São Paulo (AUN - USP) - Ensino para a graduação, divulgação científica e cursos de extensão são o foco de atuação do Observatório do Campus, que começou a operar recentemente no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.

O observatório conta com um telescópio e com instrumentos de observação auxiliares, como um filtro de raios infravermelhos que permite que o astrônomo capte esse tipo de radiação vinda do espaço. Os infravermelhos são menos espalhados pelas partículas da atmosfera e por isso são utilizados para se driblar a poluição luminosa (excesso de luz que ofusca a luz dos astros) do céu das cidades.

O Brasil conta com 30% do tempo de utilização do telescópio SOAR e com apenas 2,5% do tempo do Gemini, ambos no Chile. Apenas um terço dos cientistas brasileiros, aproximadamente, consegue utilizar esses aparelhos para coletar dados observacionais para suas pesquisas. Então, cada observação deve ser muito bem planejada e o astrônomo deve saber operar os equipamentos necessários para que não desperdice o tempo que conseguiu nesses observatórios.

Para ensinar os alunos do curso de bacharelado em Astronomia, que abrirá vagas em 2009, a lidar com esse tipo de instrumentação e planejar observações astronômicas utilizando os métodos e as medidas adequadas que o Observatório do Campus foi construído.

Seus outros objetivos dizem respeitos à divulgação científica e aos cursos de extensão. Segundo Marcos Diaz, professor do IAG, o observatório está incluído nos programas de atendimento ao público. Um auditório com capacidade para 20 pessoas está conectado ao telescópio para que um grupo maior de pessoas possa acompanhar as observações por um telão em tempo real e ouvir uma breve explicação sobre o assunto tratado. Ver um eclipse e assistir a passagem de um cometa são exemplos de possíveis atividades a serem realizadas.