Destaques
Estrutura de telhas e caixas d'água é reforçada com a injeção
de fibras vegetais
Francisco Angelo
Telhas e caixas d'água produzidas com resíduos de fibras vegetais.
Esses são os primeiros materiais já presentes no mercado brasileiro
e que utilizam a tecnologia do fibrocimento, desenvolvida desde 2001
no Departamento de Zootecnia da Faculdade de Zootecnia e Engenharia
de Alimentos (FZEA) de Pirassununga, em parceria com o Departamento
de Construção Civil da Escola Politécnica, ambos da USP. Os estudos,
que vêm sendo coordenados pelo professor da FZEA, Holmer Savastano
Júnior, pretendem oferecer soluções alternativas aos materiais de
construção produzidos com amianto, produto suspeito de ser cancerígeno,
e também oferecer às populações de baixa renda materiais com preços
acessíveis.
São usadas fibras vegetais de madeiras, como pinho e eucalipto, e
de não-madeiras, como sisal, bananeira e coco, empregadas principalmente
no reforço dos materiais cimentícios. "As fibras são ideais para isso,
principalmente nas chamadas primeiras idades, em que esses materiais
estão mais sujeitos a quebras", explica Holmer, para quem o fato de
vivermos em um país tropical ajuda na abundância da matéria-prima.
Outros tipos de biomassa também estão sendo estudados para futuro
uso como substitutos do cimento Portland convencional, como a escória
de alto-forno e cinzas de casca de arroz e de bagaço de cana-de-açúcar.
O bom desempenho do fibrocimento superou um problema verificado nos
primeiros testes. Com o passar do tempo, observou-se que as fibras
vegetais passam a sofrer ataque da própria matriz de cimento (meio
alcalino) em presença de água, fazendo com que o material fosse perdendo
a sua capacidade de reforço gradativamente. Para isso, foi feita uma
combinação de fibras vegetais com fibras plásticas, que se mostrou
"muito interessante", nas palavras do pesquisador. Holmer explica
que o reforço das fibras representou uma melhoria significativa do
desempenho mecânico e da durabilidade destes materiais. "As telhas
suportam melhor cargas dinâmicas, como uma chuva de granizo, por exemplo",
explica.
Produto versátil
Duas empresas, a Imbralit, de Criciúma (SC) e a Permatex / Infibra,
de Leme (SP), se interessaram pelo projeto e firmaram uma parceria
com a FZEA e a Poli. Desde então vêm desenvolvendo e adaptando uma
tecnologia européia de produção de telhas onduladas sem amianto. "A
tarefa é complexa, porque não é somente mudar o equipamento, e sim
toda a infra-estrutura da fábrica", diz. Embora os novos produtos
sejam em média 20% mais caros que os similares já existentes, a idéia
é de que a otimização do material para os usos já existentes (telhas
e caixas d'água) e sua melhor adaptação ao mercado e ao clima, resulte
no conseqüente barateamento dos preços ao consumidor final.
Ainda segundo Holmer, o trabalho com as firmas também exige respostas
em curto prazo. "A empresa se preocupa em expandir o material para
outros produtos, que dê certo e se solidifique no mercado". O professor
crê que isso seja questão de tempo, já que o fibrocimento tem se mostrado
um produto extremamente versátil, com diferenciado número de aplicações.
"Com o tempo, a intenção é utilizar as formulações sem amianto em
outros tipos de componentes construtivos, como divisórias, painéis,
forros e pisos."
Mais informações: (0XX19) 3565-4153 ou pelo e-mail holmersj@usp.br
Centros de pesquisa recrutam voluntárias
para estudos com o adesivo anticoncepcional
Maurício Kanno
O professor Rui Ferriani, da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto (FMRP) da USP, coordena uma pesquisa sobre a aceitação
do adesivo anticoncepcional, lançado em maio deste ano no Brasil.
