Reitor responde dúvidas dos deputados sobre a Universidade e a USP
Leste
Valéria Dias
O reitor da USP, Adolpho José Melfi, apresentou um panorama geral
da USP, o novo campus na zona Leste e as metas de sua gestão aos
deputados estaduais, em uma reunião que aconteceu nesta quarta
(5), às 14 horas, na Assembléia Legislativa, em São
Paulo. O evento terminou às 17 horas e contou com um número
representativo de parlamentares.
Cerca de 10 mil vagas na graduação é a meta a ser
atingida, segundo o reitor, até 2005. Outro ponto destacado é
a ampliação das vagas em cursos noturnos. De acordo com
Melfi, essa iniciativa oferece aos alunos carentes uma oportunidade de
ingressar na USP, assim como as 20 mil isenções da taxa
do vestibular, pretendidas até 2004.
Quanto ao número de vagas, a USP Leste oferecerá 1500, distribuídas
nos cursos de Artes, Ciências Básicas, Enfermagem Gerontológica,
Esportes e Saúde, Formação de Professores, Gestão
Ambiental, Informática, Marketing, Políticas Públicas,
Lazer e Turismo, a partir de 2005. A Universidade também terá
mais 1200 vagas com a incorporação da Faenquil, em Lorena,
interior de São Paulo, além do campus II em São Carlos.
Após a apresentação dos números e da atuação
da Universidade, os deputados fizeram perguntas e sugestões. Os
deputados Ênio Tatto e Anna Martins, por exemplo, questionaram o
estatuto da USP e sugeriram que ele fosse alterado a fim de permitir que
um curso de graduação seja oferecido em mais de um campus
na mesma cidade. A deputada também questionou as opções
de cursos oferecidos na USP Leste e propôs uma discussão
com a comunidade.
O reitor respondeu que é preciso, num primeiro momento, construir
o campus e implantar os cursos. Quando o USP Leste estiver funcionando,
o debate poderá ser feito. Lembrou que não há problema
algum com a duplicação de cursos, porém a alteração
no estatuto deve ser aprovada em reunião do Conselho Universitário.
"Na verdade, as coisas devem ser feitas em ordem cronológica",
comentou. "Quanto às opções de cursos já
houve uma definição do que será oferecido."
Entre os presentes na Assembléia estavam os deputados Célia
Leão, Carlinhos Almeida, Edson Gomes, Geraldo Lopes, Jonas Donizette,
José Carlos Stangarlini, Luiz Gonzaga Vieira, Roberto Felício,
Simão Pedro, Vicente Cândido, Vinicius Camarinha. O encontro
contou com representantes da comunidade de Ermelino Matarazzo, do Padre
Ticão e dos professores Myriam Krasilchik, da Comissão Central
do projeto USP Leste, Antonio Marcos de Aguirra Massola, da Coordenadoria
do Espaço Físico (Coesf), Hélio Nogueira da Cruz,
vice-reitor, Sonia Penin, pró-reitora de Graduação,
e Adílson Avansi de Abreu, pró-reitor de Cultura e Extensão
Universitária, entre outros.
O deputado Simão Pedro questionou o número de vagas e os
cursos oferecidos na USP Leste. O reitor respondeu que, inicialmente,
seriam oferecidas mil vagas, mas foram ampliadas para 1500. Melfi também
ressaltou que o novo campus da capital foi pensado como um projeto de
universidade voltada para o desenvolvimento da zona Leste, com os projetos
de pesquisa e de extensão direcionados para a região.
A evasão na universidade foi o tema da pergunta do padre Ticão,
que questionou se não seria mais barato oferecer bolsas de estudo
para os alunos que não conseguem se manter no curso. Segundo o
professor Melfi, a taxa de evasão na USP era de 25% e atualmente
é 20%. Muitas vezes, o aluno entra na USP para cursar Física
ou Matemática mas abandona para prestar Engenharia, na Escola Politécnica,
por exemplo. Em outras, o aluno não tem condições
de se manter. Para o reitor, o aspecto preocupante da evasão acontece
nesse último caso e a Universidade já possui programas nas
áreas de alimentação, transporte e moradia, que buscam
evitar a saída desse aluno.
Mais informações: (0XX11) 3091-3220, na assessoria de
imprensa da Reitoria
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