São Paulo (AUN - USP) -Uma célula com 40 metros cúbicos de volume. Com relação à estrutura, idêntica às células do corpo humano, mas, 130 mil vezes maior. à assim que o Centro de Estudos do Genoma Humano, ligado ao Instituto de Biociências da USP, ensina a alunos do ensino médio o funcionamento da unidade básica da vida.
Criado em 2006, o Projeto Célula Gigante consiste em uma estrutura que reproduz o interior de uma célula humana, com todas as suas organelas, como o núcleo, o complexo de Golgi, as mitocôndrias e outras. Dessa forma, alunos e professores podem caminhar por dentro da célula, tornando acessÃvel uma realidade antes distante, sobretudo pelo fato de ser microscópica.
âO funcionamento celular é difÃcil de ser visualizado. Se a célula for ensinada com base em um modelo composto apenas por nomes, fica algo sem significado para os alunos. Eles precisam ter essa noção de tridimensionalidade, além de associar os nomes à s funções que as organelas desempenham no corpo, tendo como meta a compreensão da formação da vidaâ, explica a professora Eliana Dressen, coordenadora do projeto Célula Gigante.
A célula é um cenário itinerante e já passou por mais de 20 escolas, tanto em São Paulo quanto em outros estados. Alunos de graduação ou pós-graduação ficam responsáveis por monitorar as visitas, explicando aos visitantes o funcionamento das organelas que compõem o ambiente celular.
Atualmente a estrutura se encontra desmontada para reparos. âUma célula itinerante tem vantagens e desvantagensâ, diz Eliana. âEla é funcional porque pode ser levada para qualquer canto, porém, depois de tantas viagens, os materiais se desgastamâ.
A professora declara que a intenção do projeto é desenvolver, para o próximo ano, uma célula fixa, que ficará exposta na Estação Ciência, além de renovar a itinerante. Caso as escolas se interessem em abrigar a célula móvel para visitação dos alunos, devem entrar em contato com o Centro de Estudos do Genoma Humano, por meio de sua página na internet (genoma.ib.usp.br). Basta acessar o link âContatosâ e enviar uma mensagem por meio do site.
Eliana ressalta que as instituições de ensino que desejarem trazer a célula às suas dependências deverão apresentar ao Centro um projeto pré-elaborado das atividades que pretendem desenvolver. A escola deverá se responsabilizar, inclusive, pelas pessoas que ficarão responsáveis por orientar os visitantes.