São Paulo, 22/12/2003 - Boletim nº1342
USP 70 anos
Cimento com fibras vegetais pode substituir amianto na construção civil
Aperfeiçoamento do material desenvolvido
na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de
Alimentos da USP também pode baratear
telhas e caixas d'água
leia...
FMRP coordena pesquisa
com o adesivo anticoncepcional
FFLCH abre inscrições para
curso de Francês

       
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Destaques


Estrutura de telhas e caixas d'água é reforçada com a injeção de fibras vegetais

Francisco Angelo

Telhas e caixas d'água produzidas com resíduos de fibras vegetais. Esses são os primeiros materiais já presentes no mercado brasileiro e que utilizam a tecnologia do fibrocimento, desenvolvida desde 2001 no Departamento de Zootecnia da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) de Pirassununga, em parceria com o Departamento de Construção Civil da Escola Politécnica, ambos da USP. Os estudos, que vêm sendo coordenados pelo professor da FZEA, Holmer Savastano Júnior, pretendem oferecer soluções alternativas aos materiais de construção produzidos com amianto, produto suspeito de ser cancerígeno, e também oferecer às populações de baixa renda materiais com preços acessíveis.

São usadas fibras vegetais de madeiras, como pinho e eucalipto, e de não-madeiras, como sisal, bananeira e coco, empregadas principalmente no reforço dos materiais cimentícios. "As fibras são ideais para isso, principalmente nas chamadas primeiras idades, em que esses materiais estão mais sujeitos a quebras", explica Holmer, para quem o fato de vivermos em um país tropical ajuda na abundância da matéria-prima. Outros tipos de biomassa também estão sendo estudados para futuro uso como substitutos do cimento Portland convencional, como a escória de alto-forno e cinzas de casca de arroz e de bagaço de cana-de-açúcar.

O bom desempenho do fibrocimento superou um problema verificado nos primeiros testes. Com o passar do tempo, observou-se que as fibras vegetais passam a sofrer ataque da própria matriz de cimento (meio alcalino) em presença de água, fazendo com que o material fosse perdendo a sua capacidade de reforço gradativamente. Para isso, foi feita uma combinação de fibras vegetais com fibras plásticas, que se mostrou "muito interessante", nas palavras do pesquisador. Holmer explica que o reforço das fibras representou uma melhoria significativa do desempenho mecânico e da durabilidade destes materiais. "As telhas suportam melhor cargas dinâmicas, como uma chuva de granizo, por exemplo", explica.

Produto versátil
Duas empresas, a Imbralit, de Criciúma (SC) e a Permatex / Infibra, de Leme (SP), se interessaram pelo projeto e firmaram uma parceria com a FZEA e a Poli. Desde então vêm desenvolvendo e adaptando uma tecnologia européia de produção de telhas onduladas sem amianto. "A tarefa é complexa, porque não é somente mudar o equipamento, e sim toda a infra-estrutura da fábrica", diz. Embora os novos produtos sejam em média 20% mais caros que os similares já existentes, a idéia é de que a otimização do material para os usos já existentes (telhas e caixas d'água) e sua melhor adaptação ao mercado e ao clima, resulte no conseqüente barateamento dos preços ao consumidor final.

Ainda segundo Holmer, o trabalho com as firmas também exige respostas em curto prazo. "A empresa se preocupa em expandir o material para outros produtos, que dê certo e se solidifique no mercado". O professor crê que isso seja questão de tempo, já que o fibrocimento tem se mostrado um produto extremamente versátil, com diferenciado número de aplicações. "Com o tempo, a intenção é utilizar as formulações sem amianto em outros tipos de componentes construtivos, como divisórias, painéis, forros e pisos."

