ISSN 2359-5191

30/06/2005 - Ano: 38 - Edição Nº: 13 - Saúde - Faculdade de Saúde Pública
Amamentação ainda é vital no crescimento da criança

São Paulo (AUN - USP) - Amamentar é um instinto entre os animais. Entretanto, uma pesquisa entre a Faculdade de Economia Administração e Contabilidade (FEA), a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostra que não é tão instintivo assim. A pesquisadora Rosângela Aparecido Augusto analisou os dados obtidos pela pesquisa da Faculdade de Saúde Pública “Alimentação no primeiro ano de vida” com crianças nascidas no Hospital Universitário para mapear o crescimento de crianças que somente amamentaram, o chamado aleitamento materno exclusivo (AME). A pesquisa, uma defesa de mestrado da FCF, é chamada “Crescimento de crianças no 1º e no 2º trimestres de vida, segundo duração do aleitamento materno exclusivo”.

A primeira observação da pesquisadora refere-se ao aleitamento. Os dados mostram que o número de crianças que somente amamentavam cai consideravelmente nos primeiros seis meses de vida. Ao final de três meses, somente 17,5% das crianças ainda pratica o aleitamento. Tal número cai para 2,4% ao final do primeiro semestre de vida.

Com tais dados, a pesquisadora partiu para as observações relativas ao peso e à estatura da criança. Uma primeira constatação é a de que, independente da amamentação exclusiva, crianças do sexo masculino têm maior crescimento tanto de peso quanto de estatura do que as do sexo feminino.

No primeiro semestre, o sexo masculino apresenta taxa de crescimento semelhante, independente da prática do aleitamento ou não. Já o sexo feminino tem um aumento na velocidade de ganho de peso em crianças com amamentação exclusiva. Além disso, crianças com pouco peso ao nascer tem maior velocidade de incremento de peso no primeiro semestre devido a, provavelmente, uma “tentativa do organismo em recuperar alguma limitação sofrida em seu potencial”, declara a pesquisadora.

Já no segundo trimestre, segundo Rosângela, a amamentação não afeta diretamente o crescimento e o ganho de peso. A pesquisadora, entretanto, salienta que outras pesquisas mostram crescimento maior em crianças que exclusivamente amamentaram. Por isso, crianças devem, no primeiro semestre de vida alimentar-se exclusivamente de leite, “evitando gastos desnecessários com outros alimentos e prejuízos para a saúde da criança, devido à ausência de fatores imunológicos presentes no leite materno”, segundo a própria Rosângela.

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