São Paulo, 24/10/2006 - Boletim nº1943
meio ambiente
Metais pesados estão acima
do limite na Billings

Concentração dessas substâncias em
sedimentos do Reservatório Rio Grande,
que faz parte da Represa, está até 102
vezes acima do máximo recomendado
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Centrinho e FOB promovem
ciclo de palestras
Em São Carlos, pós-graduação
em Engenharia de Transportes

     
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Destaques

Concentração de seis metais pesados no fundo de Reservatório da Billings ultrapassa nível máximo

Aline Moraes

A concentração de metais pesados no fundo de uma parte da Represa Billings está até 102 vezes acima do nível máximo recomendado. Dentre essas substâncias contaminantes, destaca-se o cobre. "A quantidade desse metal supera em muitas vezes a indicada pelo Conselho Canadense do Ministério do Meio Ambiente (CCME), órgão de proteção ambiental aceito pela comunidade acadêmica que estabelece limite de teor desses metais e de outros componentes tóxicos no sedimento", afirma Carolina Fiorillo Mariani.

Em seu mestrado, realizado no Instituto de Biociências (IB) da USP, a bióloga avaliou a presença de seis metais pesados (cobre, cádmio, zinco, chumbo, níquel e cromo) nos sedimentos do Reservatório do Rio Grande, que faz parte do Complexo Billings. "Os sedimentos funcionam como um compartimento de registro histórico do que acontece no local", explica.

Separado da represa na década de 80 devido ao despejo das águas do Rio Pinheiros, altamente poluidoras, o reservatório está localizado na Região Metropolitana de São Paulo e é aproveitado para abastecimento público e até como local de recreação.

A bióloga coletou amostras de 29 locais do Rio Grande para conhecer a disposição espacial desses metais - um importante diferencial do estudo. "Essa amostragem é considerada muito grande se comparada com o que se costuma fazer", afirma.

Contaminação
As maiores concentrações de metais foram encontradas próximas à barragem, uma região baixa cujo menor fluxo de água favorece a sedimentação. As concentrações também foram mais altas onde desemboca o Rio Ribeirão Pires. O esgoto proveniente do município de mesmo nome e a proximidade com indústrias e mineradoras são possíveis causas para a forte contaminação.

No caso específico do metal que mais marcou presença nas análises, Carolina aponta como causa potencial o tratamento das águas do local realizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). "Sabe-se que a Sabesp já usou sulfato de cobre para combater a proliferação de algas, organismos que acabam dando gosto à água e podem até contaminá-la com toxinas". A bióloga ressalta que não há como saber ao certo que tipo de algicida é usado, pois a Companhia não divulga essa informação.

Além da quantidade de metais pesados, a pesquisadora analisou outros fatores. A presença de sulfeto, por exemplo, pode garantir que os metais não fiquem livres na água. Em um ambiente anaeróbico (sem oxigênio) os metais reagem com ele, formando um composto insolúvel que se precipita e fica depositado no fundo do reservatório.

Mas apesar de ter notado a forte presença dessa substância, a bióloga descobriu que o teor de metais variou conforme o de matéria orgânica. Esse dado chama a atenção porque as possibilidades de destino de metal associado a ela podem ser muitas. Por meio da alimentação, por exemplo, esses metais podem ser incorporados por um pequeno organismo, acumulados e transferidos para um peixe que dele se alimenta, podendo acabar numa mesa de jantar.

Contribuições
A pesquisa de Carolina deixa alguns alertas relacionados à atenção dada à Represa Billings pelos órgãos competentes. Segundo a pesquisadora, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) - órgão que faz o monitoramento da Represa - coleta água em apenas dois pontos. "Não é possível acreditar que tão poucas amostras possam retratar a situação da represa", afirma. Entre as 29 amostras coletadas houve uma variação muito grande quanto aos fatores e às respectivas concentrações.

A bióloga chama a atenção também para o teor excessivo de metais pesados. "Como o equilíbrio entre água e sedimentos é muito sensível e imprevisível, é difícil ter um controle da localização dos metais no reservatório". E o alerta vai também para o modo como a Sabesp faz o tratamento - que pode contribuir para contaminar ainda mais a água.

Imagem: Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo)

Mais informações: (0XX11) 3091-7565 ou e-mail cmariani@ib.usp.br




Cursos e Palestras

Centrinho e FOB promovem ciclo de palestras
Nos dias 6, 7 e 8 de novembro, um ciclo de palestras promovido pelas comissões de pesquisa do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC - Centrinho) da USP e da Faculdade de Odontologia (FOB) de Bauru da USP encerra a participação da USP-Bauru na programação oficial da III Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que ocorre desde o último dia 16.

Nos três dias de evento, as palestras ocorrerão no Teatro Universitário da FOB, sempre às 19 horas. Na abertura, a interação entre universidade e empresa é o tema abordado pelo engenheiro de materiais César Eduardo Bellinati. No dia 7, será a vez da pró-reitora de Pesquisa da USP, a geneticista Mayana Zatz, proferir palestra sobre Genética e Células Tronco. Mayana é uma das referências atuais nos estudos de Genoma Humano no Brasil.

