São Paulo, 
saúde
06/09/2006
HU desenvolve protocolo para prevenção de úlcera por pressão e diminui lesões em 80%

Protocolo, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar do HU, fez a incidência das lesões de pele - causadas, principalmente, pela falta de movimentação dos pacientes internados - cair para 6%, quando a média nacional é de 45%

Da Redação,
Agência USP

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"As pessoas mais suscetíveis são aquelas com baixa percepção sensorial, idosos cuja pele é mais frágil, as mal nutridas e os portadores de incontinência fecal ou urinária"
O Hospital Universitário (HU) da USP desenvolveu um protocolo de prevenção para reduzir as úlceras de pele dos pacientes internados. Essas lesões diminuíram mais de 80% no Hospital e sua incidência média no HU é de 6%, enquanto a de outras instituições do País fica em torno de 45%. Úlceras de pele são lesões que surgem quando a pressão externa é maior que a dos vasos, provocando um achatamento e interrompendo o fluxo do sangue e do oxigênio, o que causa a morte dos tecidos.

O protocolo, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar do Hospital, foi implantado em meados de 2005. Ele foi posto em prática com o auxílio da Educação Continuada e dos enfermeiros do Grupo de Estudos em Estomaterapia, que iniciaram a conscientização e o treinamento dos demais profissionais do Departamento de Enfermagem. O HU pretende implementar esse protocolo em todas as suas unidades de internação. Resultados iniciais obtidos pela equipe preocuparam os estudiosos: o Brasil apresentava números elevados em comparação aos índices internacionais e não havia no País estudos relacionados ao tema.

Atualmente, todos os pacientes que dão entrada nas unidades de internação do HU são submetidos à Escala de Braden, avaliação que indica o risco do paciente em desenvolver as úlceras. Segundo a enfermeira Noemi Marisa Brunet Rogenski, diretora da Divisão de Enfermagem Cirúrgica, qualquer pessoa pode desenvolver úlceras por pressão, basta ficar muito tempo sem se movimentar. "As pessoas mais suscetíveis são aquelas com baixa percepção sensorial, idosos cuja pele é mais frágil, as mal nutridas e os portadores de incontinência fecal ou urinária", esclarece.

Apesar dos cuidados dispensados, alguns pacientes desenvolvem os ferimentos. De acordo com Noemi, isso ocorre devido a problemas do próprio paciente, como doenças associadas e utilização de medicamentos de uso contínuo, que podem interferir na tolerância da pele. Para amenizar os incômodos causados pela doença, o HU adquiriu colchões mais adequados para os pacientes de risco, suporte para alívio de pressão, suporte para melhorar o posicionamento dos pacientes e mudança de posição a cada duas horas.

Fonte: da Assessoria de Imprensa do Hospital Universitário









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