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Estudo do Hospital Universitário (HU) e do Instituto de Ciências
Biomédicas (ICB) da USP identificou o surgimento de uma nova
variante do vírus sincicial respiratório (VSR), que
não circulava há alguns anos no País. Este subtipo,
que é responsável por 70% das internações
no HU, foi identificado em 2005, durante
o seqüenciamento genético do VSR feito no Hospital.
Segundo a professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de
Medicina (FM) da USP e coordenadora da pesquisa, Sandra Vieira, ainda
não é possível afirmar que esta variante seja
mais grave que as outras, é preciso acumular um número
maior de ocorrências para podermos analisar todos os fatores
que podem interferir na gravidade dos casos, explica.
Ela lembra, porém, que é possível que o novo
subtipo cause infecções mais graves por não ter
circulado em anos anteriores. As mães não foram
infectadas por esta variante, por isso não desenvolveram defesas
contra ela, nem puderam transferir anticorpos para os bebês
durante a gravidez. As crianças, portanto, podem nascer menos
protegidas contra o subtipo novo do vírus, explica a
pediatra.
Durante o mapeamento do vírus sincicial respiratório,
foi observada uma seqüência diferente no código
genético, o que caracteriza o subtipo. Esta variante
foi observada pela primeira vez no Brasil em 2005 e chama a atenção
porque, desde então, está predominando entre os subtipos
de VSR circulantes, diz.
Crianças
O VSR, que vem sendo estudado há 11 anos pelo HU, ataca mais
gravemente crianças com até dois anos, podendo causar
bronquiolite e pneumonia. Mas são os bebês prematuros
- com imunidade baixa e doenças cardíacas ou respiratórias
congênitas - os mais afetados. Altamente contagioso, o vírus
pode ser transmitido pelo ar e pelo contato. Sua maior incidência
ocorre nos meses frios (de março a julho) e os principais sintomas
são: chiado no peito, tosse e falta de ar.
Em 2005, o HU registrou, em cinco meses de frio, 70 internações
relacionadas ao VSR. Neste ano, foram 120 até o início
de junho, sendo 96 por infecção do novo subtipo.
A pediatra lembra que atualmente não existe uma vacina eficaz,
embora existam algumas sendo testadas para esse tratamento. Em vez
da vacina, que estimula o corpo a produzir anticorpos - responsáveis
pela defesa do organismo-, o que há são os anticorpos
já prontos para a proteção dos bebês prematuros.
O anticorpo monoclonal age de forma preventiva. Porém,
como a terapia é cara, ele costuma ser administrado só
em casos graves.
Para evitar o contágio pelo VSR, os médicos recomendam
manter o ambiente ventilado, a lavagem freqüente das mãos
e que o contato com pessoas resfriadas e locais aglomerados seja evitado.
A fumaça do cigarro pode aumentar a gravidade da infecção.
Fonte: Assessoria de imprensa do Hospital Universitário
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