São Paulo, 23/05/2005 - Boletim nº1632
educação
Jogos digitais podem ser
instrumentos de aprendizagem

Pesquisa apresentada à ECA
aponta a necessidade de se inserir,
no ambiente escolar, elementos
do universo lúdico infantil
leia...
Técnica substitui peeling
nas cirurgias oftalmológicas
Mulheres, reclusão e exibição
é tema de ciclo de palestras

       
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Destaques

Educadores ainda são resistentes ao uso de mídias em sala de aula

Flávia Souza

Ao contrário do que muitas vezes se pensa, a criança não é um ser passivo frente às seduções da mídia. "Ao assistir TV ou navegar na Internet, por exemplo, a criança tem uma postura ativa. Ela 'ressiginifica' os conteúdos a partir de seu momento, de seus interesses e vivências", diz o educador Claudemir Edson Viana, pesquisador do Laboratório de Pesquisa sobre Criança, Imaginário e Televisão (Lapic), da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Para ele, é um equívoco considerar a criança como uma "folha em branco" que apenas recebe informações e estímulos.

Viana é autor de uma tese de doutorado que analisou as relações entre aprendizagem infantil e jogos digitais. Segundo ele, é necessário que a escola quebre preconceitos e introduza a abordagem desses jogos em sala de aula. "Não se trata de substituir a escola ou o educador. O que se propõe é que o adulto se dedique mais à compreensão do universo infantil", sugere.

O pesquisador entrevistou 30 crianças com idade entre 8 e 10 anos, estudantes de uma escola de classe média paulistana. Num primeiro momento, Viana identificou os jogos digitais on-line (disponíveis na Internet) preferidos dos estudantes. Em seguida, dedicou-se a "conhecer os jogos" e, numa segunda entrevista, fez questionamentos mais elaborados.

A pesquisa verificou que a escolha dos jogos costuma reproduzir o que ocorre em outras brincadeiras. "A essência do jogo continua a mesma, com a presença de competição, esportes e histórias. Também há uma diferença entre os gêneros. Meninos preferem jogos de luta e estratégia, enquanto as meninas optam por sites de bonecas, pintar e colorir", conta Viana.

Ele explica que a configuração icônica da Internet permite o rápido aprendizado infantil. Um dos sites apontados pelos estudantes era inteiramente em Inglês. "As crianças disseram que 'iam tentando' até encontrar alguma coisa interessante e descobrir os comandos. É um aprendizado por tentativa e erro", explica o educador, que aponta uma outra constatação interessante: as crianças ressentem a baixa participação dos adultos nessas brincadeiras.

"O adulto ainda é muito resistente às possibilidades lúdicas e educativas dos jogos digitais, seja por desconhecimento, seja pela ânsia em manter uma determinada relação de poder", destaca. Viana conta que chegou a utilizar, em aulas de História, um jogo de xadrez para computador. As personagens - bispo, rei, peão, rainha - eram muito bem caracterizados por meio de imagens, sons e animações. "Utilizei o jogo em minhas aulas sobre a Idade Média, e as crianças aprovaram ", relata. Entretanto, a inserção desses elementos na escola costuma ser tolhido pela sistematização das apostilas, geralmente tomada como prioridade pelos coordenadores.

O pesquisador defende que os cursos de pedagogia e licenciatura abordem as possibilidades do uso de mídias em sala de aula. "Há preconceito na própria universidade em que se formam os profissionais da educação", declara. "Muitos professores hesitam em utilizar esses recursos não por os considerar inadequados, mas por falta de embasamento teórico."

Mas o computador e a internet não eliminaram as chamadas brincadeiras tradicionais. "As crianças ainda praticam esportes, brincam de pega-pega e esconde-esconde", garante o educador. O que se verifica é que as características atuais do ambiente urbano modificaram as "formas de brincar". Hoje, com a violência, a criança passa a maior parte do tempo em casa e, naturalmente, adapta suas brincadeiras a essa nova condição.

Mais informações: (0XX11) 3091-4317, no Lapic; e-mail lapic@usp.br ou cviana@uol.com.br

Imagem: Marcos Santos




Técnica inédita de cirurgia substitui peeling no processo de cicatrização

Da Redação, Agência USP

Uma técnica inédita de cirurgia para reabilitação dos deslocamentos de retina substitui a retirada da pele danificada (peeling) no processo de cicatrização. A diatermia intra-ocular, idealizada pelo oftalmologista Rubens Camargo Siqueira, do Hospital de Olhos de São José de Rio Preto (SP), foi desenvolvida com os médicos Rodrigo Jorge, do Serviço de Retina e Vítreo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, e Cláudio Dalloul.

A pesquisa obteve o prêmio de Melhor Trabalho do Congresso Brasileiro de Retina e Vítreo de 2005, em evento realizado nos últimos dias 14 e 16 de abril, em Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro. A diatermia foi introduzida com sucesso no HC de Ribeirão Preto como uma variante das técnicas cirúrgicas que desfazem cicatrizes decorrentes dos deslocamentos da retina.

