ISSN 2359-5191

28/04/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 14 - Ciência e Tecnologia - Estação Ciência
Estação Ciência homenageia 200 anos de Darwin em exposição

São Paulo (AUN - USP) - O nascimento do cientista britânico que desvendou a seleção natural completa em 2009 seu bicentenário. Eventos estão sendo promovidos no mundo inteiro para rememorar a vida de Charles Darwin, entre eles a mostra Darwin Now (Darwin Agora), produzida pelo instituto londrino British Council e instalada na Estação Ciência da USP até 17 de Maio.

A Exposição é composta principalmente por oito painéis duplos de madeira com textos e ilustrações explicativos acerca da vida de Darwin e os reflexos de sua teoria na modernidade escritos por Jon Turney, um renomado especialista em artigos científicos, palestrante e escritor. Há, ainda, uma árvore de madeira medindo 2,40m de altura com barbantes onde podem ser dependurados recados dos visitantes.

,O British Council e a Estação Ciência

O British Council é um órgão de relações culturais e educacionais do Reino Unido com outros 109 países. Em 2009 levará também a exposição para o Rio de Janeiro, Manaus, Fortaleza, Salvador e Recife e mais 25 países, depois de ter passado pela Coreia e por Hong Kong. Desde 1994 o órgão mantém parceria com a Estação Ciência além de outros centros de Ciência espalhados pelo Brasil.

Roberta Kacowicz, uma dos representantes brasileiros do órgão, justifica a parceria com os centros pela possibilidade de “alcançarmos populações de todas as esferas sociais” e define a Estação Ciência como “um dos principais parceiros de divulgação científica da Associação Brasileira de Museus de Ciência”. A Estação foi eleita o melhor museu da cidade de São Paulo do ano de 2008 pela Revista Época.

A teoria de Darwin

Não só Darwin, mas também sua principal obra, “A Origem das Espécies”, faz aniversário este ano. Sua primeira edição e o rebuliço que ela causou completam 150 anos. Segundo Jon Turney, a obra pode ser considerada “o mais famoso trabalho científico jamais escrito”. A consideração vem na esteira da famosa frase cunhada pelo biólogo russo-americano Theodosius Dobzhansky: “Nada em biologia faz sentido a não ser sob a luz da evolução.”

Darwin é reconhecido por ser o primeiro a perceber a chamada “seleção natural”, em que indivíduos mais adaptados ao ambiente teriam prioridade na sobrevivência, e poderiam passar suas características a seus descendentes. Selecionadas as melhores características, espécies mais evoluídas (no sentido de melhor adaptadas) se desenvolveriam.

A descoberta de Darwin recebeu na época reações diversas, entra elas o polêmico desagrado dos criacionistas com sua teoria, embora ela não entrasse necessariamente em conflito com a possível existência de Deus. Houve espaço para críticas principalmente pois não era possível para o cientista entender na época tudo o que via. Ele esperava ainda iluminar certos aspectos do que tentava provar. Segundo o médico e escritor Oliver Sacks, em artigo no The New York Review of Books, Darwin apresentaria “um corpo de provas em favor da evolução e da seleção natural, ainda mais irresistível que o apresentado em A Origem” mais tarde, em seus trabalhos com a botânica.

A exposição aborda, além do impacto causado na época pelas idéias de Darwin, temas diversos a respeito de sua teoria e vida, como a possível ligação entre música e evolução, a intensa correspondência mantida pelo cientista (ele escreveu cerca de 2.000 cartas), e a corroboração das descobertas darwinianas pela ciência atual. O recente estudo da molécula de DNA comprovou, por exemplo, a descendência comum das espécies, por muitas conterem o mesmo gene relacionado a componentes básicos das células. Outro estudo, a respeito do desenvolvimento de bactérias, comprova a “seleção” das mais resistentes a antibióticos.

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