São Paulo (AUN - USP) - Em tempos de crise financeira, as empresas procuram cortar gastos, aumentam as demissões, diminuem as novas contratações e novos investimentos. Mas, após a crise, podem surgir novas oportunidades. “Depois de crises há um crescimento da busca e aquisição de talentos”, explicou Alfredo José Assumpção, consultor executive searcher, diretor da Fesa – empresa que busca para seus clientes os melhores executivos que já estão no mercado, em palestra na Escola Politécnica da USP (Poli).
Os jovens profissionais precisam aprender a aproveitar essas oportunidades, que provavelmente não irão demorar a aparecer após a recuperação das empresas em relação à atual crise mundial. Para tentar auxiliar esses jovens, Alfredo fez palestras em diversas faculdades nos últimos anos e escreveu o livro Fraldas Corporativas – desenvolvendo hoje o líder de amanhã. “Meu objetivo é ajudar a desenvolver os futuros líderes do Brasil a partir do mundo acadêmico ou de sua entrada no mundo corporativo, facilitando-os na sua evolução desde o primeiro momento na carreira”.
Tendo amplo conhecimento sobre o que as empresas esperam de seus executivos, alertou que o diploma não basta, nem o MBA: “Quando entram no mundo corporativo vocês são todos iguais, não importa se são da Poli ou não”. Ele acredita que a capacidade e a competência superam qualquer outra qualidade ou preconceito.
Alfredo ressaltou a importância do profissional entrar cedo para o mercado de trabalho, “Quanto mais cedo você começa, adquire calos e cicatrizes corporativos, mais chances tem de evoluir e conseguir um bom lugar no mercado”. Aconselha os jovens a trabalharem desde os 14 anos, sem deixarem de lado os estudos.
Para quem procura por emprego, ele passou algumas dicas. É essencial que o candidato conheça a realidade cultural da empresa, estude a empresa antes, concorra ao cargo certo, conheça e embale seu conteúdo, fale inglês, seja disciplinado, consiga gerenciar a ansiedade, seja verdadeiro e fale certo, mas não exageradamente.