São Paulo, 05/10/2005 - Boletim nº1722
criminalística
Arqueologia baseia método
de investigação criminal

Curso idealizado por arqueólogo do MAE
mostra que utilização de instrumentos
inadequados e imperícia eliminam
evidências criminais
leia...
Teoria da relatividade é tema
de palestras na Estação Ciência
Reitor da USP será homenageado
por vereadores de São Paulo

       
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Destaques

Curso na Academia de Polícia combina arqueologia e criminalística

Charles Nisz

O uso de métodos arqueológicos pode evitar a perda de evidências criminais, fato que ocorre, na maioria das vezes, pela imprudência ao lidar com esses vestígios coletados no local do crime. Na tentativa de resolver esse problema, o arqueólogo Sérgio Monteiro da Silva, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, idealizou um curso de Arqueologia Forense que, desde março deste ano, vem sendo ministrado na Academia de Polícia Civil do Estado de São Paulo. Até o momento, o programa já teve duas turmas e formou mais de 50 profissionais.

"O intuito é aplicar a metodologia arqueológica aos processos de investigação criminal", conta o arqueólogo. Segundo ele, os peritos recolhem as provas mas ignoram outras características no local do crime que poderiam esclarecer os casos, tais como a posição dos ossos, profundidade da cova e processos de degradação, entre outros.

"As escavações são feitas de modo não sistematizado e com instrumentos inadequados", explica Silva, ao ressaltar que este é o foco do curso: implementar a prática de investigação criminalística com o rigor arqueológico.

A idéia tomou forma no Museu do Crime, órgão do qual Sérgio era responsável, entre 1998 e 2003 . O curso tem duração de 40 horas e busca auxílio em outras ciências, como a entomologia - estudo dos insetos - para esclarecer as situações encontradas em campo.

Comumente, ocorre a preservação do local do crime - isolamento - até a chegada dos peritos e outros policiais. A partir daí, os peritos buscam provas que constituam elementos para a solução do caso.

Mas o desconhecimento de ciências forenses não usuais no País - como a arqueologia, entomologia e tafonomia - leva à perda de evidências factuais. Os vestígios são coletados com auxílio de instrumentos nem sempre adequados e levados para exames laboratoriais e perícias.

A arqueologia forense aprimora os exames de corpo de delito nos locais de crime não preservados. Um caso famoso e resolvido que exemplifica a necessidade de implantação deste novo método foi a identificação do cadáver do carrasco nazista Joseph Menguele, por meio de exumação. Detectou-se a ausência de ossos das extremidades das mãos e pés, e só foi possível a identificação por intermédio de outras revisões feitas.

Outros casos significativos que teriam solução mais eficaz seriam o do jornalista Tim Lopes e o das vítimas do maníaco do parque, em São Paulo. O pesquisador afirma que haveria ganho de tempo nas investigações com a utilização da arqueologia forense, já praticada em países europeus e americanos desde o início do século XX. No Brasil, a técnica é inédita.

Eficiência
Ainda que haja ganho de tempo no processo, o propósito do método é aumentar a eficácia e a qualidade das atividades de investigação criminal. Os principais procedimentos dessa técnica são o mapeamento prévio, o estudo da conformação geológica do local do crime e a disposição dos ossos, armas e outros objetos, quando desenterrados.

Essa eficiência é resultado do trabalho das várias áreas do conhecimento na constituição da arqueologia forense. Além das ciências forenses usuais, há auxílio de historiadores, odontólogos e até de artistas para a confecção dos moldes ósseos usados nas reconstruções faciais. Com isso, há uma derrubada de uma visão antiga, baseada apenas em rigor científico (positivista) que predomina atualmente nas investigações policiais.

Mais informações: (0XX11) 3039 3483, com Sérgio Silva

Imagem cedida pelo pesquisador




Cursos e Palestras

Palestras na Estação Ciência apresentam a teoria da relatividade
Professores do Instituto de Física da USP apresentam aos sábados, até o final do mês, palestras sobre temas importantes da Física numa linguagem acessível, na Estação Ciência.

