP será
sede, no dia 11, do "happy hour" Estresse: O que é,
onde está e como enfrentá-lo. A idéia do
evento é reunir pais e adolescentes com pesquisadores especialistas
no tema, e debatê-lo.
O encontro acontecerá às 18 horas, na FE, que fica na
Av. da Universidade, travessa 11, 220, Cidade Universitária,
São Paulo. A participação é gratuita,
mas há necessidade de inscrição prévia.
Mais informações: (0XX11) 3091-3056
Encontro dos comitês de ética em pesquisa
Na próxima terça-feira (9), às 8 horas,
será realizado o I Encontro dos comitês de ética
em pesquisa da Universidade de São Paulo, no Hospital Universitário
da USP. Na programação constam a mesa-redonda "Princípios
da Bioética aplicados à Pesquisa envolvendo Seres Humanos"
e a apresentação do painel "Responsabilidade Ética
do Pesquisador, da Instituição, do Patrocinador e do
CEP".
Todos os interessados podem se inscrever até esta sexta-feira
(5), por telefone, gratuitamente. O HU fica na Av. Prof. Lineu Prestes,
2565, Cidade Universitária, São Paulo.
Mais informações: (0XX11) 3039-9457
Situações de Risco
No próximo sábado (6), a Faculdade de Medicina
(FM) da USP promove o I Encontro sobre Atenção às
Situações de Risco e Suporte Básico de Vida.
A atividade é gratuita, sem necessidade de inscrição
prévia, e adequada a esta época de férias e verão.
Com ela, pretende-se orientar os interessados sobre situações
de risco (queimaduras, convulsão e fraturas) e primeiros socorros,
além da importância da prevenção e tratamento
inicial da parada cardíaca. O evento será realizado
no Centro de Convenções Rebouças, Rua Dr. Enéas
de Carvalho Aguiar, 23, São Paulo.
Mais informações: (0XX11) 9774- 5076, com o professor
Fernando Pereira Leitão
Teses e Dissertações
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Doutorado
Hidrólise contínua de sacarose em um reator enzimático
com membrana. Adriana Celia Lucarini. Dia 8, às 9 horas.
Mais informações: (0XX11) 3091-3665
Escola de Enfermagem
Doutorado
Profissionalização da enfermagem brasileira: o pioneirismo
da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (1890 - 1920). Almerinda
Moreira. Dia 10, ás 13 horas.
Barreira microbiana das máscaras cirúrgicas descartáveis
segundo o seu tempo de utilização. Maria Helena
Barbosa. Dia 11, às 9 horas.
Mais informações: (0XX11) 3066-7533
Escola Politécnica
Mestrado
Resistência à cavitação de um aço
inoxidável austenítico AISL 304L nitretado em alta temperatura
sob atmostera gasosa. José Francisco dos Santos. Dia 11,
às 14h30.
Sistema para o gerenciameto de imóvesi e ocupação
das faixas de linhas de trasnmisão utiliando dados georreferenciados
e de sensoriamento remoto. Maurício George Miguel Jardini.
Dia 11, às 9 horas.
Mais informações: (0XX11) 3091-5443
Instituto de Ciências Biomédicas
Mestrado
Pesquisa de anticorpos IgA do colostro humano reativos com fatores
de virulência de Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC).
Simône Corrêa da Silva. Dia 11, às 10 horas.
Mais informações: (0XX11) 3091-7277
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Mestrado
Contribuição para estruturação de modelo
de informações para empresas operadoras de planos de
saúde: um enfoque de gestão econômica. Josemar
Ribeiro de Oliveira. Dia 11, às 9 horas.
Proposta de uma matriz curricular para o curso de ciências
contábeis na grande Florianópolis. Onei Tadeu Dutra.
Dia 11, às 14 horas.
Mais informações: (0XX11) 3091-5862
|
|