São Paulo, 28/09/2006 - Boletim nº 1926
saúde
Fisioterapia pode ser eficiente
na fase inicial do Alzheimer

Testes realizados com idosos portadores
da doença mostraram que os exercícios
podem minimizar danos motores e
prolongar independência dos pacientes
leia...
Brasil terá vacina contra
HPV em outubro
Simpósio em Ribeirão Preto
debate saúde e sexualidade

     
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Destaques

Fisioterapia prolonga a independência de idosos com Alzheimer e retarda progressão da doença

Marina Almeida

Pacientes com Alzheimer deveriam fazer fisioterapia desde o início do diagnóstico. A recomendação é da fisioterapeuta Eliane Mayumi Kato. Embora na fase leve a doença atinja apenas a parte cognitiva e comportamental do doente, a fisioterapia pode colaborar com a diminuição do avanço da doença. "Os exercícios podem minimizar quedas, danos motores e prolongar a independência dos pacientes", diz Eliane.

Em pesquisa defendida recentemente na Faculdade de Medicina (FM) da USP, Eliane mostrou que a fisioterapia é importante para diminuir a progressão da doença. "Por meio de exercícios, a prática pode manter o paciente na mesma fase pelo maior tempo possível", explica. O treino das atividades do dia-a-dia, como subir a escada ou escovar os dentes, ajuda a melhorar o equilíbrio, diminuindo a dependência dos idosos. O fortalecimento muscular também ajuda na prevenção de quedas.

Os fisioterapeutas também são importantes para orientar os cuidadores a fazer as adaptações necessárias na casa do paciente, como a instalação de barras de apoio no box do banheiro, a retirada de tapetes e uso de iluminação adequada para facilitar sua locomoção e diminuir os riscos de quedas. "Os idosos já possuem, normalmente, alterações de equilíbrio, mas naqueles que têm a doença de Alzheimer elas são ainda maiores" diz a fisioterapeuta.

Na fase mais avançada da doença, quando o paciente passa a maior parte do tempo restrito ao leito, a fisioterapia é importante tanto para orientar os cuidadores sobre como transferir corretamente os doentes na cama quanto para minimizar as complicações da síndrome do imobilismo. Entre as possíveis conseqüências desse problema estão o encurtamento dos músculos e a perda da força muscular, o surgimento de úlceras por pressão (escaras), trombose, prisão de ventre e pneumonia, entre outros.

"A parte física costuma ficar esquecida no tratamento dessa doença", lembra Eliane, que recomenda atenção a atividades como a fisioterapia ou a terapia ocupacional, à atividade física orientada e à nutrição adequada. Ela também ressalta a importância de um trabalho dirigido aos médicos, para que eles também orientem adequadamente os pacientes e seus cuidadores.

Quedas e equilíbrio
A pesquisa analisou 48 idosos com Alzheimer (25 na fase leve e 23 na moderada) e 40 idosos saudáveis. Além de um questionário, respondido pelo familiar, sobre quedas e atividades cotidianas, foram feitos testes de equilíbrio que simularam movimentos do dia-a-dia, como apoiar os pés no degrau, por exemplo. Em relação ao equilíbrio, os pacientes com Alzheimer na fase leve não apresentaram resultados muito diferentes dos saudáveis. Os que estavam num estágio mais avançado da doença tiveram uma maior perda de estabilidade. A capacidade de execução de tarefas diárias foi diminuindo com a progressão da doença.

O estudo comparou o número de quedas de idosos saudáveis com o de pacientes com Alzheimer: enquanto 45% dos primeiros sofreram pelo menos uma queda no ano anterior, nos com a doença o número foi de 50%. "Quedas em idosos são sempre um problema grave. Elas podem causar hematomas e fraturas, levando até a cirurgias e hospitalização. Além disso, a instabilidade e o medo de novas quedas pode aumentar a dependência, o que ainda é mais grave nos idosos com Alzheimer - já propensos a isso", explica a pesquisadora. Além disso, existe a possibilidade de evoluírem para uma depressão, por ficarem mais restritos.

Os idosos com diagnóstico de Alzheimer na fase leve apresentaram mais quedas que os na fase moderada. "Isso acontece porque eles ainda se expõem mais. Os que estão num estágio mais avançado da doença já andam sempre acompanhados e normalmente não se lembram de terem caído quando estavam sozinhos". Também é importante evitar o uso excessivo de remédios para alterações do comportamento e agressividade, comuns nesta doença. Esses medicamentos podem facilitar as quedas, aumentando o desequilíbrio e provocando grande sonolência - o que deixa o idoso menos ativo, diminui sua força muscular e traz maior dependência.