No dia 8, o diretor da Agência USP de Inovação, Oswaldo Massambani, encerra o ciclo de palestras, comentando as ampliações e oportunidades de cooperação entre a USP e a indústria paulista. Recentemente, a Agência USP de Inovação passou a ter um "braço" em Bauru, com a inauguração de um pólo no campus da cidade.

O evento é gratuito e aberto a toda a comunidade. O Teatro Universitário da FOB fica na Al. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75, Vila Universitária, Bauru.

Mais informações: (0XX11) 3235-8437; e-mail eventos@centrinho.usp.br


Pós-Graduação em Engenharia de Transportes
O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Transportes da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP oferece cursos de mestrado e doutorado em duas áreas de concentração: Infra-Estrutura de Transportes e Planejamento e Operação de Sistemas de Transportes. As inscrições poderão ser feitas até 15 de novembro.

O mestrado e doutorado destinam-se a profissionais com formação em Engenharia Civil mas pessoas de outros campos da Engenharia e de áreas afins também poderão candidatar-se.

O processo de seleção é composto por análise de documentação e entrevista com os candidatos. Para o doutorado, exige-se também a comprovação da proficiência em inglês (475 pontos do TOEFL ou pontuação equivalente em exames similares) e a aceitação prévia do candidato por um dos orientadores do Programa.

Endereço para inscrição : Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Transportes - Departamento de Transportes – EESC-USP - Av. Trabalhador São-carlense, 400, São Carlos.

Mais detalhes sobre cursos, seleção, bolsas de estudo, disciplinas oferecidas e as linhas de pesquisas podem ser obtidos consultando o site www.stt.eesc.sc.usp.br.

Mais informações: (0XX16) 3373-9617




Agenda Cultural

Osusp toca Mozart e Schumann
A Orquesta Sinfônica (Osusp) da USP apresenta, no mês de outubro, duas séries: a Série Concertos Comentados ao Meio-dia, no dia 30, e a Série Têmpera, no dia 31. O repertório das duas séries será o mesmo. Este trará a sinfonia nº 38, K 504, “Praga”, de Mozart; o concerto para piano em lá menor, opus 54, de Schumann; e a sinfonia nº 3 em mi bemol, opus 97, “Renana”, também de Schumann. Sonia Rubinsky estará no piano e Carlos Moreno na regência.

A primeira será apresentada no Anfiteatro Camargo, às 12 horas, com entrada franca; e a segunda ocorrerá na Sala São Paulo, às 21 horas. Os ingressos para o concerto da Série Têmpera podem ser adquiridos pela ticketmaster (telefone (0XX11-6846-6000), na bilheteria da Sala São Paulo (telefone (0XX11-3337-5414) , ou na sede da OSUSP.

A sala São Paulo fica na Pça. Julio Prestes, s/nº, Luz, São Paulo.O Anfiteatro Camargo Guarnieri e a OSUSP estão localizados na R. do Anfiteatro, 109, Cidade Universitária, São Paulo.

Mais informações: (0XX11) 3091-3000; site www.usp.br/osusp


Mostra Ver Ciência chega a São Paulo
Uma das mais interessantes oportunidades de se ter acesso a produções de TVs do mundo todo, aproximando-se de novas culturas e olhares e, de quebra, tendo acesso ao conhecimento científico de maneira lúdica e divertida. Trata-se da Ver Ciência – Mostra Internacional de Ciência na TV que, pautada em seu compromisso de difusão do conhecimento científico, é realizada anualmente dentro do Projeto Ver Ciência, com patrocínio da Petrobras e curadoria de José Renato Monteiro.

Em 2006, a Ver Ciência chega a sua 12ª edição, estendendo-se por todo o País. A programação em São Paulo será apresentada na Estação Ciência no Auditório Ernst Hamburger, de 7 a 12 de novembro, dividida em sete blocos temáticos. Para o grande público a entrada é gratuita e não é necessário efetuar inscrição prévia. Grupos e escolas podem consultar a possibilidade de reservas pelo telefone (11) 3675-8828.

A Estação Ciência fica na R. Guaicurus, 1394, Lapa, São Paulo. Toda programação do evento pode ser consultada no site http://www.verciencia.com.br.

Mais informações: (0XX11) 3675-8828 ou (0XX11) 3673-7022




Publicações

A divulgação científica em livro da ABRADIC
Círculos crescentes, pesquisa e história na divulgação científica brasileira (R$15,00 e 91 páginas) é o título que a Associação Brasileira de Divulgação Cientifica (ABRADIC) lançou recentemente por ocasião da conferência do presidente da entidade Crodowaldo Pavan no evento Estratégias da Divulgação Científica na Sociedade do Conhecimento.

