ISSN 2359-5191

31/05/2005 - Ano: 38 - Edição Nº: 09 - Saúde - Escola Politécnica
Mecatrônica melhora o atendimento e economiza energia em hospitais

São Paulo (AUN - USP) - Aumentar a produtividade e a satisfação dos usuários. Esse era o objetivo do Departamento de Mecatrônica da Escola Politécnica e da Faculdade de Saúde Pública da USP quando iniciaram uma pesquisa dentro do Hospital das Clínicas. Os recursos da informática e da mecânica associados aos conceitos de edifício inteligente seriam estudados para promover o uso racional dos recursos energéticos e a melhora do atendimento aos pacientes.

A pesquisa começou em 2000 e recebeu apoio dos órgãos de fomento à pesquisa – CNPq e Fapesp – e subsídio de grandes hospitais como Albert Einstein, Sírio Libanês e Beneficência Portuguesa. Ela teve como foco o prédio dos Ambulatórios, por onde passam cerca de 50 mil pessoas todos os dias. O projeto considerou três eixos de atuação: economia de energia, controle do movimento dos elevadores e dimensionamento do fluxo de pessoas.

Definidas as três etapas, os pesquisadores investiram no estudo das soluções. No caso da energia elétrica, bolaram um sistema de ar-condicionado integrado, que não funciona em tempo integral, mas controlado por sensores de presença, varia conforme a necessidade e a produção de calor de cada ambiente. Adotando essa medida, os picos de economia de energia chegaram a 60%.

No caso dos elevadores, o objetivo era automatizá-los para que não precisassem mais de ascensoristas. Eles funcionariam de acordo com a variação do fluxo de pessoas, utilizando a informação trazida pelas câmeras de segurança. Assim, nos horários de pico – entrada, almoço e saída – ou nas emergências o tempo de espera seria substancialmente diminuído, facilitando a evacuação do prédio.

O terceiro passo, dimensionar o fluxo de pessoas, serviu para pensar em diversas formas de atendimento e reorganizar o agendamento de consultas e o controle de internações com o desenvolvimento de novos softwares.

Os resultados foram parcialmente aplicados no Hospital das Clínicas, já que o investimento nesse tipo de tecnologia não é barato. Segundo Paulo Eigi Miyagi, professor do Departamento de Mecatrônica, dotar um edifício de recursos inteligentes representa 10% a mais do investimento inicial. No entanto, a longo, prazo, a economia dos recursos traz bons resultados.

Atualmente, quatro alunos da Politécnica trabalham em novas etapas da pesquisa. Os estudos recaem principalmente sobre formas mais eficientes de combater incêndios e controlar situações de emergência. O professor afirma ainda que em países como Alemanha, Japão e Inglaterra, os recursos da mecatrônica têm sido usados com sucesso dos hospitais, já que possibilitaram o aumento da segurança não só para pacientes (menos sujeitos ao erro por um atendimento mal-organizado), mas também para funcionários.

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