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23/06/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 59 - Economia e Política - Escola de Comunicações e Artes
Copa do Mundo promoverá melhorias no Brasil

São Paulo (AUN - USP) - É uma grande oportunidade de desenvolvimento para o país a realização da Copa do Mundo de Futebol, em 2014. Essa é a opinião do jornalista e diretor de redação da revista esportiva Placar, Sérgio Xavier. Declarando-se “radicalmente a favor da Copa do Mundo”, o jornalista enfatizou que o evento também traz o risco da corrupção, que, para ele, é uma conseqüência da nossa incapacidade de fiscalização.

Como muito dinheiro de fora entrará no país, por ocasião da Copa, o jornalista considera o evento esportivo interessante para o Brasil. A FIFA (Federação Internacional das Associações de Futebol), investe muito dinheiro no país sede, segundo Xavier, mas exige, em contrapartida, a infra-estrutura adequada à realização do evento, como sistema de transportes eficientes, além de bons estádios. Com isso, o jornalista acredita que teremos uma oportunidade muito boa de melhoria da infra-estrutura nas cidades sedes do evento. Caso o Morumbi, estádio do São Paulo Futebol Clube, localizado na capital paulista, venha a ser escolhido como uma das sedes da Copa, haverá uma nova estação do metrô próxima ao estádio, exemplificou o jornalista no debate realizado, recentemente, na Escola de Comunicações e Artes da USP – ECA/USP.

Quanto à questão da corrupção, o jornalista se reuniu com alguns colegas de profissão com o propósito de promoverem uma fiscalização do evento. “De repente a gente poderia usar isso como um selinho em cada matéria que sai nos veículos [de comunicação]. Eu acho uma boa idéia. Isso pode fazer com que a Copa não se transforme em uma tremenda roubalheira”, disse o jornalista.

Sérgio Xavier também não considera nem um pouco razoável a construção de 10 novos estádios para a realização da Copa do Mundo no Brasil. Principalmente, se para isso for utilizado dinheiro público. “A população não tem nada a ver com estádios que ela não vai utilizar depois. Quem vai ter o benefício disso são os clubes”. Para Xavier, são os clubes de futebol que devem pagar a construção dos estádios e não os cofres públicos. “Não faz o menor sentido que esse dinheiro seja público, mas tudo indica que será. É ai que a gente tem que brigar e não deixar que seja”.

Dinheiro público, lucro privado
Construído com dinheiro público para abrigar competições dos Jogos Pan-Americanos de 2007, o Estádio Olímpico João Havelange é administrado, atualmente, pelo Botafogo e assim continuará pelos próximos 20 anos.

O Estádio Olímpico, conhecido como Engenhão, custou R$ 380 milhões aos cofres públicos da prefeitura do Rio de Janeiro. Agora a prefeitura recebe R$ 36 mil, do Botafogo, por mês pelo aluguel. Com esse valor serão necessários cerca de 880 anos para a prefeitura recuperar o dinheiro gasto na obra.

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