O livro, escrito em 2006 por Ciro Marcondes Filho, Glória Kreinz e Crodowaldo Pavan - que integram o grupo da ABRADIC e da Cátedra UNESCO José Reis de Divulgação Científica da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP -, traz alguns dos problemas constantemente indagados pelos pesquisadores atuais: império das imagens e soberania da informática; sentido e conceito de acontecimento gerador; divulgação, redundância e conhecimento; conceitos de conhecimento e saber; o saber e as formas de divulgá-lo; divulgação científica e jornalismo científico; vida biológica, e o relacionamento divulgação científica , escola , ensino médio e superior.

Evidentemente, a informática é o fator que mais afeta o divulgador científico neste momento em que atuamos. A divulgação científica está diante do Google, do império das imagens e tem que enfrentar uma definição de conhecimento, para saber o que divulgar. O campo da pesquisa é intenso, mas instiga os pesquisadores.

O livro está à venda na sede do Núcleo José Reis na Av. Lúcio Martins Rodrigues, 443, bloco 9, sala 10, Cidade Universitária, São Paulo, nas livrarias da editora Paulus e nas da Humanitas e Discurso Editorial (R. do Lago, 717, Cidade Universitária, São Paulo). Pedidos de compra podem ser feitos por e-mail, por telefone (0XX11) 3091-4021.

Mais informações: (0XX11) 3091- 4021


Livro sobre trabalhos em arquivos e museus é lançado pela FMRP
A Comissão de criação do Museu da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP promove nesta terça (24) o lançamento do livro Memória da Saúde - Desafios e Possibilidades do Trabalho em Arquivos e Museus de Ciência (119 páginas, R$10,00).

O evento está programado para as 18 horas, na Livraria Atlas, no espaço da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP. Depois do lançamento do livro, está prevista a apresentação de uma palestra, sobre o tema Museu da Medicina, no auditório da FEA-RP.

O livro é uma reunião de artigos de vários professores que ministraram aula no I Curso de Difusão Cultural em Arquivos e Museus, promovido pelo Centro de Memória e Museu Histórico da FMRP, em parceria com a Associação dos Arquivistas de São Paulo.

A FEA-RP fica na Av. Bandeirantes 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto, São Paulo.

Mais informações: (0XX16) 3963-1313




Quadro de Avisos

Equipe da EESC fica em 3º lugar na Fórmula SAE
A equipe Solid Edge EESC-USP, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, atual bicampeã brasileira, ficou em terceiro lugar na III Competição SAE BRASIL-PETROBRAS de Fórmula SAE, realizada pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil), que terminou no último dia 8 de outubro, no Museu Aeroespacial, no Rio de Janeiro.

A III Competição SAE BRASIL-PETROBRAS de Fórmula SAE teve início dia 6 e reuniu oito equipes de São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Rio de Janeiro. No evento, os cerca de 150 estudantes de engenharia puderam mostrar para uma comissão de juízes - formada por especialistas da indústria da mobilidade - diferentes projetos de um carro de competição tipo Fórmula, desenvolvidos e construídos, de forma extracurricular, em importantes universidades do País. Além de troféus para as três primeiras equipes colocadas, a Comissão Organizadora da Competição conferiu Menção Honrosa às equipes concorrentes. A equipe Solid Edge EESC-USP ganhou a prova de Design.

A competição Formula SAE nasceu nos Estados Unidos na década de 70. Desde então, os veículos, projetados e construídos por estudantes de engenharia, são submetidos a provas estáticas e dinâmicas em quatro países - Austrália, Estados Unidos, Inglaterra e Itália – além do Brasil, que passou a integrar o circuito mundial em 2004.

Informações sobre a SAE Brasil podem ser obtidas no endereço www.saebrasil.org.br e sobre a equipe da EESC, no site www.eesc.usp.br/formula.

Mais informações: (0XX16) 3373-9119 / 9997, com assessoria



Teses e Dissertações

Escola Politécnica

Mestrado

Modelagem da dor utilizando-se redes neurais artificiais. Nilson Tazawa. Dia 27, às 10 horas.

Mais informações: (0XX11) 3091-5214 / 5443


Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas

Doutorado

Efeitos da presença de poeira na emissão de galáxias a altos e baixos redshifts. Mauro César Guimarães. Dia 27, às 14 horas.

Mais Informações: (0XX11) 3091- 4765


Instituto de Biologia

Mestrado

Filogenia da tribo Hydropsini baseada em caracteres morfológicos (Serpentes: Xenodontinae). Pedro Murilo Sales Nunes. Dia 24, às 14 horas.

Micronúcleos em células tumorais: biologia e implicações para a tumorigênese. Viviane Miranda Dias. Dia 26, às 14 horas.

Filogenia molecular do gênero Aratinga (Psittacidae, Aves). Polyana Favero Andrioni. Dia 26, às 14h30.

Mais informações: (0XX11) 3091-7517




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