Equipe do HC de Ribeirão tem menor taxa de recusa na doação
de órgãos
Da Redação, Agência USP
A Organização de Procura de Órgãos (OPO) -
Ribeirão Preto, ligada ao Hospital das Clínicas (HC) da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, atingiu
o menor índice de recusa de doação de todo o Estado
de São Paulo: 19,1% dos óbitos notificados, sendo que a
média estadual está em 31,7% de recusas. A taxa anual de
doações da região de Ribeirão Preto é
de 8,2 por milhão de habitantes, também muito superior à
taxa brasileira, que é de 4 por milhão.
As OPOs são serviços ligados a hospitais de grande porte
e que integram o Sistema Nacional de Transplantes do Ministério
da Saúde. Existem 10 OPOs em funcionamento no Estado de São
Paulo. A de Ribeirão Preto foi criada em novembro de 1998 e atende
uma população de 3 milhões de habitantes num raio
de até 100 km da cidade. Ela funciona com a atuação
das enfermeiras Judith dos Santos Silva e Margarida Momenti Chiaretti
e da assistente social Neuza Laerce de Almeida, sob coordenação
do urologista Jeová Nina Rocha, do HC/FMRP. O trabalho é
realizado em esquema de plantão, com visita diária aos sete
hospitais da cidade e contatos rotineiros com as Comissões Intra-Hospitalares
de Transplante dos outros hospitais da região.
Sobram córneas
Além de possuir índices de doação de órgãos
maiores que o da média do País, o HC de Ribeirão
Preto vem conseguindo resultados expressivos na procura específica
de córneas, com o trabalho da equipe do Banco de Olhos do Hospital.
O Banco recebe cerca de 60 doações por mês e utiliza
apenas 20. As restantes são doadas para outras regiões.
Isso faz com que o HC de Ribeirão realize o transplante no prazo
de uma semana, sendo que a fila de espera em outras cidades e estados
chega a ser de quatro anos.
As córneas têm a captação facilitada, pois,
diferentemente dos outros órgãos, podem ser retiradas até
6 horas após a morte do paciente e transplantadas até 14
dias depois. Para a doação de coração, fígado
ou rins, por exemplo, é necessário que o paciente tenha
sofrido morte encefálica numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI);
isso não é uma exigência na doação de
córnea.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social e Imprensa -
Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto
Mais informações: (0XX11) 602-2777, na OPO - Ribeirão
Preto e (0XX16) 602-2521, no Banco de Olhos do HC/FMRP
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