Estão envolvidos 20 centros de pesquisa em todo o País,
em parceria com a empresa fabricante do produto, a Janssen-Cilag,
da Johnson & Johnson. Devem participar 500 voluntárias,
que serão acompanhadas por seis meses usando o adesivo.
"Funciona da mesma forma que a pílula, mas há a
vantagem de que não é preciso se lembrar de tomar um
comprimido todo dia, mas trocar o adesivo semanalmente. O esquecimento
faz o risco de gravidez teórico de 0,7 % subir para 5 % na
prática", diz o professor. Um problema seria o do descolamento,
mas Ferriani diz que pesquisas nos Estados Unidos demonstraram que
isso ocorre em menos de 4 % dos casos. "Mesmo assim, é
bom checar como isso fica no Brasil, onde o clima é mais quente
e as pessoas nadam mais".
Outra vantagem do adesivo é que ele lança os hormônios
diretamente na corrente sangüínea, ao invés de
passar pelo fígado - caso da pílula - , o que evita
efeitos colaterais ainda indeterminados na pressão arterial
e na reposição hormonal, de acordo com o professor.
"E a usuária não sente nada", completa.
"Vamos checar os possíveis efeitos colaterais, a aceitação
do produto, além da própria ocorrência de gravidez",
diz Ferriani. As pesquisas estão em diferentes fases, dependendo
dos centros; em Ribeirão Preto, a fase de recrutamento deve
acabar em fevereiro, terminando todo o processo em meados do ano que
vem.
Segurança
"O produto já passou por testes técnicos suficientes
de eficácia, e o mecanismo é semelhante para todas as
mulheres", diz Rodrigo San Martin, gerente de franquia da linha
feminina da Janssen. "A questão principal é a aceitação
do método, pois há diferenças culturais, como
a de que as mulheres no Brasil vestem menos roupa que nos Estados
Unidos; e verificar se a brasileira utilizaria o adesivo com mais
eficácia, por exemplo", explica ele.
Os testes de lançamento incluíram até mesmo mulheres
em regiões mais quentes, como a Califórnia, e em saunas,
com resultados satisfatórios, segundo San Martin. "O Brasil
foi o primeiro país depois dos Estados Unidos onde se lançou
o adesivo, com a devida aprovação da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) após o envio
dos estudos."
Quem quiser ser voluntária para o projeto pode se informar
na central de atendimento da Janssen-Cilag sobre os centros de pesquisa
no Brasil, espalhados por todas as regiões. O telefone é
0800-7011851.
Mais informações: raferria@terra.com.br,
com o professor Rui Ferriani, ou (0XX11) 5571-1088, na assessoria
de imprensa da Janssen-Cilag
Cursos e Palestras
Curso de francês nas férias
O Departamento de Línguas Modernas da Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP realizará,
durante as férias, um curso de Francês para o Nível
Intermediário. O curso acontece no período entre
19 de janeiro e 6 de fevereiro, de segunda a quinta-feira, em dois
horários: das 14 às 16 horas ou das 19 às 21
horas.
As inscrições estarão abertas nos dias 12 a 16
de janeiro, e devem ser feitas no Serviço de Cultura e Extensão
Universitária, no prédio da Administração
da FFLCH, à R. do Lago, 717, sala 126, Cidade Universitária,
São Paulo. Para alunos de graduação e pós
em francês (da FFLCH), professores da rede pública e
maiores de 60 anos o custo é de R$100,00. Alunos da FFLCH pagam
R$180,00, e os demais interessados, R$200,00.
A FFLCH fica na rua do Lago, nº 717, Cidade Universitária, São Paulo.
Mais informações: (0XX11) 3091-4645
Biologia e Astronomia em São Carlos
O Centro de Divulgação Científica e
Cultural (CDCC) da USP vai realizar em São Carlos minicursos
de Biologia e Astronomia durante as férias de 2004, direcionados
a diversas faixas etárias. Os cursos de Biologia incluem Genética,
Zoologia e Botânica, voltados a alunos do Ensino Médio,
com 30 vagas por curso. O bloco de Astronomia conta com Astrobiologia
(25 vagas) e Astrofotografia (15 vagas), que são
destinados a pessoas com mais de 15 anos, e Introdução
à Astronomia (25 vagas), para pessoas que já tenham
cursado pelo menos a 4ª série do Ensino Fundamental.
