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21/05/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 41 - Educação - Faculdade de Educação
Educação a distância da USP pode sair do papel

São Paulo (AUN - USP) - A Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) pode, finalmente, sair do papel. Ela é uma parceria entre o Governo e as universidades estaduais para a formação de professores. O Conselho Universitário precisa aprovar a proposta para a implantação do primeiro curso a distância da USP, que pretende formar professores de ciências para o ensino fundamental. 80% desse curso seriam via internet e os outros 20%, presencial, nos campi das universidades ou nas FATECs do Estado.

Para o próximo ano, a USP pretende criar ainda cursos de matemática, física, química e biologia – os cursos da Univesp, por enquanto, serão apenas para licenciatura. Porém, a USP ainda está um passo atrás. Universidades do país todo já ensinam até engenharia a distância, além dos cursos de formação de professores – como o projeto da USP – e de administração. A Universidade de Uberaba (MG) já oferece graduação a distância para as engenharias civil, ambiental, elétrica, de computação e de produção. Pela primeira vez desde a criação do ensino via internet, é maior o número de alunos de graduação do que de pós-graduandos nessa modalidade – 45% contra 42% respectivamente.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), os estudantes de cursos de graduação a distância se saíram melhor do que os alunos presenciais nas avaliações do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). Isso se deve, sobretudo, ao perfil dos alunos a distância, que são geralmente, aqueles que já estão no mercado de trabalho. São mais dedicados e disciplinados já que o ensino a distância é sua única opção.

A maioria dos cursos a distância ainda é nas áreas de educação e administração e a expansão para outras áreas gera certa polêmica. O Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) é contra o ensino a distância: “os cursos na área da saúde exigem formação prática muito grande. Nos preocupa muito a possibilidade de pessoas que serão formadas para cuidar de gente terem pouco contato com pacientes em sua formação”. Coordenadores dos cursos, porém, dizem que a qualidade é mantida.

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