ISSN 2359-5191

27/03/2002 - Ano: 35 - Edição Nº: 01 - Saúde - Pós-Graduação Interunidades em Integração da América Latina
Oficina mostra como aliviar tensões do corpo

São Paulo (AUN - USP) - Pessoas aprendendo a estabelecer contato consigo mesmas, a encontrar tensões em seus corpos e meios de eliminá-las. É esse o objetivo da Oficina de Recursos Expressivos – Relaxamento, coordenada por Marina Pacheco Jordão, pesquisadora do Serviço de Aconselhamento Psicológico, do Instituto de Psicologia da USP. A oficina acontece nos dias 5 e 12 de abril, das 8 às 9 horas, e é aberta à comunidade.

Ainda que seja impossível aprender a relaxar em apenas duas sessões, é uma tentativa de despertar as pessoas para a importância do contato e da relação estabelecida com seu corpo. Não existem movimentos isolados: a expressão de uma parte tem reflexo no todo.

Localizar o que provoca prazer ou dor é uma forma de estimular a percepção e possibilitar o relaxamento. A psicóloga trabalha a movimentação, que permite que quem está concentrado em si mesmo descubra suas dificuldades de deslocamento e suas áreas de tensão.

Depois do aquecimento, geralmente tem início um trabalho com abordagens psicoterápicas do taichi chuan. É uma forma de levar toda a atenção à maneira como o corpo se comporta. Além do taichi, Marina utiliza técnicas da eutonia e da gestalt terapia, que a ajudam a coordenar os exercícios.

Andar na sala é uma das maneiras de estabelecer relação consigo mesmo, com o espaço e com os objetos utilizados. Deitada ou andando, a pessoa ouve indicações e leva sua atenção a um ponto ou imagem. É um meio de se focar nas próprias dificuldades e tentar perder o medo de relaxar. “A questão é se entregar sem se abandonar; não ficar aéreo”, diz a psicóloga.

O corpo é um recurso expressivo que não cria, mas exibe uma linguagem gestual. O estudo é centrado no indivíduo e na relação com suas extensões. O relaxamento proporciona um crescimento pessoal e contribui para o equilíbrio físico-psíquico, já que trabalha suportes (como coluna, plantas dos pés), tanto no eixo horizontal como no vertical.

Alguém com postura ou pensamento viciados, quando se permite ampliar seus contatos consigo e com o mundo, amplia suas possibilidades emocionais. A oficina mostra princípios que auxiliam no cotidiano, e o trabalho diário, nem que seja somente por cinco minutos, já resgata uma expressão e uma sensibilidade mais autênticas.

O gesto, de forma ampla, ajuda a ir para fora de si e entrar em um estado de relaxamento profundo. Isto pode ser por técnicas do taichi ou até mesmo por desenhos. Através dos gestos, a palavra possibilita uma expressão, não no nível artístico, mas no pessoal. Em determinado momento, Marina pede a seus “alunos” que fechem os olhos e expressem, por meio de qualquer linguagem, o que estão sentindo. A significação pessoal toma maior dimensão. Esta ressignificação não permite a perda da consciência: “A idéia não é a pessoa voar”, diz, mas trabalhar pontos internos sem perder a noção externa.

No fim da sessão, há uma volta gradual ao estado normal de atenção. Assim a pessoa não sai da oficina no meio de um devaneio. “A pretensão do curso é resgatar o que é essencial para nós”, afirma.

Leia também...
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br