No próximo sábado (8), o professor Manoel Roberto Robilotta apresentará o tema O absoluto, Einstein e a relatividade, às 15 horas. Além de apresentar as bases da teoria da relatividade, suas conseqüências e evidências experimentais, a palestra buscará mostrar de que modo essa teoria mudou a visão do que é e de como se comporta o mundo material.

No dia 15, a professora Marina Nielsen apresentará a palestra Elementar, minha cara partícula, às 15 horas. Serão abordados temas como os constituintes dos átomos: os prótons, nêutrons e elétrons e de outras partículas, como os quarks e os hádrons.

Admirável mundo quântico será a palestra do dia 22, ministrada pelo professor Celso Luiz Lima, às 15 horas. Os temas discutidos serão: conceitos básicos de mecânica quântica, seus impactos na biologia, na química e na tecnologia moderna. E no dia 29, às 15 horas, Emico Okuno apresentará o tema O Projeto Manhatan e os 60 anos de Hiroshima.

A Estação Ciência localiza-se na R. Guaicurus, 1394, Lapa, São Paulo, e funciona de terça a sexta das 8 às 18 horas e aos sábados, domingos e feriados das 13 às 18 horas. O ingresso custa R$2,00.

Mais informações: (0XX11) 3673-7022


I Jornada de Ética em Pesquisa na EEFE
O Comitê de Ética em Pesquisa e a Comissão de Pesquisa da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, com apoio da CNPq, realizão, entre os dias 6 e 7 de outubro, a I Jornada de Ética em Pesquisa. O objetivo do evento é implementar o programa de fortalecimento institucional dos Comitês de Ética em Pesquisa e introduzir conceitos básicos das áreas previstas pela resolução 196/96 e a atualização dos conhecimentos.

A jornada, que é voltada para pesquisadores e profissionais das áreas relacionadas à Educação Física e Esporte, terá início às 10 horas da quinta (6). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone (0XX11) 3091-3097, ou antes do início do evento, a partir das 8h30.

A Jornada acontecerá no auditório da EEFE, que fica na Av. Prof. Mello Moraes, 65, Cidade Universitária, em São Paulo

Mais informações: (0XX11) 3091-3097 ou e-mails luizcrossi@usp.br ou masoares@usp.br


Seminário discute desafios do Oriente e da América Latina
Nos dias 6 e 7 de outubro, a partir das 9 horas, acontece o Seminário Internacional Os Desafios do Mundo Contemporâneo e as Perspectivas do Oriente e América latina. Promovido pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, o seminário discutirá temas como as perspectivas de Oriente e Ocidente para o século XXI, a Ásia e as potência emergentes, os caminhos da América Latina: Neoliberalismo ou Bolivarismo e a hegemonia, o Estado e o trabalho no mundo contemporâneo.

As inscrições podem ser feitas pelo e-mail comunicacaofflch@usp.br e darão direito a um certificado. O Seminário será na Casa da Cultura Japonesa, Av. Prof. Lineu Prestes, 159, Cidade Universitária, em São Paulo.

Mais informações: (0XX11) 3091- 4938


Biologia celular em debate no ICB
Nesta quarta (5), o Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento, do Instituto de Ciência Biomédicas (ICB) da USP, realizará a palestra Melanopsina: seu papel na fotorrecepção, com a professora Ana Maria de Lauro Castrucci.

As palestras seguem nas próximas quartas-feiras, sempre às 13 horas. No dia 19, o tema será Alterações genéticas no câncer da tifóide, com a professora Edna Kimura. E no dia 26 será discutido o Funcionamento interno da FAPESP, com o professor Luiz Eugênio Araújo de Moraes Mello, que é coordenador adjunto da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) na área de ciências da vida.

