Da Redação, Agência USP

Os livros, CDs e DVDs mantêm-se na posição de produtos mais procurados pela rede mundial, segundo pesquisa realizada pelo Programa de Administração em Varejo (PROVAR), da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, sob coordenação dos professores João Paulo Lara de Siqueira, Luiz Paulo Fávero e Claudio Felisoni de Angelo, em parceria com a e-bit (empresa especializada em pesquisas de mercado pela web).

O levantamento realizado no Estado de São Paulo mostra que 62% dos e-consumidores pretendem adquirir produtos que compõem o mix do segmento livros, CDs e DVDs, entre agosto e outubro. Índice inferior aos 82,4% apresentado no trimestre anterior. Já a intenção geral de compra caiu 3% em relação ao período maio-julho.

Neste trimestre de agosto a outubro, cerca de 93,8% dos entrevistados pretendem adquirir um item entre produtos dos segmentos de linha branca (máquinas de lavar roupa, de lavar louça, secadoras, geladeiras, e fornos de microondas), eletroeletrônicos, automóveis, informática, produtos para casa, além dos livros, CD´s e DVD´s. "Muitos fatores podem influenciar a realização dessas expectativas. Mesmo assim, é importante para os executivos varejistas conhecerem antecipadamente a expectativa de compra de seus consumidores, de modo a implementar estratégias e tomar decisões mais acertadas", comentam os coordenadores do estudo.

Quanto à opção de pagamento, o cartão de crédito foi eleito por 60,7% dos e-consumidores. O pagamento com dinheiro, que está em segundo lugar, tem apenas 11,1% das escolhas. "Os consumidores parecem estar mais convencidos de que transacionar com cartão de crédito no comércio eletrônico já não é algo perigoso, e que essa prática tem se tornado um facilitador na hora de comprar pela Internet".

Perfil dos e-consumidores
De acordo com o estudo, a situação dos internautas que fazem compras via web está em um nível superior à média nacional. Verificou-se que 30,8% deles possuem renda superior a R$3.900,00 e 14,4% ganham entre R$3.900,00 e R$2.991,00. O segundo maior grupo quanto à renda foi o que recebe de R$1.041,00 a R$1.950,00, com 20,6% do total dos e-consumidores. Apenas 1,5% da população estudada tem renda de até R$390,00. Além disso, verificou-se que o número de compradores homens é um pouco maior do que o de mulheres: 53% contra 47%.

O levantamento de campo ocorreu nos primeiros dias de agosto de 2003 e envolveu 1.418 respondentes ao questionário enviado por e-mail. Aproximadamente 40% dos pesquisados são da Capital paulista, sendo que 17,9% deles residem na zona Sul, 9,6% na zona Leste, 8,9% na zona Norte e 3,1% na zona Oeste. Os entrevistados são pessoas cadastradas na e-bit e as informações foram obtidas de internautas que efetivamente compram pela Internet.

Fonte: Assessoria de Comunicação da FIA

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