São Paulo, 01/07/2003

Segurança Pública


Professor da USP defende a federalização das polícias


Laura Lopes, do Jornal da USP

O Brasil precisa dar continuidade à tecnologia nuclear para fins pacíficos, à capacitação no domínio da competência eletrônica e missilística e reestruturar urgentemente o Sistema de Segurança Pública com a federalização das polícias voltadas ao policiamento ostensivo e preventivo. Polêmica, essa foi a conclusão do professor Braz de Araújo, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e coodenador do Núcleo de Análise Interdisciplinar de Políticas Estratégicas (Naippe) da USP sobre como o país poderia acelerar os mecanismo para organizar sua defesa estratégica.

O tema foi discutido nesta terça (2) durante o XI Encontro Anual do Naippe, Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e Curso de Política Estratégica e Alta Administração do Exército (CPEAEX) que aconteceu na sala do Conselho Universitário da USP.

O encontro contou com a participação de representantes da Polícia Militar e das Forças Armadas (Aeronáutica, Marinha e Exército), alunos e professores do Naippe, ECEME e CPEAEX, que somaram cerca de 100 pessoas. Durante a manhã, os grupos debateram sobre a Guerra no Iraque. À tarde, a discussão tomou o foco na questão de Segurança Pública brasileira.

Gunther Rudzit apresentou sua tese de doutorado, defendida na FFLCH em abril deste ano, sobre por que o Brasil deve adotar um sistema de Segurança Cooperativa. Coordenador do Programa de Segurança Cooperativa do Naippe, Rudzit afirmou que "há necessidade de uma ação conjunta entre os países sul-americanos" na elaboração de uma estratégia de segurança e defesa do continente. Para ele, essa política diminui a probabilidade de eclosão de conflitos.

De acordo com Rudzit, não se discute segurança nos altos escalões do governo. O Conselho de Defesa Nacional é esporádico, ou seja, só se encontra quando é convocado. "É necessário separar a Defesa da Segurança Pública", afirma Rudzit. "Para que esse debate seja organizado, precisa-se reformar o Conselho de Defesa, transformando-o em Conselho Democrático de Segurança Nacional permanente." Entre as alçadas militares dos países da América do Sul, esse assunto é polidamente debatido. "O que precisa é ser colocado na alta esfera do governo", finaliza.



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