Mais informações: (0XX19) 3565-4153 ou pelo e-mail holmersj@usp.br



Centros de pesquisa recrutam voluntárias para estudos com o adesivo anticoncepcional

Maurício Kanno

O professor Rui Ferriani, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, coordena uma pesquisa sobre a aceitação do adesivo anticoncepcional, lançado em maio deste ano no Brasil. Estão envolvidos 20 centros de pesquisa em todo o País, em parceria com a empresa fabricante do produto, a Janssen-Cilag, da Johnson & Johnson. Devem participar 500 voluntárias, que serão acompanhadas por seis meses usando o adesivo.

"Funciona da mesma forma que a pílula, mas há a vantagem de que não é preciso se lembrar de tomar um comprimido todo dia, mas trocar o adesivo semanalmente. O esquecimento faz o risco de gravidez teórico de 0,7 % subir para 5 % na prática", diz o professor. Um problema seria o do descolamento, mas Ferriani diz que pesquisas nos Estados Unidos demonstraram que isso ocorre em menos de 4 % dos casos. "Mesmo assim, é bom checar como isso fica no Brasil, onde o clima é mais quente e as pessoas nadam mais".

Outra vantagem do adesivo é que ele lança os hormônios diretamente na corrente sangüínea, ao invés de passar pelo fígado - caso da pílula - , o que evita efeitos colaterais ainda indeterminados na pressão arterial e na reposição hormonal, de acordo com o professor. "E a usuária não sente nada", completa.

"Vamos checar os possíveis efeitos colaterais, a aceitação do produto, além da própria ocorrência de gravidez", diz Ferriani. As pesquisas estão em diferentes fases, dependendo dos centros; em Ribeirão Preto, a fase de recrutamento deve acabar em fevereiro, terminando todo o processo em meados do ano que vem.

Segurança
"O produto já passou por testes técnicos suficientes de eficácia, e o mecanismo é semelhante para todas as mulheres", diz Rodrigo San Martin, gerente de franquia da linha feminina da Janssen. "A questão principal é a aceitação do método, pois há diferenças culturais, como a de que as mulheres no Brasil vestem menos roupa que nos Estados Unidos; e verificar se a brasileira utilizaria o adesivo com mais eficácia, por exemplo", explica ele.

Os testes de lançamento incluíram até mesmo mulheres em regiões mais quentes, como a Califórnia, e em saunas, com resultados satisfatórios, segundo San Martin. "O Brasil foi o primeiro país depois dos Estados Unidos onde se lançou o adesivo, com a devida aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após o envio dos estudos."

Quem quiser ser voluntária para o projeto pode se informar na central de atendimento da Janssen-Cilag sobre os centros de pesquisa no Brasil, espalhados por todas as regiões. O telefone é 0800-7011851.

Mais informações: raferria@terra.com.br, com o professor Rui Ferriani, ou (0XX11) 5571-1088, na assessoria de imprensa da Janssen-Cilag



Cursos e Palestras

Curso de francês nas férias
O Departamento de Línguas Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP realizará, durante as férias, um curso de Francês para o Nível Intermediário. O curso acontece no período entre 19 de janeiro e 6 de fevereiro, de segunda a quinta-feira, em dois horários: das 14 às 16 horas ou das 19 às 21 horas.

As inscrições estarão abertas nos dias 12 a 16 de janeiro, e devem ser feitas no Serviço de Cultura e Extensão Universitária, no prédio da Administração da FFLCH, à R. do Lago, 717, sala 126, Cidade Universitária, São Paulo. Para alunos de graduação e pós em francês (da FFLCH), professores da rede pública e maiores de 60 anos o custo é de R$100,00. Alunos da FFLCH pagam R$180,00, e os demais interessados, R$200,00.