De acordo com Rodrigo Jorge, a diatermia é uma aplicação terapêutica da eletricidade, com base no desenvolvimento do calor, emitindo calor suficiente para coagular ou destruir um tecido. "A endodiatermia provoca o aquecimento do local através de um instrumento conectado na corrente elétrica", explica. "O calor ocasionado coagula o tecido e desfaz a cicatriz com mais rapidez que o peeling, no qual a pele danificada é retirada com instrumentos cirúrgicos".

Com o estudo sobre diatermia, o Serviço de Retina e Vítreo do HC foi premiado pela terceira vez no Congresso Brasileiro de Retina e Vítreo. Em 2004, o serviço obteve o prêmio de melhor trabalho apresentado em pôster com o estudo dos implantes biodegradáveis de dexametasona para a cura de doença inflamatória crônica no olho e em 2003, pela Terapia Fotodinâmica com Indocianina Verde Modificada. As premiações pela diatermia intra-ocular e os implantes biodegradáveis são resultantes de pesquisas feitas em parceria pelos médicos Rodrigo Jorge e Rubens Camargo Siqueira..

Com informações da Assessoria de Imprensa do Hospital das Clínicas da FMRP

Mais informações: (0XX16) 602-2612 / 2843




Cursos e Palestras

Ciclo de palestras Imagens do feminino
O Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP realizará entre os dias 31 de maio e 16 de junho o ciclo de palestras Imagens do feminino - Entre a reclusão e a exibição. As palestras acontecerão sempre às terças e quintas-feiras, com início às 19 horas.

O evento reunirá profissionais de diversas áreas do conhecimento que refletem sobre a questão do feminino. Os temas em discussão remetem aos conteúdos e propostas da exposição Imagens do Feminino.

Alguns dos tópicos abordados serão Mulheres e práticas culturais, Mulheres e reclusão, Mulheres e exibição de si e Mulheres e mundos do trabalho. A página http://www.mp.usp.br/img_feminino.htm traz detalhes da programação.

Os interessados em assistir às palestras devem efetuar inscrição pessoalmente no CPC (R. Major Diogo, 353, na Bela Vista, em São Paulo). É cobrada uma taxa de R$10,00 por palestra, ou R$50,00 pelo ciclo completo.

Mais informações: (0XX11) 3106-3562; e-mail cpcpublic@usp.br


Docência da universidade é tema de seminário no IF
Na próxima terça-feira (24), às 16 horas, será realizado no Instituto de Física (IF) da USP o seminário Docência na Universidade, com a professora Selma Garrido Pimenta, da Faculdade de Educação (FE) da USP.

Será discutida a problemática profissional do professor do ensino superior, tanto no que se refere à identidade, sobre o que é ser professor, quanto no que se refere à profissão e suas condições.

O seminário acontecerá no Auditório Adma Jafet, no IF (R. do Matão, Trav. R, 187, Cidade Universitária, São Paulo). A entrada é gratuita.

Mais informações: (0XX11) 3091-6701


FE realiza palestra sobre cultura surda
A Faculdade de Educação (FE) da USP oferecerá nesta segunda-feira (23), às 19 horas, a palestra Quem é surdo hoje e cultura surda. Inclusão e importância do preparo do corpo docente. Relato de professores surdos.

O evento, coordenado pelas professoras Edna Antonia de Matos e Rosângela Gaviolli Prieto, acontecerá no auditório da FE (Av. da Universidade, 308, Cidade Universitária, São Paulo). A entrada é gratuita, sem necessidade de inscrição prévia.

Mais informações: (0XX11) 3091-3574; e-mail apoioacad@fe.usp.br


O solo, nossa caixa de Pandora é o próximo tema do Pan-Gnósio
O Ciclo de Conferências Pan-Gnósio, promovido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, tem continuidade na segunda-feira (23), às 16h30. O tema da sexta palestra é O solo, nossa caixa de Pandora e será preferida pelo professor Zilmar Ziller Marcs, docente aposentado do departamento de Solos e Nutrição de Plantas e atual presidente da Associação dos Docentes Aposentados da Esalq.

Com o objetivo de apresentar o histórico, a importância e as peculiaridades de temas científicos, sob o aspecto de vários campos do conhecimento, o Panorama Amplo de Campos do Conhecimento (Pan-Gnósio) é focado por meio da competência constituída pela Esalq, por meio da Associação dos Docentes Aposentados (Adae). A realização é do Serviço de Cultura e Extensão Universitária da Escola.

O evento, que acontece no Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais, da Esalq (Av. Pádua Dias, 11, Piracicaba), é gratuito e aberto à comunidade em geral.

