ISSN 2359-5191

05/10/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 67 - Saúde - Faculdade de Odontologia
Chiclete sem açúcar não previne cárie

São Paulo (AUN - USP) - A história de que o chiclete sem açúcar auxilia na prevenção da cárie é falsa. A área crítica em que os restos de comida se instalam nos dentes são de difícil acesso. Somente uma boa escova dentária consegue atingir aquele nicho. A face superior, ou seja, a face mordente, esta sim é limpa pelo chiclete, porém não se constitui como área propensa à cárie. “Na verdade, o chiclete não ajuda nada”, arremata o professor da USP, Francisco Pustiglioni, pesquisador atuante na área de periodontia.

A Odontologia é cercada por muitas inverdades, normalmente, propaladas por algumas indústrias. Pustiglioni explica que os novos modelos de escova, em que as cerdas não são todas retas, só contribuem para uma má higiene dos dentes. “Uma boa escova deve ter as cerdas planas e macias”, orienta.

Notadamente, o brasileiro escova os dentes muito rapidamente e de maneira ilógica, ou seja, começa na parte inferior e já passa para a superior sem ter limpado a região interna. Essa conduta equivocada leva a problemas na gengiva, por exemplo, por se associar o êxito da escovação com o ato de imprimir força. Pustiglioni ratifica que a escova deve ser posicionada num ângulo próximo a 45 graus, de maneira que os cantos mais difíceis sejam abarcados.

Mau hálito
Pessoas com halitose ou mau hálito enfrentam vários imbróglios no cotidiano. Por vezes, esses problemas são de ordem estomacal, pela formação de gases durante o processo digestivo, ou pela ausência de comida no estômago. O respirador bucal, ou seja, aquela pessoa que não inspira pelo nariz e sim pela boca, também tem problemas recorrentes de halitose.

A sujeira na língua, saburra, também pode atuar como fator de mau hálito, contudo, segundo o professor, a necessidade de se raspar a língua é desnecessária por impor um atrito muito intenso com a mucosa, e por essa razão somente em casos específicos ela é recomendada.

Regularidade de escovação
“Teoricamente os dentes deveriam ser escovados de 72 em 72 horas”, explica Pustiglioni. Entretanto, devido à baixa habilidade das pessoas com a escovação, recomenda-se uma freqüência mais intensa a fim de sanar os déficits acumulados. O pesquisador indica duas escovações diárias com o auxílio do fio dental antes da escovação, no intuito de retirar pedaços presos entre os dentes.

“O biofilme, que é a placa de sujeira, não é retirada, mas apenas desorganizada, o que diminui o poder de atuação das bactérias”, salienta o professor. Enxaguatórios bucais são vistos como um auxiliar da escovação, porém não a substitui. Pastas de dentes por sua vez devem conter flúor para uma eficaz proteção da superfície dental.

O pesquisador alerta sobre a regularidade da visita ao dentista. Segundo ele, três visitas por ano ajudam no correto acompanhamento do trato oral.

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