As inscrições para os cursos de Biologia já estão
abertas - com exceção do curso de Zoologia, cujas inscrições
vão até o dia 16 -, elas podem ser feitas até
o fim de janeiro. As inscrições para o bloco de Astronomia
começam todas no dia 5 de janeiro, estendendo-se até
o início dos cursos, todos gratuitos.
O CDCC fica na Rua 9 de julho, 1227, São Carlos.
Mais informações: (0XX16) 273-9191/9772
Educação física para adultos
A Escola de Educação Física (EEFE)
da USP está com inscrições abertas até
o dia 21 de janeiro para cursos de natação e condicionamento
físico de adultos. As atividades são oferecidas para
a comunidade interna e externa, mediante o pagamento de uma taxa específica.
Segue abaixo a programação:
Condicionamento físico: Voltada para o público
de 20 a 59 anos, as atividades ocorrerão às segundas
e quartas-feiras, ou às terças e quintas-feiras, com
duração média de uma hora e meia por aula. As
atividades vão de 2 de fevereiro a 30 de junho. O curso custa
R$ 180,00.
Caminhada e reestruturação corporal: Também
para pessoas de 20 a 59 anos, aulas dadas às terças
e quintas-feiras. Horário de aulas ainda a confirmar. Preço:
R$ 65,00.
Condicionamento físico e natação para portadores
de asma: duas aulas semanais (às terças equintas-feiras,
das 7h15 às 8h45). A taxa é de R$ 160,00. Os interessados
deverão ligar para marcar teste de espirometria a partir de
5 de janeiro, as atividades vão de março a junho de
2004.
Educação física para idosos a partir dos 60 anos:
Com duas aulas semanais de uma hora e meia de duração
cada, aulas de feveriro a junho. Valor: R$ 55,00.
Natação inclusiva para portadores de deficiência
física, auditiva e visual: O valor para duas aulas por
semana é de R$ 140,00 e uma vez 120,00. Aulas de março
a junho, mas as triagens serão feitas durante todo o mês
de fevereiro.
Todas as inscrições deverão ser feitas na EEFE,
Av. Professor Mello Moraes, 65, Cidade Universitária, São
Paulo.
Mais informações: (0XX11) 3091-3182/2121 ou pelo
site http://www.usp.br/eef/cursos
Teses e Dissertações
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão
Preto
Mestrado
Comportamento exploratório de bebês pré-termo
e muito baixo peso diferenciados quanto ao risco no desenvolvimento,
em situação de brincar com e sem a mediação
materna. Daniela Vincci Lopes. Dia 26 de janeiro, às 14
horas.
Representações sobre o vírus da imunodeficiência
humana (HIV) aids por homens de casais soroconcordantes positivos.
Natália Maria Terenzi. Dia 29 de janeiro, às 14 horas.
Doutorado
Os efeitos da desnutrição protéica sobre a
ontogênese de comportamentos de interação social.
Lucilla Maria Moreira Camargo. Dia 29 de janeiro, às 14 horas.
Secreção epidérmica de Alouatta guariba
clamitans (Primates: Atelidae). Zelinda Maria Braga Hirano.
Dia 30 de janeiro, às 14 horas.
Influência do tamanho da célula e a idade do favo
de cria de Apis mellifera sobre a biologia das abelhas africanizadas
e sobre a infestação com o ácaro Varroa destructor.
Giancarlo Antonio Piccirillo Yapalucci. Dia 6 de fevereiro, às
14 horas.
Efeitos da Apomorfina e Clozapina no medo condicionado e inibição
latente. Sueli Aparecida Masson. Dia 6 de fevereiro, às
14 horas.
Mais informações: (0XX16) 602-3675/3681
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