A FFLCH fica na rua do Lago, nº 717, Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações: (0XX11) 3091-4645


Biologia e Astronomia em São Carlos
O Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP vai realizar em São Carlos minicursos de Biologia e Astronomia durante as férias de 2004, direcionados a diversas faixas etárias. Os cursos de Biologia incluem Genética, Zoologia e Botânica, voltados a alunos do Ensino Médio, com 30 vagas por curso. O bloco de Astronomia conta com Astrobiologia (25 vagas) e Astrofotografia (15 vagas), que são destinados a pessoas com mais de 15 anos, e Introdução à Astronomia (25 vagas), para pessoas que já tenham cursado pelo menos a 4ª série do Ensino Fundamental.

As inscrições para os cursos de Biologia já estão abertas - com exceção do curso de Zoologia, cujas inscrições vão até o dia 16 -, elas podem ser feitas até o fim de janeiro. As inscrições para o bloco de Astronomia começam todas no dia 5 de janeiro, estendendo-se até o início dos cursos, todos gratuitos.

O CDCC fica na Rua 9 de julho, 1227, São Carlos.

Mais informações: (0XX16) 273-9191/9772


Educação física para adultos
A Escola de Educação Física (EEFE) da USP está com inscrições abertas até o dia 21 de janeiro para cursos de natação e condicionamento físico de adultos. As atividades são oferecidas para a comunidade interna e externa, mediante o pagamento de uma taxa específica. Segue abaixo a programação:

Condicionamento físico: Voltada para o público de 20 a 59 anos, as atividades ocorrerão às segundas e quartas-feiras, ou às terças e quintas-feiras, com duração média de uma hora e meia por aula. As atividades vão de 2 de fevereiro a 30 de junho. O curso custa R$ 180,00.

Caminhada e reestruturação corporal: Também para pessoas de 20 a 59 anos, aulas dadas às terças e quintas-feiras. Horário de aulas ainda a confirmar. Preço: R$ 65,00.

Condicionamento físico e natação para portadores de asma: duas aulas semanais (às terças equintas-feiras, das 7h15 às 8h45). A taxa é de R$ 160,00. Os interessados deverão ligar para marcar teste de espirometria a partir de 5 de janeiro, as atividades vão de março a junho de 2004.

Educação física para idosos a partir dos 60 anos
: Com duas aulas semanais de uma hora e meia de duração cada, aulas de feveriro a junho. Valor: R$ 55,00.

Natação inclusiva para portadores de deficiência física, auditiva e visual:
O valor para duas aulas por semana é de R$ 140,00 e uma vez 120,00. Aulas de março a junho, mas as triagens serão feitas durante todo o mês de fevereiro.

Todas as inscrições deverão ser feitas na EEFE, Av. Professor Mello Moraes, 65, Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações: (0XX11) 3091-3182/2121 ou pelo site http://www.usp.br/eef/cursos



Teses e Dissertações

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto

Mestrado

Comportamento exploratório de bebês pré-termo e muito baixo peso diferenciados quanto ao risco no desenvolvimento, em situação de brincar com e sem a mediação materna. Daniela Vincci Lopes. Dia 26 de janeiro, às 14 horas.

Representações sobre o vírus da imunodeficiência humana (HIV) aids por homens de casais soroconcordantes positivos. Natália Maria Terenzi. Dia 29 de janeiro, às 14 horas.

Doutorado

Os efeitos da desnutrição protéica sobre a ontogênese de comportamentos de interação social. Lucilla Maria Moreira Camargo. Dia 29 de janeiro, às 14 horas.

Secreção epidérmica de Alouatta guariba clamitans (Primates: Atelidae). Zelinda Maria Braga Hirano. Dia 30 de janeiro, às 14 horas.

Influência do tamanho da célula e a idade do favo de cria de Apis mellifera sobre a biologia das abelhas africanizadas e sobre a infestação com o ácaro Varroa destructor. Giancarlo Antonio Piccirillo Yapalucci. Dia 6 de fevereiro, às 14 horas.

Efeitos da Apomorfina e Clozapina no medo condicionado e inibição latente. Sueli Aparecida Masson. Dia 6 de fevereiro, às 14 horas.

Mais informações: (0XX16) 602-3675/3681




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