Imagem cedida pela pesquisadora

Mais informações: elimkato@yahoo.com.br, com a pesquisadora


Vacina que previne contra o HPV deve ser lançada no Brasil em outubro

Da Redação, Agência USP

A vacina que previne contra o HPV (papilomavírus humano), que tem como alvo mulheres entre 9 e 26 anos de idade, deve chegar ao mercado brasileiro no próximo mês. A previsão é do professor Rui Alberto Ferriani, chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), integrante da pesquisa que deu origem à vacina. A liberação para sua comercialização foi anunciada em agosto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A vacina é fruto de uma pesquisa que envolveu, no Brasil, três mil mulheres em 16 centros de testes. Na FMRP, foram acompanhadas 120 mulheres, entre 16 e 23 anos de idade. Um total de 27 mil mulheres participou da pesquisa em todo mundo, e a vacina preventiva se mostrou 100% eficaz. O HPV está mais presente em países menos desenvolvidos, assim como câncer de colo do útero, que mata mais em países pobres. Segundo Ferriani, o câncer uterino é uma doença passível de prevenção: "basta o exame anual de papanicolau", alerta o coordenador da pesquisa em Ribeirão Preto.

A pesquisa apontou que entre 70% e 80% das mulheres que têm contato com o vírus o eliminam naturalmente. Entretanto, naquelas em que ele permanece, favorece o desenvolvimento da lesão do colo do útero. O pesquisador lembra que esta lesão é progressiva. "Pode levar cerca de um ano para desenvolver a infecção que se tornará uma neoplasia, as feridinhas, e depois se tornar o câncer. Até a neoplasia grau 1 ela pode ser eliminada espontaneamente. Todo o processo até o câncer pode levar 20 anos".

Subtipos
Existem cerca de 100 tipos do vírus HPV e a vacina aprovada pela Anvisa é eficaz para quatro subtipos (6, 11, 16 e 18), e por isso chamada de quadrivalente. Desses, os 16 e 18 estão diretamente relacionados ao câncer de colo do útero, e os outros dois, 6 e 11, a verrugas vaginais. Segundo Ferriani, o ideal é utilizar a vacina antes da primeira relação sexual.

O pesquisador explica que para a elaboração dessa vacina não foi utilizado o vírus atenuado. "Utilizou-se a capa do vírus, chamada de partícula pequena, é como uma casca da laranja, sem o bagaço. O organismo reconhece essa capa como sendo o vírus e vai produzir anti-corpos para neutralizar a sua ação". Entre as mulheres participantes, 8% apresentaram algum tipo de lesão. "Se não estivessem no estudo, essas lesões passariam despercebidas e elas poderiam desenvolver um câncer de colo do útero no futuro. Os resultados surpreenderam, pois elas são consideradas de baixo risco, por terem maior acesso aos exames preventivos".

Como a vacina desenvolvida previne contra apenas quatro subtipos do vírus, uma segunda fase de testes, para oito subtipos, já está em andamento. Nesta segunda parte não será utilizado placebo, pois já se conhece a eficácia da vacina. Dois grupos de pacientes participarão, um recebendo a quadrivalente e outro a vacina para oito vírus. "Se 70% dos cânceres estão relacionados aos subtipos 16 e 18, ampliaremos o leque com essa nova fórmula".

Distribuição
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, até o final do ano devem ser iniciados os estudos para avaliar a possibilidade de inclusão dessa vacina no calendário da rede pública. Ainda de acordo com a assessoria, serão analisados dados como a garantia de produção e fornecimento, de efetividade e eficácia, e de transferência de tecnologia para produção nacional. Por ser um medicamento de alto custo, se não houver condições de acesso a um custo menor ela se tornará inviável para o sistema público.

Com informações da Assessoria de Imprensa da USP de Ribeirão Preto.

Mais informações: (0XX16) 3602-2818, com o professor Rui Alberto Ferriani




Cursos e Palestras

Seminário sobre estabilidade e controle de aeronave na EESC
Nesta sexta-feira (29), às 14h30, no Anfiteatro do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, acontece o seminário Controladores Robustos para Aumento de Estabilidade e Controle Longitudinal de uma Aeronave, com o engenheiro da Embraer Daniel Siqueira, ex aluno da EESC.

O evento é gratuito e aberto a todos os interessados. A EESC fica na Av. Trabalhador São-carlense, 400, São Carlos, São Paulo.

Mais informações: (0XX16) 3373- 9363 ou pelo site www.sel.eesc.sc.usp.br/seminarios


Imagem molecular por Ressonância Magnética no IF
O Instituto de Física (IF) da USP promove nesta sexta-feira (29), às 14 horas, o seminário Imagem molecular por Ressonância Magnética. O evento, que será ministrado pelo professor Lionel Fernel Gamarra do HC, terá lugar no auditório Adma Jafet do IF.

