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Tecnologia levada à sociedade
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Pesquisadores
que tiveram seu trabalho divulgado pela Agência USP de Notícias
comentam a importância de se fazer divulgação científica na universidade |
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Por Pedro Biava* |
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A Universidade de São Paulo é uma enorme geradora de pesquisa e
conhecimento, mas tudo isso perde importância quando não atinge
à população em geral. Sem divulgação, as pesquisas deixam de exercer
sua principal função que é a de converter seus estudos em benefícios
a toda comunidade. De que adianta desenvolver, por exemplo, um método
de prevenção de uma doença, se ele nunca chegar a quem realmente
precisa? Daí a importância do trabalho realizado pela Agência
USP de Notícias ao longo desses últimos anos.
Muito do que foi divulgado pela Agenusp apresentou grande
repercussão, possibilitando que professores e pesquisadores tivessem
seus estudos difundidos também pela grande mídia do Brasil e do
Exterior. Como resposta, esses profissionais muitas vezes viram
seus estudos ganharem uma nova força evoluindo e ganhando desdobramentos.
Imagem de uma projeção da Caverna Digital da
Poli |
Esse foi o caso da Caverna Digital construída no Laboratório de
Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica (POLI) da USP.
Esse inovador complexo para realidade virtual de alta resolução,
inaugurado em 2000, teve sua primeira grande divulgação pela Agenusp
e as conseqüências, segundo o professor e coordenador científico
do projeto, Marcel Krönich Zuffo, do LSI, foram as melhores possíveis.
Até seis pessoas podem estar no interior da Caverna e interagir
com um mundo simulado por computador através do uso de um sistema
de múltiplas projeções.
"A divulgação pela Agência propiciou um número de visitantes enorme
e sem precedentes. Aproximadamente 5 mil pessoas nos visitaram em
2001", relata o professor. A Caverna ganhou destaque em grandes
noticiários e teve, inclusive, repercussão internacional. Outro
benefício foi a possibilidade de ampliar as relações com outras
instituições. "O projeto evoluiu, temos um sistema muito mais integrado,
a divulgação da Agência USP de Notícias nos permitiu o contato com
grupos de pesquisa de outras áreas de conhecimento e instituições
que desconheciam estas iniciativas no Brasil", completa Zuffo.
Outro pesquisador da Poli, o professor Ernane José Xavier da Costa,
também teve sua pesquisa divulgada nos boletins da Agenusp.
Ele desenvolveu para sua tese de doutorado a Primeira Interface
Cérebro/Computador da América Latina. Em seu estudo, Xavier desenvolveu
um software que permite ao usuário de um computador comandar o equipamento
por meio de sinais cerebrais. A matéria foi ao ar em 2001, e apresentou
grande repercussão sendo veiculada em diversos meios. Xavier se
mostrou bastante satisfeito com o trabalho da Agenusp, definindo-o
como "de importância vital para estreitar a distância entre a comunidade
e a ciência, propiciando o surgimento do fluxo de informação entre
a universidade e o meio que a cerca", declara o professor que, atualmente,
ministra suas aulas na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos
(FZEA) da USP de Pirassununga.
Visão para o Interior
Quando divulgada pela Agência USP de Notícias em 1999, a
pesquisa do professor Luciano da Fontoura, do Instituto de Física
(IF) da USP de São Carlos, sobre a integração de física e biologia
no desenvolvimento de visão robótica, também teve grande repercussão.
A pesquisa visava estudar a visão da aranha, e aplicar o conhecimento
adquirido no desenvolvimento de um sistema visual para computadores,
a grande novidade foi a criação de um olho mecânico colocado em
um protótipo operacional computadorizado.
Os trabalhos nos Campi do Interior sempre tiveram destaque na Agenusp
que, segundo o Fontoura, é um canal importante para mostrar um pouco
da grande produção nas unidades da USP localizadas no Interior do
Estado. "Esse tipo de iniciativa deve ser incentivada cada vez mais",
ressalta o professor, que teve sua pesquisa veiculada em rede nacional
por grandes emissoras de televisão do País..
Pedro Biava é estagiário na Agência USP
de Notícias, estuda Biologia na USP e Jornalismo na PUC. |
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