ISSN 2359-5191

16/05/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 38 - Educação - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP
Enfermagem é profissão feminina, diz professora da USP

São Paulo (AUN - USP) - A profissão da enfermeira é, sobretudo, feminina, disse a professora da EEUSP (Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo) Rosa Godoy. Para ela, “a enfermeira diz respeito à história e ao fazer feminino”. Além disso, Godoy ressaltou que o dia 12 de maio é o dia da enfermeira, e não do enfermeiro, como se diz comumente, pois, em sua origem, a profissão é feminina.

A relação da mulher com os direitos humanos na atualidade foi assunto discutido por Godoy em palestra de abertura da Semana da enfermagem, na última segunda (12), na própria EEUSP. O recorte do tema foi uma escolha da própria professora para abordar “saúde, poder, cidadania”, como proposto pela ABEN (Associação Brasileira de Enfermagem.

Godoy fez uma reconstituição histórica do percurso da mulher na luta por seus direitos. Ela pontuou grandes nomes femininos que participaram dessa luta, como Olympe de George, Simone de Beauvoir e Safo, poeta grega da antigüidade. Porém, para a professora, apesar de hoje haver um discurso de que “o mundo é de todos”, a verdade é outra. “Ideal e o real, em termos de direitos das mulheres, são bastante diferentes”, revela.

Segundo Godoy, há, na atualidade, muitos “processos destrutivos” na vida das mulheres, como a subvalorização do trabalho feminino e a sujeição da mulher a uma “tripla carga” de trabalho diária, por exemplo.

Para a professora, “nenhuma sociedade trata mais bem suas mulheres como trata os homens”. Ela chega a citar o caso Isabella para ilustrar sua exposição. “Se vocês prestarem atenção a como a mídia se refere ao pai e à madrasta da criança, parece aquela história da época da Cinderela”, diz a professora, referindo-se à, segundo ela, maior hostilidade da mídia direcionada à Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina assassinada, em relação ao pai da criança.

Para a professora, hoje, o que as mulheres desejam é a “eqüidade de gêneros”. Para concluir, ela cita a escritora francesa Olympe de George: “Se as mulheres têm o direito de subir ao cadafalso, também deveriam ter o direito de subir à tribuna”.

História e Piano
Para as comemorações da Semana, foi aberta no hall de entrada da EEUSP a exposição “Enfermagem e Modernidade: a construção da EEUSP”, organizada pelo historiador Paulo Fernando de Souza Aguiar e pela professora Taka Oguisso. A exposição, que conta a história da escola, fica aberta até o fim da semana.

O evento de abertura foi encerrado com uma apresentação de piano do aluno de graduação Leandro Bechert Caminha, que recebeu muitos aplausos durante a apresentação.

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