Não é preciso se inscrever e a participação é gratuita. O IF fica na Rua do Matão, Travessa R, 187, Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações: (0XX11) 3091- 6900


Simpósio Internacional sobre Sexualidade e Saúde
A sexualidade e as interfaces com as diversas áreas da saúde será o tema do Simpósio Internacional sobre Sexualidade e Saúde que acontecerá no próximo sábado (30) no Anfiteatro II da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. Um dos destaques será a presença do psicosociólogo francês Alain Giami, diretor de pesquisas do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale, na França, que fará palestra às 11horas sobre Saúde Sexual.

A abertura do evento será às 8h30, com um painel sobre Os diferentes aspectos da saúde sexual, com as professoras Wilza Vieira Villela, da UNIFESP, Rosalina de Carvalho Silva, da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras (FFCLRP) e com o psicólogo Murilo Moscheta. Às 10 horas haverá debates e às 11 horas, no encerramento, palestra com o professor Alain Giami, também seguida de debate.

As inscrições custam R$ 10,00 e podem ser feitas no dia do evento, ou antecipadamente, no Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e de Saúde Pública da EERP, das 8h30 às 11h30. Aberto a todos que se interessarem.

A EERP fica na Av. Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto

Mais informações pelo telefone (0XX16) 3602- 3391


USP Ribeirão discute atuação do profissional farmacêutico
O V Encontro Farmacêutico de Ribeirão Preto será entre 12 e 15 de outubro, na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) da USP. Trata-se de um evento científico de âmbito nacional, voltado para a área farmacêutica, que abrange temas relacionados com os principais campos de atuação do profissional e que estão em evidência na atualidade.

Promovido pelos alunos da FCFRP, com apoio do Centro Acadêmico “Lourenço Roselino”, o encontro tem como público alvo graduandos, pós-graduandos e profissionais. O evento acontece desde 1998 e este ano contará com um simpósio, palestras, cursos e mesas redondas, que abordarão temas atuais como biotecnologia, células tronco, nanotecnologia, equivalência e biodisponibilidade de medicamentos, alimentos probióticos, novos fármacos, patentes, fracionamento de medicamentos, entre outros.

A programação pode ser consultada no site www.enfarp.com.br, onde também poderão ser feitas as inscrições. Até 29 de setembro custam R$ 45 para estudantes e R$ 55 para profissionais. A partir de 30 de setembro R$ 60 e R$ 70, respectivamente. Inscrições para grupos acima de 20 pessoas podem ser feitas com desconto. A participação nos cursos custas R$ 20 (um), R$ 35 (dois), R$ 50 (três), R$ 65 (quatro)

A FCFRP fica na Avenida do Café s/n, Bairro Monte Alegre, Ribeirão Preto, SP.

Mais informações pelo email: venfarp@yahoo.com.br




Quadro de Avisos

Esalq lança curso de especialização no setor sucroalcooleiro
Investimento, planejamento e gestão no complexo agroindustrial sucroalcooleiro é o novo curso de especialização desenvolvido pelo Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Agronegócio (Pecege), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP de Piracicaba, com matrículas abertas a partir de setembro.

O conteúdo transmitido integra as áreas agrícola, industrial e administrativa do setor sucroalcooleiro, abordando as variáveis que influenciam os principais índices técnicos dos setores agrícolas e industriais e como eles interferem na rentabilidade da usina.

O curso é certificado pela Esalq e ministrado por professores-doutores da Escola e de outras unidades da USP, além de profissionais de renomada experiência no setor privado.

O público-alvo são os profissionais relacionados ao Agronegócio com curso superior completo, conhecimento básico do Idioma Inglês e de Informática.

Existem 40 vagas e as incrições pode ser feitas através da ficha de inscrição que se encontra no site http://www.pecege.esalq.usp.br/cursos/?id=4. O preço total é a matrícula que custa R$650,00 acrescida de mais 17 parcelas de R$650,00.

Mais informações: (0XX19) 3429- 8857




Teses e Dissertações

Escola Engenharia de São Carlos

Mestrado

Análise bidimensional de interação fluído-estrutura: desenvolvimento de código computacional. Rodolfo André Kuche Sanches. Dia 9, às 14 horas.

Mais informações: (0XX16) 3373-9235 / 9250


Escola Politécnica

Mestrado

Modelação matemática da queda livre. Elizandra Amaral Monteiro. Dia 29, às 14 horas.

Sistema de localização de serviços para dominios de segurança locais e remotos. Rony Rogério Martins Sakuragui. Dia 29, às 8 horas.

Uma agenda de intervenção para a ergonomia da atividade na concepção de sistemas computacionais interativos. Maria Júlia Da Silva Benini. Dia 29, às 14 horas.

Mais informações: (0XX11) 3091-5214 / 5443




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