As palestras serão no ICB (Av. Prof. Lineu Prestes, 1524, Cidade Universitária, em São Paulo), na sala 417, no 4º andar.

Mais informações: (0XX11) 3091-7230


Educação Humanitária é tema de seminário na FMVZ
Nesta quinta (6), o Instituto Nina Rosa - Projetos por amor a vida promove, a partir das 9 horas, na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, um seminário voltado para a educação humanitária e valorização da vida animal.

O evento é dirigido para o público leigo, estudantes e veterinários. Um dos destaques será a palestra A libertação animal depende de suas escolhas, com Nina Rosa, fundadora e presidente do Instituto que leva seu nome.

Já a veterinária Rita de Cássia Garcia, também integrante do Instituto, ministrará as palestras Alternativas ao Uso de Animais no Ensino, apresentando alternativas à vivissecção, prática que promove o uso de animais como cobaias em universidades e laboratórios. Rita apresentará também Disciplina de Bem-estar Animal nas Faculdades de Medicina Veterinária - Projeto WSPA.

Ainda na ocasião, serão exibidos documentários que denunciam maus tratos aos animais na agroindústria.

Os interessados devem enviar seus dados pessoais (nome, endereço, e-mail, telefones e profissão) para o e-mail inr@institutoninarosa.org.br. As inscrições são gratuitas ou 1 quilo de ração para cães, gatos, eqüídeos ou pássaros.

A FMVZ fica na Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, (Prédio Administrativo, 1° andar, Sala 5), Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações: (0XX11) 3091-7676




Publicações

Instituto Central do HC lança guia de fornecedores de medicamentos
O Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP acaba de lançar o Guia de Boas Práticas de Fornecedores de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos. A publicação tem o objetivo de orientar os fornecedores, distribuidores e fabricantes sobre os processos de gestão e promover interação entre as partes.

Em 19 páginas, o guia trata de temas como o processo licitatório, cadastro de materiais, processos de transporte, entrega de produtos, aspectos administrativos, indicadores e resultados de avaliação, entre outros. A publicação pode ser obtida pelo site (publicações) ou, pessoalmente, na Av. Enéas de Carvalho Aguiar, 155, 8º andar, Consolação, São Paulo.

Mais informações: (0XX11) 3069-7879, com Bete Subires (assessoria de imprensa)




Quadro de Avisos

Reitor da USP é homenageado por vereadores em São Paulo
O reitor da USP, Adolpho José Melfi, receberá a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo da Câmara Municipal, nesta quarta (5), às 19 horas. A iniciativa da homenagem partiu do vereador José Aníbal (PSDB), em função da atuação do reitor na universidade.

A cerimônia será realizada no Salão Nobre João Brasil Vita, na Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100, Bela Vista, em São Paulo).

Mais informações: (0XX11) 3091-3220 ou 3091-3300




Teses e Dissertações

Faculdade de Medicina

Doutorado

Avaliação da doença de Alzheimer através da espectroscopia de prótons por ressonância magnética: comparação entre os achados no cíngulo posterior e nos hipocampos. Hae Won Lee. Dia 26, às 9 horas.


Faculdade de Saúde Pública

Mestrado

Relação entre estado nutricional ao nascer e excesso de peso corporal em jovens. Elisabeth Maria Bismarck-Nasr. Dia 11, às 14 horas.

O manejo ambiental no controle de mosquitos vetores (Díptera: Culicidae). Eliane Pizoni Souza. Dia 17, às 14 horas.

Poderia o aleitamento materno reduzir o risco de obesidade em crianças e adolescentes? Renata Scanferla Siqueira. Dia 17, às 9 horas.

Formas jurídicas de contratação médica em duas organizações sociais de saúde. Cristiane Silva Oliveira. Dia 20, às 9 horas.

Doutorado

Homens como agentes comunitários de saúde: Trabalhando cuidados e vivenciando gênero. Rose de Lourdes Azevedo dos Santos. Dia 14, às 14 horas.



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