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Mais
de 17% da população da cidade de São Paulo pretende
adquirir um automóvel nos próximos dois meses. O aumento
é de 12,6% em relação ao trimestre passado, revela
a 14ª edição da pesquisa Expectativa de consumo
para o trimestre janeiro-março, realizada pelo Programa
de Administração de Varejo da Fundação
Instituto de Administração (PROVAR), entidade ligada
à Faculdade de Economia, Administração e Contabulidade
(FEA) da USP.
Nos dez primeiros dias de janeiro deste ano foram entrevistados 408
consumidores adultos nas quatro regiões geográficas
da cidade, locais de grande fluxo de consumidores das faixas de renda
alta, média e baixa. "O estudo oferece indicadores do
estado de ânimo do consumidor e sobre a confiança das
pessoas na economia", ressalta o coordenador do PROVAR, Claudio
Felisoni de Ângelo.
Porém, a intenção geral de compra em relação
aos segmentos estudados caiu. Quase 35% dos ouvidos declararam que
até março não pretendem comprar produtos da linha
branca, móveis, eletroeletrônicos, material de construção,
automóveis, foto e ótica e produtos de cama, mesa e
banho. No trimestre passado a intenção de não
comprar produtos destes setores era de 27,5%.
Produtos de informática e eletroeletrônico também
apresentaram alta intenção de compra em relação
aos outros segmentos, 11% e 8,8% respectivamente. De acordo com especialistas
do PROVAR, a explicação está na queda da cotação
do dólar americano, pois tais produtos possuem seus preços
fortemente influenciados pelo câmbio.
Outro dado importante é a forma de pagamento. A intenção
de utilização do crediário é bastante
elevada, com uma média próxima a 40%. As exceções
ficaram por conta das linhas de foto e ótica e de cama, mesa
e banho, em que a maioria dos entrevistados disse pretender adquirir
algum bem efetuando pagamento à vista.
A pesquisa sobre expectativa de consumo é realizada pelo PROVAR
desde 1999 com o objetivo de mapear a intenção de compras
dos consumidores.
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