ISSN 2359-5191

18/04/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 21 - Meio Ambiente - Hospital Universitário
Plano de gerenciamento de resíduos incentiva a reciclagem

São Paulo (AUN - USP) - O Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde foi criado para adequar as instalações hospitalares à mudança de legislação da Anvisa e incentivar a reciclagem. Uma comissão multidisciplinar, composta por farmacêuticos, enfermeiros e médicos, foi montada em 2003 para estabelecer as primeiras necessidades e estruturar o projeto. Segundo a farmacêutica Patrícia Sayuri, do Serviço de Farmácia do Hospital Universitário da USP e também membro da comissão, “o benefício financeiro é pequeno, mas o benefício social e a conscientização das pessoas valem o esforço”.

Os objetivos do projeto são a prevenção de riscos com a disposição errônea de lixo infectante (agulhas, por exemplo), o gerenciamento correto dos resíduos gerados pelos serviços do hospital e ainda prevenir e reduzir os riscos à saúde e ao meio-ambiente. Essa prevenção é importante não só para os médicos e pacientes, mas também para aqueles que manuseiam os resíduos hospitalares.

Sayuri afirmou que a quantidade de lixo comum foi reduzida devido a este projeto. Caixas de medicamento, ampolas de água e glicose ou mesmo bolsas de soro inutilizadas paravam em aterros sanitários quando poderiam ser reciclados. Assim, foram instalados coletores recicláveis nas diversas unidades do hospital, sempre levando em conta as especificidades de cada área. Já o lixo químico (como hormônios e antibióticos), que anteriormente era pouco representativo na quantidade de resíduos total, aumentou após o plano.

O processo de reciclagem está associado ao programa de reaproveitamento de materiais da USP, o USP Recicla. Somente na sala de Patrícia, havia um coletor para papéis e um para o lixo comum. No corredor do Serviço de Farmácia, mais quatro receptores, cada um de uma cor, destinados aos resíduos recicláveis. A farmacêutica afirmou que o dinheiro ganho com a coleta é reinvestido no hospital, porém o lucro é pequeno. No entanto, “a conscientização das pessoas, por ter um papel multiplicador é muito válida”, ressaltou Sayuri.

“Tomar conhecimento do que está se descartando e de onde vem esse descarte é o principal”, segundo Patrícia. Para tanto, o gerenciamento dos resíduos só funciona se cada indivíduo pensar no resíduo a ser separado, entender a importância deste processo e ainda aprender a destinação certa de cada detrito do qual se está desfazendo. Uma substância química jogada num coletor de papel inviabiliza a reciclagem de todo o material recolhido até então, por exemplo.

Devido a estes motivos, a farmacêutica pensa que o impacto é maior para os funcionários de cada unidade, tendo um menor alcance para o paciente. Este passa pouco tempo dentro das instalações. Já o médico, por exemplo, terá que pensar todo dia nos resíduos com os quais está lidando. Espera-se que esta consciência não fique só no ambiente de trabalho e seja também levada para casa. Hoje, o hospital conta com cerca de 1800 funcionários.

Outras instituições também contam com este serviço, pois tiveram que se adequar à nova legislação. O objetivo pode ser o mesmo, disse a farmacêutica, mas as campanhas e a organização, por exemplo, dependem de cada comissão.

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