ISSN 2359-5191

31/10/2001 - Ano: 34 - Edição Nº: 15 - Meio Ambiente - Escola Politécnica
Petrobrás associa-se à USP para evitar novos desastres ambientais

São Paulo (AUN - USP) - Com o objetivo de diminuir os riscos de vazamento e a ocorrência de novos desastres ambientais, a Petrobrás está desenvolvendo, juntamente com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, uma pesquisa que visa a aumentar a segurança no processo de extração de petróleo em plataformas. A pesquisa realiza estudos de resistência nos cabos de transporte de óleo utilizados pela estatal, além de avaliar a qualidade dos cabos produzidos pelas empresas fornecedoras da Petrobrás.

O cabo de transporte, cujo nome verdadeiro é cabo umbilical, é uma estrutura responsável pela ligação da superfície com o subterrâneo no processo de extração de petróleo, e pode alcançar até alguns quilômetros de extenção. Por esses cabos passam grandes quantidades de óleo provenientes dos poços de extração. “O rompimento de um desses cabos pode causar um vazamento de grandes proporções”, explica o coordenador da pesquisa e professor do Departamento de Mecatrônica da Escola Politécnica da USP, Edison Gonçalves. O uso de cabos umbilicais é uma tecnologia implantada recentemente pela Petrobrás no processo de extração de petróleo.

Além de ser responsável pelo transporte de óleo, os cabos umbilicais também realizam outras funções, como a transmissão de eletrecidade entre a superfície e os poços de petróleo. A quebra de algum componente dessa estrutura pode prejudicar o funcionamento de toda a plataforma.

O projeto de pesquisa, feito conjuntamente pelos Departamentos de Mecatrônica, Estruturas Navais e Oceânicas e de Fundações da Escola Politécnica da USP, consiste em determinar o tempo de vida útil, a qualidade e a melhor maneira de uso dos cabos umbilicais utilizados pela Petrobrás. Em média, esses cabos têm uma vida útil de cinco anos.

De acordo com Edison Gonçalves, a avaliação de qualidade dos cabos produzidos pelas empresas fornecedoras da Petrobrás tem tido resultados satisfatórios. “Mas todo o cuidado é pouco, pois se trata de uma tecnologia nova”.

A Petrobrás tem se envolvido em diversos casos de desastre ambiental nos últimos anos. Entre os mais significativos, destaca-se o ocorrido na Baía de Guanabara, em 2000, quando o rompimento de um duto causou o vazamento de cerca de 800 toneladas de óleo, afetando toda a vida animal e vegetal da região, além de prejudicar as famílias de pescadores que tiravam seu sustento da baía. Outro caso notório foi a explosão da plataforma P-36, na Bacia de Campos, que causou o vazamento de 1 milhão e 300 mil litros de óleo, afetando significativamente o ecossistema por uma grande extenção. Dentre as acusações feitas à Petrobrás está a de uso de equipamentos sucateados e sem a manutenção adequada.

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