São Paulo (AUN - USP) - Se um museu se caracteriza por uma política de aquisição e de exposição das obras de arte, a atividade de apresentação das suas coleções revela uma outra política. Um museu, deste modo, se define segundo a idéia de que as obras de arte não estão penduradas nos muros, mas os muros estão pendurados nas obras de arte. O Museum of Modern Art (MoMA), de Nova York, é o melhor exemplo de museus modernos que conciliam os constrangimentos funcionais e inovam em um espaço adaptado às obras de Arte.
O Museu de Arte Contemporânea (MAC), na USP, apresentou palestra do Jean Marc Poinsot, professor da Universidade de Rennes (França) especialista em arte contemporânea, para propor uma reflexão sobre a história da arte moderna e os modos para organizar um museu que abrigue essas obras.
A disposição dos planos e os volumes, a discrição dos objetos de suporte e a possibilidade de que todos os muros sejam úteis participam na identificação de um museu moderno. Essas especificidades devem existir para que os museus possam se adequar à arte moderna, como o MoMA, de Nova York. Após a sua última reforma, realizada por Yoshio Tanaguchi em 2004, o prédio conseguiu unir inovação arquitetural e funcionalismo.
A corrente da arte moderna nasceu no início dos anos 30. Paul Cézanne é considerado o artista que melhor representa esse movimento. O MoMA, de Nova York escolheu expor esse artista francês nas primeiras salas do museu para mostrar sua influência no movimento moderno.
Mas, hoje em dia, a dificuldade de organizar um museu dedicado a esse tipo de arte provém do desafio de conciliar a evolução das criações artísticas sem romper com a tradição moderna. Desse jeito, a corrente contemporânea já ultrapassa o modernismo, o que torna mais difícil para qualquer artista imaginar meios de criar um museu moderno, completa Jean Marc Poinsot.