São Paulo, 25/05/2005


Nova proposta do Cruesp oferece 5% em maio e 2,8% em outubro

Do Jornal da USP

O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) ofereceu um reajuste de 7,94% aos servidores das instituições, dividido em duas etapas: 5% na data-base (maio) e mais 2,8% em outubro. O total corresponde ao Índice de Preços ao Consumidor medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC/Fipe) dos últimos doze meses.

A proposta foi feita na segunda reunião de negociação para discussão de reajuste salarial entre representantes das reitorias da USP, Unesp e Unicamp e do Fórum das Seis, que integra os sindicatos de docentes e funcionários das universidades, realizada nesta terça-feira (24) na Reitoria da Unesp, em São Paulo. O encontro estendeu-se por cerca de sete horas – sendo encerrado por volta das 21h30min –, ao longo das quais foram debatidos os números da arrecadação do Estado e as possibilidades de avanço nas negociações, abertas na reunião do último dia 12.

Inicialmente, os reitores reapresentaram os mesmos valores, de 4% de reajuste em maio e mais 3,79% em outubro, dependendo da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado. Os sindicalistas afirmaram que não poderiam aceitar o índice, que já havia sido rejeitado nas assembléias das categorias. Após um intervalo na reunião, a proposta foi alterada.

“Houve avanço nas negociações”, salienta o coordenador do Fórum, professor Milton Vieira do Prado, da Unesp. “O reajuste de outubro, que antes seria condicionado à arrecadação, agora está garantido”, exemplifica. Prado afirma que a nova perspectiva será avaliada nas assembléias, que devem ocorrer segunda e terça-feira da semana que vem. “A proposta é melhor do que a anterior, porém não é a que o Fórum defendia, que era de recuperar a inflação já agora na data-base”, diz.

O Cruesp propôs ainda o pagamento retroativo a maio dos 2,8% caso a arrecadação fique entre R$ 37,86 bilhões e R$ 38,353 bilhões, mantendo em 90% o comprometimento orçamentário com folha de pagamento e seus reflexos. Se a arrecadação superar os R$ 38,353 bilhões, as reitorias se comprometem a realizar nova negociação em janeiro de 2006, destinando 90% do excedente para salários e 10% para custeio.

O reitor da USP, professor Adolpho José Melfi, espera que as assembléias dos servidores avaliem positivamente a nova proposta. Em relação aos pontos específicos da pauta de reivindicações da USP, o reitor diz que as conversações já têm ocorrido e estão registrando avanços em áreas como assistência à saúde e atendimento nas creches.

A próxima reunião entre Cruesp e Fórum das Seis ocorre na quarta-feira, dia 1º de junho, às 16h, na Reitoria da Unesp.

Expansão
Na manhã desta terça-feira, os reitores das universidades estaduais estavam entre as lideranças convidadas a participar de um encontro com o governador Geraldo Alckmin no Palácio dos Bandeirantes. Alckmin apresentou 46 projetos considerados estratégicos para o desenvolvimento do Estado, entre eles a expansão das universidades.

“O governador garantiu a alocação de recursos e pediu o compromisso dos ‘gerentes’, como foram chamados, para a realização das metas”, explica o reitor da USP, Adolpho Melfi. Entre 2005 e 2006, serão investidos R$ 87,9 milhões para a consolidação da expansão das universidades públicas estaduais – incluindo a USP Leste, cujas atividades iniciaram-se neste ano.


C R U E S P - Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas

COMUNICADO CRUESP nº 03/2005

Após reunião realizada em 24 de maio de 2005 com o Fórum das Seis Entidades, e considerando:

- a política salarial que vem sendo aplicada pelo CRUESP de reposição da inflação dos últimos doze meses, segundo o índice IPC-FIPE, e
- a necessidade de manter o equilíbrio entre o fluxo de receita e o de despesas,

o CRUESP propõe:
- reajuste de 7,94% (IPC-FIPE dos últimos doze meses, sendo 5% em maio e mais 2,8% em outubro;
- pagamento a título de retroatividade com os recursos provenientes de arrecadação acima de 37,86 bilhões de reais e até 38,853 bilhões de reais, mantendo 90% como o maior comprometimento com pessoal e reflexos; e
- compromisso de recuperação salarial caso a arrecadação realizada ultrapasse o valor de 38,853 reais, em 2005, assegurando a destinação de 90% do excedente para pessoal e reflexos e os restantes 10% para despesas de custeio e investimento.

Assim, o CRUESP demonstra novamente o seu compromisso de recomposição dos salários, ao mesmo tempo que garante os recursos mínimos necessários para o funcionamento das Universidades Estaduais Paulistas.

Marcos Macari
Presidente
São Paulo, 24 maio de 2005.

 


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