ISSN 2359-5191

22/12/2004 - Ano: 37 - Edição Nº: 24 - Saúde - Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Melatonina pode ter ação antiinflamatória
Faculdade de Farmácia estuda ação do hormônio sobre os processos de defesa do organismo.

São Paulo (AUN - USP) - Uma tese de doutorado da Faculdade de Farmácia está estudando o suposto efeito do hormônio melatonina, uma reguladora do sono dos animais, sobre a morte de células do sistema imunológico do corpo humano.

A melatonina e seus produtos de oxidação, N1-acetil-N2-formil-5-metoxiquinuramina (AFMK) e N1-acetil-5-metoxiquinuramina (AMK), podem ter relação com a resposta inflamatória dos neutrófilos, segundo Sueli de Oliveira Silva, aluna de doutorado do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia da USP e responsável pela pesquisa.

Os neutrófilos representam cerca de 70% dos leucócitos do corpo humano e são o principal agente de defesa celular contra bactérias e fungos. Além disso auxiliam na cicatrização de feridas e na digestão de corpos estranhos.

Quando eles acham um agente infeccioso, migram para os tecidos contaminados e liberam substâncias tóxicas para matá-los e digeri-los. Nesse processo, tecidos saudáveis podem ser também destruídos, o que causa o quadro inflamatório.

O estudo também enfoca a atuação desse hormônio e seus produtos na morte dessas células de defesa. Segundo resultados da pesquisa, a morte dos neutrófilos é retardada pela ação do AFMK e AMK.

No estudo, foram realizados testes em pacientes contaminados com meningite viral e saudáveis. Foi revelado que 80% dos que sofriam do quadro inflamatórios apresentavam AFMK em sua corrente. Entre os pacientes que compunham as amostras de controle (pessoas sãs), não havia a tal substância.

A presença de AFMK em fluídos biológicos e o efeito observado para este composto tanto nos ensaios in vitro como nos ensaios in vivo leva a crer que essa substância tem propriedades antiinflamatórias.

A tese será defendida em fevereiro, e a cientista responsável fará um curso de pós-doutorado no National Institutes of Health (NIH), nos EUA. Lá, ela vai desenvolver anticorpos usados para como imunoensaios, que são substâncias utilizadas para medições clínicas de quantidade de substâncias.

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