|
| |
"As pessoas mais suscetíveis são
aquelas com baixa percepção sensorial, idosos cuja pele é
mais frágil, as mal nutridas e os portadores de incontinência fecal
ou urinária" | |
|
|
|
O
Hospital Universitário (HU) da USP desenvolveu um protocolo de prevenção
para reduzir as úlceras de pele dos pacientes internados. Essas lesões
diminuíram mais de 80% no Hospital e sua incidência média
no HU é de 6%, enquanto a de outras instituições do País
fica em torno de 45%. Úlceras de pele são lesões que surgem
quando a pressão externa é maior que a dos vasos, provocando um
achatamento e interrompendo o fluxo do sangue e do oxigênio, o que causa
a morte dos tecidos. O protocolo, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar
do Hospital, foi implantado em meados de 2005. Ele foi posto em prática
com o auxílio da Educação Continuada e dos enfermeiros do
Grupo de Estudos em Estomaterapia, que iniciaram a conscientização
e o treinamento dos demais profissionais do Departamento de Enfermagem. O HU pretende
implementar esse protocolo em todas as suas unidades de internação.
Resultados iniciais obtidos pela equipe preocuparam os estudiosos: o Brasil apresentava
números elevados em comparação aos índices internacionais
e não havia no País estudos relacionados ao tema. Atualmente,
todos os pacientes que dão entrada nas unidades de internação
do HU são submetidos à Escala de Braden, avaliação
que indica o risco do paciente em desenvolver as úlceras. Segundo a enfermeira
Noemi Marisa Brunet Rogenski, diretora da Divisão de Enfermagem Cirúrgica,
qualquer pessoa pode desenvolver úlceras por pressão, basta ficar
muito tempo sem se movimentar. "As pessoas mais suscetíveis são
aquelas com baixa percepção sensorial, idosos cuja pele é
mais frágil, as mal nutridas e os portadores de incontinência fecal
ou urinária", esclarece. Apesar dos cuidados dispensados,
alguns pacientes desenvolvem os ferimentos. De acordo com Noemi, isso ocorre devido
a problemas do próprio paciente, como doenças associadas e utilização
de medicamentos de uso contínuo, que podem interferir na tolerância
da pele. Para amenizar os incômodos causados pela doença, o HU adquiriu
colchões mais adequados para os pacientes de risco, suporte para alívio
de pressão, suporte para melhorar o posicionamento dos pacientes e mudança
de posição a cada duas horas. Fonte: da Assessoria de
Imprensa do Hospital Universitário
|
| |