Mais informações: (0XX19) 3429-4339


Professor Wolfgang Bock ministra conferência na FFLCH
O professor Wolfgang Bock, da Bauhaus Universitaet Weimar, vai ministrar na próxima terça-feira (24), na sala 232 do prédio da Faculdade de Letras da USP (Av. Professor Luciano Gualberto, 403, Cidade Universitária, São Paulo), a conferência Vom Ort Der Zeit: Zum Verhael Tnis Von Nahraum und Fernraum Bei Walter Benjamin.

A conferência acontecerá às 16h10 e será ministrada em alemão, com resumos em inglês. Os interessados em assistir à conferência devem entrar em contato com os responsáveis pelo telefone (0XX11) 3091-5041.

Mais informações: (0XX11) 3091-5041




Publicações

Livro aborda conservação de remanescentes de cerrado
Acontece no próximo dia 31, na Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, a noite de autógrafos do livro Viabilidade de Conservação dos Remanescentes de Cerrado no Estado de São Paulo (Ed. Annablume, 169 págs., R$35,00), organizado pelas professoras Marisa Dantas Bitencourt, do Instituto de Biociências (IB) da USP, e Renata Ramos Mendonça, bióloga com mestrado em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

O livro reúne abordagens de diferentes campos da ciência (cartografia, botânica, sociologia e história) e permite uma análise multidisciplinar do problema da conservação e do manejo do cerrado no Estado de São Paulo.

A obra também traz uma compilação da situação de conservação do cerrado em áreas particulares, usando técnicas de análise de imagens obtidas por satélite, definições claras das diferentes fisionomias, fotos ilustrativas dos principais componentes de sua biodiversidade.

Acompanha o livro um CD-ROM com detalhes do diagnóstico cartográfico das áreas de estudos em todo o Estado, com mapas temáticos oriundos de imagens de satélites, e os anais dos workshops Bases para conservação e uso sustentável das áreas de cerrado do Estado de São Paulo (1995) e Conservação e desenvolvimento sustentado nos fragmentos de cerrado do Estado de São Paulo (2002).

O livro reflete o trabalho de coordenação conduzido por Marisa Dantas Bitencourt em um dos projetos dentro do programa Biota-Fapesp.

Mais informações: (0XX11) 3024-3599; para a imprensa; (0XX11) 9671-9244, com Mara Buckeridge




Quadro de Avisos

FOB realiza primeira defesa de mestrado via satélite
A primeira defesa de dissertação de mestrado via satélite da USP acontecerá na Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) na próxima segunda-feira (23), às 14 horas, no auditório da biblioteca da faculdade.

Serão disponibilizados dois links da Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel): um no campus da USP-Bauru e outro no campus da Universidade do Norte do Paraná (Unopar), em Londrina.

Haverá a presença da pró-reitora de Pós-Graduação da USP, professora Suely Vilela, e do presidente da Comissão de Pós-Graduação da FOB, o professor José Carlos Pereira.
Durante a defesa, as duas examinadoras (professoras Maria Fidela de Lima Navarro, diretora da FOB e orientadora da candidata, e Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado) e a candidata, Ticiane Cestari Fagundes, estarão no campus de Bauru, enquanto a terceira examinadora, professora Daniela Gigo Cefaly, do departamento de Dentística da Unopar, estará em Londrina-PR.

Para a professora Maria Aparecida, da FOB, esta modalidade de defesa é um importante passo para uma maior interação da USP com universidades e institutos de pesquisa do Brasil e do exterior.

Mais informações: (0XX14) 3235-8385 / 3235-8203 / 8117-9953, com Marianne Ramalho (assessora de imprensa)


Comunicado do IGc
O número de telefone do setor de eventos do Instituto de Geociências (IGc) da USP mudou para (0XX11) 3091-3958. A atual responsável chama-se Katerine.




Teses e Dissertações

Escola de Engenharia de São Carlos

Mestrado

Método dos elementos finitos e técnicas de enriquecimento da aproximação aplicados à análise de tubos cilíndricos e cascas esféricas. Gustavo Cabrelli Nirschl. Dia 30, às 14 horas.

Tratamento da vinhaça em reator anaeróbio de leito fluidificado. Elizabeth dos Santos Gaspar Damiano. Dia 30, às 14 horas.

Doutorado

Estudo de pontes de madeira com tabuleiro multicelular protendido. Jorge Luis Nunes de Góes. Dia 30, às 14 horas.

Mais informações: (0XX16) 3373-9250 / 9235


Escola Politécnica

Mestrado

Ambiente de autoria e manipulação tridimensional para educação infantil. Andréia Regina Pereira. Dia 30, às 14 horas.

Estratégia e a internet: estudos de casos em empresas brasileiras. Cláudio Luis Cruz de Oliveira. Dia 30, às 14 horas.

Mais informações: (0XX11) 3091-5443


Instituto de Química de São Carlos

Mestrado

Caracterização de micobactérias por ressonância magnética nuclear (RMN) e por infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). Milena Tsukahara. Dia 30, às 14 horas.

Mais informações: (0XX16) 3373-8036





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